
A operadora de telefonia celular Oi (ex Telemar) anunciou na tarde desta sexta-feira a compra do controle acionário da Brasil Telecom por R$ 5,863 bilhões. Para se concretizar, porém, o negócio ainda depende da mudança do Plano Geral de Outorgas, em análise pela Agência Nacional da Telecomunicações (Anatel).
O negócio envolve a transferência de 22,28% do capital total da Brasil Telecom Participações (BrTPar). A BrTPar possui 65,64% do capital total da BrT operadora.
A operação envolve duas etapas. Na primeira, os grupos Andrade Gutierrez e Jereissati adquirem a participação dos sócios que sairão definitivamente da estrutura societária da Telemar Participações, controladora indireta da operadora de telefonia Oi. Na prática, isso dará o controle aos dois empresários, que são amigos desde a adolescência.
Com a compra da fatia de GP, Citi e Opportunity, os dois grupos terão cerca de 42% da controladora, divididos meio a meio, e desembolsarão cerca de US$ 1,6 bilhão. A Fundação Atlântico, fundo de pensão dos funcionários da Oi, que tem a diretoria indicada pelos controladores, terá outros 10%. Na prática, isso quer dizer que a Oi, que sempre foi penalizada na bolsa por não ter um grupo de controle coeso, terá agora como donos dois amigos de adolescência, Sérgio Andrade e Carlos Jereissati.
O novo grupo que surgirá da união de Oi, Brt e Contax (empresa de call center da Oi) terá 83 mil funcionários e será um dos maiores do país. Considerando apenas as operadoras Oi e BrT, a receita líquida combinada é de R$ 28,64 bilhões.
O outro passo é a compra do controle da BrT pela Oi por cerca de R$ 5 bilhões. Essa etapa permitirá que o Citi e o Opportunity também se desfaçam de seus investimentos nessa empresa, desatando um nó societário no setor que perdurava há dez anos, desde a privatização.
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