Polêmica à vista. O cineasta Oliver Stone volta a ter como o alvo de seu trabalho, o morador da Casa Branca, um dos homens mais poderosos do mundo. Depois de dissecar com o talento de um cirurgião o assassinato de John Fitzgerald Kennedy em JFK – A Pergunta que Não Quer Calar (1991) e de retratar a queda de Richard Nixon em 1995, Stone promete agora “uma história shakespeariana” em W, sua biografia de George W. Bush.
Com um orçamento de US$ 30 milhões e estréia prevista para outubro, pouco antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, Oliver Stone assegura que o filme retratará “o estranho pouco desenvolvimento da democracia norte-americana”.
O filme será dividido em três atos: a juventude transviada de Bush, sua aproximação em direção às causas evangélicas e seu primeiro mandato na Casa Branca, embora o próprio diretor afirme que a obra não será “tão complexa” como Nixon.
O cineasta afirmou que não será crítico como Michael Moore, que fez de Bush seu alvo predileto nos documentários Tiros em Columbine (2002) e Fahrenheit 11 de Setembro (2004).”Moore me encanta, mas não queria fazer esse tipo trabalho”, disse Stone, que explicou que a figura do atual presidente norte-americano será tratada com seriedade, mas não será totalmente séria.
O diretor conta com James Cromwell, no papel de George Bush pai, Elizabeth Banks, que interpretará a primeira-dama Laura Bush, e Richard Dreyfuss, na pele do vice-presidente Dick Cheney. O papel de George W. Bush ficará com o ator Josh Brolin ( na foto já imitando o semblante de Bush), que afirma que precisou de muito tempo para conseguir o sotaque exato do presidente, para não correr o risco de se transformar em uma imitação do programa Saturday Night Live.
No entanto, Brolin declarou que “o mais importante não é fazer uma cópia de sua voz com perfeição, mas conseguir a voz interior do personagem, que e pergunta: “Qual é meu lugar neste mundo? Como posso ser lembrado?”, afirmou o ator.
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