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Ex-refém das Farc quer indenização de US$ 6,5 milhões

A ex-refém da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Ingrid Betancourt, quer uma indenização do Estado colombiano pelas perdas econômicas e pelos danos morais sofridos durante seus seis anos de cativeiro.

Segundo o ministério da Defesa, Ingrid e seus familiares apresentaram em 30 de junho duas solicitações de conciliação extrajudicial, nas quais pedem uma compensação monetária de 13 bilhões de pesos colombianos (US$ 6,5 milhões).

Com dupla nacionalidade colombiana e francesa, Betancourt foi sequestrada pelas Farc em fevereiro de 2002 e resgatada na Operação Xeque, levada adiante pelas forças militares colombianas, em 2 de julho de 2008.

Em um comunicado, o ministério da Defesa da Colômbia se declarou “surpreso e pesaroso” com a iniciativa, “especialmente pelo esforço e empenho da força pública no planejamento e na execução” da Operação Xeque, com a qual se conseguiu o resgate de Ingrid, de três americanos e onze policiais e militares colombianos.

Além disso, reforçou que na Operação Xeque, “mulheres e homens das Forças Armadas arriscaram a vida pela liberdade dos sequestrados” e evocou que “a própria doutora Ingrid Betancourt qualificou como ‘perfeita’ esta ação militar”.

As autoridades colombianas expressaram sua “convicção de que não existe nenhum elemento objetivo que permita deduzir a responsabilidade do Estado” no sequestro de Betancourt, e ressaltaram que a ex-refém havia “desconsiderado” as recomendações que a força pública fez, na ocasião, para que evitasse a viagem na qual foi capturada pelos guerrilheiros.

Ainda se desconhecem os argumentos exatos nos quais Betancourt e seus familiares baseiam sua demanda.

Brasil Econômico/AFP

Ex-refém acusa Ingrid de mentir sobre o cativeiro

A ex-refém colombiana Clara Rojas, seqüestrada em 2002 junto com Ingrid Betancourt, censurou a companheira política por contar “histórias falsas” do cativeiro e, num tom crítico, convidou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a se envolver mais na busca da paz na Colômbia diante do desgaste do mandatário venezuelano Hugo Chávez.

– É preciso buscar meios de comunicação alternativos com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – indicou Clara, libertada há cinco meses por mediação do presidente venezuelano, ao qual se diz “muito agradecida”. – Chávez está desgastado, o presidente equatoriano, Rafael Correa, também. Só resta Lula.

Segundo a ex-refém, o Brasil poderia adotar medidas mais efetivas no conflito, com uma maior aproximação militar e política. “Militar pelas fronteiras, e política para que seja um facilitador”, descreveu:

– As Farc estão debilitadas e precisam de um pouco de ar, só o suficiente para que tomem decisões absurdas e façam algo que acabe mal.

Resgate

Há uma semana, o Exército colombiano resgatou 15 reféns do grupo rebelde, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt. Clara lamentou as “histórias falsas” contadas por Ingrid – de quem já foi assessora política – referindo-se a declarações em que a ex-candidata à Presidência afirmou ter salvo Emmanuel, filho de Clara nascido em cativeiro.

Em referência a Ingrid e ao ex-senador Luis Eladio Pérez, libertado em janeiro passado, Clara assegurou, em entrevista à RCN, que “eles deviam ter sido solidários, e não foram”.

– O que passou, passou, e o que eles estão dizendo é totalmente falso. Dói na minha alma, porque não tenho nada contra eles – criticou.

Clara mencionou também uma reportagem em que o ex-senador Pérez disse que tinha lavado fraldas de Emmanuel. Ela ainda falou sobre uma declaração de Ingrid a um canal de televisão de Paris de que teria salvado a vida a Emmanuel.

– Não sei de onde eles tiram isso, mas Ingrid é boa de teatro.

A ex-assessora explicou que “o nível de proximidade tanto de Pérez quanto de Ingrid com Emmanuel era zero” e acrescentou:

– Eles estavam na zona de fumantes e eu, na de não fumantes. Não tínhamos nada a ver.

Ingrid e Clara foram seqüestradas em 23 de fevereiro de 2002 no departamento de Caquetá, sul da Colômbia. Clara Rojas foi libertada pelas Farc no dia 10 de janeiro e, desde então, vive em Bogotá com a mãe e com o filho, enquanto Ingrid, resgatada em uma operação do Exército no dia 2 de julho, viajou com a família dois dias depois para Paris.

