A NASA comemora o 50.º aniversário, período marcado por triunfos e tragédias, sobretudo pela perigosa conquista da Lua, em 1969, um dos grandes momentos do século XX. E há planos para novas façanhas nos próximos 20 anos
Futuro da agência espacial americana não parece fácil
A história dos últimos 50 anos não seria a mesma sem esta sigla, NASA, de National Aeronautics and Space Administration, agência espacial americana, cujo maior triunfo até agora foi a conquista da Lua, em 1969.
A NASA comemorou ontem o início do seu 50.º aniversário, que coincide com a decisão do Presidente Dwight Eisenhower de assinar a lei que a criava. Hoje, o objetivo é ir a Marte até 2037 e de regressar entretanto à Lua.
O contexto de 1958 também era de crise, pois a potência rival dos EUA, a URSS, colocara um satélite em órbita, em Outubro do ano anterior. Dividindo o esforço tecnológico por várias entidades, os americanos pareciam estar a perder a corrida.
A NASA só começou a funcionar em Outubro de 1958, com 80 funcionários, e teve o primeiro fracasso em 1961, ao não colocar um homem em órbita antes dos russos. Mas os americanos gozavam de vantagem material, pelo que o contratempo foi compensado pela conquista da Lua. O triunfo da Apollo 11, em Julho de 1969, foi um dos grandes momentos do século XX, embora ensombrado pelo primeiro acidente (Apollo 1) que custara a vida a três homens.
Os voos à Lua eram perigosos e acabaram em 1972. A tripulação da Apollo 13 quase perdeu a vida, num acidente que revelou a fragilidade do programa. Mas a exploração espacial esteve sempre ligada à política. Finda a Guerra Fria, as coisas mudaram, com maior aposta em projectos científicos, com destaque para as sondas Viking e o telescópio Hubble. Nos anos 80, a NASA criou o programa de naves reutilizáveis, muito caro e com dois catastróficos acidentes, que destruíram duas naves, Challenger e Columbia, matando 14 astronautas.
Com um orçamento de 17 mil milhões de dólares e 19 mil empregados, a agência enfrenta hoje um futuro complexo. A nova frota de naves, Orion, não estará operacional antes de 2015 e o vaivém será retirado em 2010. O futuro da dispendiosa Estação Espacial Internacional parece difícil.
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