O Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, confirma a morte da jovem brasileira, que estava em Buenos Aires fazendo dois cursos: um de comissária de bordo, outro de técnica em veterinária.
Fernanda Soares Correia (foto) morreu no dia 11 de abril. Segundo o advogado argentino Carlos Jorge, amigo de Fernanda, ela foi morta pelo namorado com um tiro no lado direito da cabeça. O rapaz, de 28 anos, teria se matado em seguida, também com um tiro na cabeça. Ele teria histórico de depressão, acrescenta Jorge.
O namorado de Fernanda era funcionário administrativo da Mercedes Benz e já tentara o suicído duas outras vezes.
O pai de Fernanda, Paulo, que é pedreiro em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, ficou sabendo da morte de sua filha depois de uma ligação do consulado do Brasil em Buenos Aires.
Ele contou que a filha foi morar fora há dois anos. Primeiro, ela teria alugado um apartamento com três amigos. Depois, teria conhecido o namorado e foi morar com ele. Os dois se conheceram pela internet.
Tanto o advogado quanto o pedreiro Paulo reclamam da falta de assistência do consulado brasileiro em Buenos Aires. “Não sei o que aconteceu, a gente chega lá e não consegue conversar com ninguém. O consulado não quis ajudar em nada. Ficamos perdidos nisso”, disse o pai.
Por ter se tornado amigo de Fernanda, o advogado Carlos Jorge ajuda a família sem cobrar honorários.
O Itamaraty informou que, depois da confirmação da morte de Fernanda, entrou em contato com o pai e fez o que pôde fazer: providenciou os documentos necessários para a liberação do corpo, e ajudou na logística para o traslado do corpo. Mas não dispõe de verba para pagar o serviço.
A família decidiu cremar o corpo da vítima em Buenos Aires e trazer as cinzas para o Brasil. Para isso, vai gastar cerca de 300 dólares. Segundo o advogado, o traslado do corpo para o Brasil custaria cerca de 8 mil dólares.
G1