Candidato republicano à presidência dos EUA esteve no Rio nos anos 50 quando conheceu Maria Gracinda
“Ele era gostosinho, carinhoso e romântico”. É assim que ela se refere ao candidato republicano à presidência dos EUA. Maria Gracinda Teixeira de Jesus viveu um romance tórrido com McCain, nos anos 1950, no Rio de Janeiro. A história dos dois foi contada pelo senador em seu livro de memórias “Faith of my fathers” (numa tradução livre, “A fé de meus pais”, de 1999). O jornal “Extra” conversou com a ex-modelo e bailarina em Teresópolis.
Apesar dos 77 anos, Maria Gracinda ainda conserva a vaidade da época em que foi Rainha do Comércio do Rio de 1949, com apenas 17 anos, e candidata a Miss Distrito Federal Universo de 1954. O encontro com McCain aconteceu três anos depois, em 1957. A modelo costumava almoçar nos navios estrangeiros que atracavam na Praça Mauá. Foi num deles, o Vera Cruz, que ela conheceu o então tenente da Marinha americana John Sydney McCain.

– Eu tinha um Cadillac Eldorado conversível, azul turquesa. Pegava o John no navio e saía para passear com ele. Íamos para a Barra e chegamos a ir ao meu apartamento, na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo – conta ela.
– Ele beijava muito bem – diz Maria Gracinda, que não fugiu da pergunta sobre os dois terem feito sexo ou não: – O que você acha? Claro que sim… Ele não era bom só de beijar…
Apesar de passados mais de 50 anos, a ex-modelo ainda fala com carinho do relacionamento com o republicano. – Ele foi um amor grande. Mas, aí, viajou e acabou. Senão, poderia estar com ele até hoje. Só que nossas vidas eram diferentes, eu era manequim e ele, um militar que viajava muito – recorda-se ela, com uma ponta de tristeza.
– Nunca vou esquecê-lo, mas imaginar que ele ia escrever um livro e falar de mim, jamais.
Maria Gracinda já decidiu o que fará, caso John McCain ganhe a corrida para a Casa Branca:
– Vou mandar um telegrama de felicitações, assinado “Seu grande amor do Brasil”.
Depois de quatro casamentos, Maria Gracinda diz, divertida, que está “sem namorado”. E lamenta o fato de McCain estar comprometido – o candidato republicano é casado com Cindy Hensley e tem sete filhos, de dois casamentos:
Segundo Maria Gracinda, depois que McCain voltou para os EUA, os dois ainda mantiveram contato por algum tempo: – Ele escreveu muitas cartas amorosas para mim, e eu também escrevi, mas, como não falava bem inglês, tinha um professor que escrevia as cartas para mim.
O atual candidato republicano também deixou algumas recordações com a ex-modelo.
– Ele me deu um anel, que os oficiais marinheiros costumavam usar – recorda-se ela. – O anel e as cartas sumiram com o tempo. Já as fotos, eu mesma queimei.
Veterano da Guerra do Vietnã (1958-75), John McCain viveu durante cinco anos a experiência de ser prisioneiro de guerra, após o seu avião ser derrubado, em 1967. Com os dois braços e o joelho quebrados, acabou capturado e passou por diversas sessões de tortura. Em 1973, depois de libertado, McCain foi recebido nos EUA como um herói. Nove anos depois, entrou para a política, ao ser eleito senador pelo Partido Republicano, pelo estado do Arizona.
O senador concorre pela primeira vez. Em 2000, ele perdeu nas prévias do partido para George W. Bush.
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