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Mensalão: Barbosa quer encerrar até julho

A expectativa é de que as ordens de prisão sejam expedidas até essa data, no meio do ano
foto_3744[1]O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, disse nesta quinta-feira que espera encerrar em julho todas as pendências da Ação Penal 470, o processo do mensalão, do qual é relator. A expectativa é de que as ordens de prisão sejam expedidas até essa data.

Barbosa concedeu entrevista a jornalistas de veículos internacionais nesta manhã. Algumas das declarações dadas pela o ministro durante o encontro foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Supremo nesta tarde.

Barbosa está confiante de que todos os recursos sejam apreciados ainda no primeiro semestre e que o processo seja encerrado definitivamente antes do recesso do meio do ano. Ele ponderou, no entanto, que o julgamento dos embargos pode trazer imprevistos em relação à decisão do ano passado, que condenou 25 dos 37 réus.

Na fase atual, os ministros estão revisando os votos e notas taquigráficas para que o acórdão possa ser publicado. O acórdão traz as principais decisões e considerações dos ministros. Na semana retrasada, Barbosa encaminhou ofício aos colegas informando que já terminou sua parte. Também disse, pela imprensa, que espera a colaboração dos demais integrantes da Corte.

De acordo com o regimento interno do Supremo, o acórdão deve sair 60 dias após a conclusão do julgamento, prazo dificilmente seguido. Só após a publicação do acórdão, as partes envolvidas podem apresentar recursos, no prazo de cinco dias.

Da Agência Brasil

Delubio do Mensalão é patrono em formatura

PATRONO
O professor e a turma de formandos em administração e gestão empresarial

A cena acima é um registro para a posteridade de um momento ímpar na vida de 22 formandos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba, no interior de Goiás. Sorriso no rosto, diploma nas mãos orgulhosamente levantadas e…, no alto, alguém que, aparentemente, não combina muito com o ambiente. O homem de terno e gravata é um professor, o patrono da turma, o escolhido para render homenagens aos alunos. Parece o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares – aquele acusado de corrupção e formação de quadrilha? Parece. Mas, ouvindo suas palavras na solenidade de formatura, não é possível que seja. É muito importante a ética na política, na educação e na cultura do povo”, afirmou o professor, diante dos olhares atentos de mais de quatro centenas de convidados. E concluiu sua pregação: “É importante ter ética em tudo o que se faz na vida”. O homem que está no epicentro do maior escândalo de corrupção da história do Brasil, que manuseou milhões de reais em dinheiro roubado dos cofres públicos, agora empenha seus fins de semana pregando ética a jovens. Bonito, se estivesse cumprindo uma expiação. Mas nem isso é o que parece.

O ex-tesoureiro petista foi homenageado pela turma de futuros administradores por seu principal talento – a capacidade de arrumar dinheiro. Conta o presidente da comissão de formatura: “A gente ficou sabendo que o Delúbio gostava de participar desse tipo de festa, inclusive ajudando financeiramente. Fomos até sua fazenda e fizemos o convite para ele ser o nosso padrinho. Ele topou na hora e, aí, a gente perguntou se ele poderia dar uma ajudazinha nas despesas. Ele perguntou de quanto. Deixamos por conta dele”. Dias depois do convite, em novembro, o ex-tesoureiro depositou 6 000 reais, o equivalente a 13% das despesas da festa, na conta da comissão. “A gente sabe que a fama dele é horrível, mas fazer o quê, se ele pode bancar a festa?”, justifica Cezar Barros.

Tão impressionante quanto imaginar que um grupo de jovens universitários não se importe com a biografia de seus homenageados é perceber que a direção da faculdade também dá de ombros. “Nós respondemos ao MEC e ao Conselho Estadual de Educação, órgãos do governo. Por isso não vejo problema algum”, afirma Cleiton Camilo dos Santos, responsável pela instituição. Segundo ele, Delúbio é ligado ao governo do PT, logo não vai haver problema algum em tê-lo como patrocinador da formatura. “A escolha, afinal, foi dos alunos.” Delúbio fez dois depósitos, cada um de 3 000 reais, nas contas de dois formandos. Embora more em Buriti Alegre, no interior de Goiás, trabalhe na capital, Goiânia, e tenha sido patrono de uma festa em Goiatuba, parte do dinheiro, vivo, saiu de uma agência bancária de São Paulo. Hummm!

