A Oi desistiu da cobrança de multas por quebra de fidelidade no serviço pós-pago. Ela é a primeira do mercado brasileiro a tomar a decisão. A medida atinge 2 milhões de clientes em todo o país, 16 por cento dos 21,8 milhões de usuários que a Oi tinha na telefonia móvel ao final do terceiro trimestre do ano passado.
A companhia negou que a decisão também envolva o fim do subsídio. Os contratos entre cliente e operadora no pós-pago continuam a existir, só que sem cláusula de multa, e os subsídios que a Oi costuma dar em dinheiro ao cliente, mensalmente, de acordo com o tempo que ele permanece em sua base, continuarão a ser concedidos.
As multas atualmente cobradas pela Oi pela quebra da fidelidade variam entre 100 e 400 reais e o tempo máximo exigido de permanência do cliente é de 12 meses, segundo as regras da Anatel. A companhia, no entanto, não espera impacto em sua receita com a decisão, já que prevê um aumento da conquista de novos clientes.
A medida vale para toda a área de cobertura da Oi e para atuais e novos clientes. A companhia ainda não sabe quando a mesma postura vai ser adotada na Brasil Telecom, de quem a Oi adquiriu o controle recentemente. De qualquer forma, a estratégia tende a ser a mesma, será só uma questão de tempo.
SUBSÍDIO CONTINUA A EXISTIR O diretor da Oi explicou que, enquanto suas rivais costumam oferecer subsídios no aparelho telefônico, a Oi prefere concedê-los em dinheiro, na conta corrente do cliente ou no cartão de crédito, e que essa estratégia não mudará com o fim das multas. Os clientes pós-pagos da Oi costumam receber algo entre 100 reais e o máximo de 1,3 mil reais, pagos mensalmente, de forma proporcional ao tempo em que ficam com a operadora. Por isso, se o cliente receber um crédito, mas não estiver satisfeito, nada vai impedi-lo de deixar a operadora em seguida, afirmou a Oi.
Reuters: Taís Fuoco/Carmen Munari
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