Betancourt pede respeito à vida dos guerrilheiros


Após ser resgatada junto com um grupo de 14 reféns das Farc, Ingrid Betancourt deu um depoimento à rádio do Exército colombiano, reproduzido por diversas rádios locais. “Quero em primeiro lugar dar graças a Deus e aos soldados da Colômbia”, disse, acrescentando que a operação militar foi “absolutamente impecável”.

“Eu acredito que é um sinal de paz para a Colômbia, que nós podemos encontrar a paz”, completou em sua primeira declaração pública após a libertação.

Depois de encontrar os familiares, Betancourt disse aos pés do avião que a trouxe a Bogotá que lutará pela liberdade dos outros seqüestrados. “Como o presidente Nicolas Sarkozy, vamos seguir lutando pela liberdade dos que continuam presos”, afirmou. A ex-candidata à presidência acrescentou que se a liberdade não for alcançada pela negociação, deve haver “confiança nas forças militares”.

Além de Sarkozy, a ex-refém lembrou do apoio dos franceses. “Quero mandar uma mensagem ao povo da França. Obrigada por terem me acompanhado e estendido sua mão todos estes anos”, reiterou Betancourt, que também possui nacionalidade francesa, do primeiro casamento.

“Sou colombiana e sou francesa, tenho dividido meu coração. Obrigada pelo tempo que empregaram em minha defesa e pelo apoio dado a meus filhos”, acrescentou a ex-candidata presidencial.

Betancourt agradeceu ao governo do presidente Álvaro Uribe e ao ministro da Defesa Juan Manuel Santos, porque, afirmou, “se não tivessem se arriscado como o fizeram, teríamos ficado, quem sabe, mais anos nesse calvário que vivíamos”.

Ingrid pediu à cúpula das Farc que respeitem a vida de seus guerrilheiros. “Desejamos que os rebeldes que estavam lá, nossos guardas, sigam vivos, e Deus queira que não estejam sujeitos à justiça das Farc”, disse. Ela ressaltou que os guerrilheiros não tem culpa pelo que aconteceu.

Em seu depoimento à rádio, a ex-refém disse que os agentes infiltrados se disfarçaram tão bem dentro das Farc que usaram até camisetas com a imagem de Ernesto “Che” Guevara: “Eles falavam como guerrilheiros e se vestiam como tais”, afirmou Ingrid.

Segundo ela, a operação começou ao amanhecer quando os integrantes das Farc informaram que os reféns seriam transportados para outro local. Para Ingrid, ninguém desconfiava que haveria o resgate e só tomaram consciência do fato quando estavam no ar e um dos supostos guerrilheiros gritou: “somos o Exército da Colômbia e vocês estão livres”, conta.

UOL
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