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/acreditem-isto-aconteceu-eu-juro/

Expulso do serviço público um dos 40 do mensalão

A Controladoria Geral da União (CGU), por via indireta, começou a punir os envolvidos no escândalo do mensalão: o chefe da CGU, Jorge Hage, acaba de demitir do serviço público João Cláudio de Carvalho Genu (foto), funcionário do ministério da Agricultura, por enriquecimento ilícito, entre outras estripulias.

Genu, um dos 40 denunciados no caso do mensalão, é um velho conhecido da crônica político-policial brasileira. Cedido à Câmara dos Deputados, Genu assessorou o então líder do PP, José Janene, também implicado do escândalo do mensalão. O que fazia Genu? Ele era o intermediário da grana do mensalão que cabia ao PP.

A investigação da CGU começou em 2005, logo após o caso explodir na imprensa.

Uma “sindicância patrimonial” comprovou a supersônica evolução patrimonial de Genu, que embora recebesse um salário em torno dos 5 800 reais líquidos na Câmara tinha uma capacidade incomum para multiplicar seu patrimônio.

Em 2005, por exemplo, era dono de um apartamento de luxo e uma mansão em Brasília, além de cinco carros – dois deles, importados.

Lauro Jardim/Radar

Réu do mensalão preso com € 361 mil na cueca

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A corretora de Quadrado foi acusada de pagar a deputados do PP

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o empresário Enivaldo Quadrado, um dos envolvidos no escândalo do mensalão, do governo Lula. Ele foi preso ao desembarcar do exterior, vindo da Espanha, via Lisboa, transportando ilegalmente mais de 361 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão).

O dinheiro foi descobnerto em uma abordagem de rotina de policiais de narcóticos. As cédulas estavam escondidas nas peças de roupa usadas pelo empresário, incluindo meias e, claro, sua cueca, como é marca registrada em escândalo do governo Lula. Novamente a PF concedeu à Rede Globo a primazia de noticiar o fato.
Caixa do PP – Enivaldo Quadrado está entre os principais acusados pela CPI que apurou o escândalo do mensalão, criado para subornar parlamentares como forma de persuandi-los a apoiar matérias de interesse do governo Lula, no Congresso. Ele é um dos dirigentes da corretora Bônus-Banval, suspeita de ser o “trem pagador” de parlamentares do PP, o Partido Progressista.

CH

FH evitou impeachment de Lula

Fernando Henrique Cardoso foi decisivo para evitar que um pedido de impeachment contra Lula chegasse ao Congresso em 2005, no auge do escândalo do mensalão. É o que afirmam o próprio ex-presidente, e os ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), ao jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com reportagem deste domingo do diário paulista, a mando de Lula, seus dois homens fortes pediram a FHC que aplacasse os ânimos da oposição. Ele aceitou.

Na conversa com o ex-chefe da Justiça, o tucano concordou que um impeachment de Lula – à época uma ameaça real, com o célebre flagrante do “dólar na cueca” e a confissão do marqueteiro Duda Mendonça, que admitiu ter recebido no exterior pagamento pela campanha de Lula – tornaria o país “ingovernável”. Prometeu então acalmar a fatia da oposição que pedia a saída de Lula, desde que o presidente mantivesse a economia no rumo certo, como vinha fazendo até ali.

Cautela – Ao Estado, FHC explicou por que reagira desta forma: “Eu não fiquei contra o impeachment porque eles me pediram, mas porque sou muito cauteloso nessas questões. Na época, não havia condições políticas para sustentar um pedido de impeachment de Lula. Criaria uma cisão no Brasil”, explicou. E ainda completou: “Adversários políticos não devem ser tratados como inimigos.” Segundo o ex-presidente, ele sempre aceitou conversar secretamente com Palocci e Thomaz Bastos porque os dois ex-ministros têm “noção institucional” – elogio estendido por FHC a Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula.

Estadão

Mensalão: Delúbio Soares na ativa em Goiânia

Pivô do escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares reapareceu no cenário político nesse fim de semana, em Goiânia: ele participou ativamente na articulação que resultou na oficialização da aliança PT-PMDB para as próximas eleições municipais.

O PT deverá indicar o vice na chapa que luta pela reeleição do ex-governador Íris Rezende Machado à prefeitura da capital goiana. A presença do ex-tesoureiro petista foi revelada hoje pelo jornal O Popular

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