Ingrid disse ontem que não descarta concorrer à Presidência da Colômbia, mas garantiu que isto não é uma “prioridade” no momento, durante entrevista ao apresentador da TV americana Larry King. Pérez chegou a Miami, onde vai morar depois de deixar seu país por causa de ameaças de morte.

JB

Após seis anos Ingrid reencontra os filhos

Seis anos após ter sido levada por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) enquanto fazia campanha para a Presidência colombiana, a ex-senadora Ingrid Betancourt reencontrou, nesta quinta-feira, os filhos Mélanie, de 22 anos, e Lorenzo Delloye, de 19. Libertada junto com outros 14 prisioneiros em umaoperação do Exército colombiano, que se infiltrou nas Farc e enganou guerrilheiros, Ingrid chegou na quarta-feira a Bogotá, onde pousou o avião que decolou, de madrugada, de Paris, levando para a Colômbia os filhos da ex-refém, sua irmã Astrid, e seu ex-marido, Fabrice Delloye. Muito emocionados, os filhos foram recebidos pela mãe na saída do avião.

Betancourt pede respeito à vida dos guerrilheiros

Após ser resgatada junto com um grupo de 14 reféns das Farc, Ingrid Betancourt deu um depoimento à rádio do Exército colombiano, reproduzido por diversas rádios locais. “Quero em primeiro lugar dar graças a Deus e aos soldados da Colômbia”, disse, acrescentando que a operação militar foi “absolutamente impecável”.

“Eu acredito que é um sinal de paz para a Colômbia, que nós podemos encontrar a paz”, completou em sua primeira declaração pública após a libertação.

Depois de encontrar os familiares, Betancourt disse aos pés do avião que a trouxe a Bogotá que lutará pela liberdade dos outros seqüestrados. “Como o presidente Nicolas Sarkozy, vamos seguir lutando pela liberdade dos que continuam presos”, afirmou. A ex-candidata à presidência acrescentou que se a liberdade não for alcançada pela negociação, deve haver “confiança nas forças militares”.

Além de Sarkozy, a ex-refém lembrou do apoio dos franceses. “Quero mandar uma mensagem ao povo da França. Obrigada por terem me acompanhado e estendido sua mão todos estes anos”, reiterou Betancourt, que também possui nacionalidade francesa, do primeiro casamento.

“Sou colombiana e sou francesa, tenho dividido meu coração. Obrigada pelo tempo que empregaram em minha defesa e pelo apoio dado a meus filhos”, acrescentou a ex-candidata presidencial.

Betancourt agradeceu ao governo do presidente Álvaro Uribe e ao ministro da Defesa Juan Manuel Santos, porque, afirmou, “se não tivessem se arriscado como o fizeram, teríamos ficado, quem sabe, mais anos nesse calvário que vivíamos”.

Ingrid pediu à cúpula das Farc que respeitem a vida de seus guerrilheiros. “Desejamos que os rebeldes que estavam lá, nossos guardas, sigam vivos, e Deus queira que não estejam sujeitos à justiça das Farc”, disse. Ela ressaltou que os guerrilheiros não tem culpa pelo que aconteceu.

Em seu depoimento à rádio, a ex-refém disse que os agentes infiltrados se disfarçaram tão bem dentro das Farc que usaram até camisetas com a imagem de Ernesto “Che” Guevara: “Eles falavam como guerrilheiros e se vestiam como tais”, afirmou Ingrid.

Segundo ela, a operação começou ao amanhecer quando os integrantes das Farc informaram que os reféns seriam transportados para outro local. Para Ingrid, ninguém desconfiava que haveria o resgate e só tomaram consciência do fato quando estavam no ar e um dos supostos guerrilheiros gritou: “somos o Exército da Colômbia e vocês estão livres”, conta.

UOL

Finalmente o governo pede a libertação de Ingrid

Em nota divulgada hoje no site do Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro pediu a libertação da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, há seis anos mantida refém dos bandidos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

“Ao condenar o seqüestro como prática inaceitável, o governo brasileiro apela para que Ingrid Betancourt e outros cidadãos que estão em poder das Farc, em especial aqueles cuja saúde inspira mais cuidados, sejam prontamente libertados”, diz trecho da nota. Em outra parte, a nota informa que “o governo brasileiro vê com interesse recentes manifestações do governo colombiano, no sentido de conceder anistia em troca da libertação de todos os seqüestrados, e considera que este caminho deve ser aprofundado”.

Ontem (7), o filho de Ingrid, Lorenzo Delloye, fez um apelo público ao presidente brasileiro: “Por favor, o senhor é presidente do Brasil, um presidente muito importante, que tem influência sobre a Colômbia. Por favor, faça todo o possível para libertar os reféns”.

Ch

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