Arquivo do dia: dezembro 20, 2010

Irmã de Chico Buarque será Ministra da Cultura

Ana de Hollanda, ex diretora da FUNARTE deve ser Ministra da Cultura

A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou nesta segunda-feira a artista Ana de Hollanda, ex diretora da FUNARTE, irmã do compositor Chico Buarque, para comandar o Ministério da Cultura. Ela aceitou. A conversa ocorreu pela manhã no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.

A expectativa é de que o nome de Ana e mais seis ministros sejam confirmados ainda hoje. A divulgação de novos ministros pode ser adiada, uma vez que ela ainda conversa com o PSB para definir o espaço do partido em seu governo.

Dilma procurava uma mulher para a Cultura. Cantora, ela foi diretora de Música da Funarte.

Devem ser anunciados os futuros titulares dos ministérios da Saúde, Esporte, Igualdade Racial, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social, além do Advogado Geral da União.

Na Saúde, será confirmado o médico sanitarista Alexandre Padilha, que atualmente ocupa a Secretaria das Relações Institucionais.

Apesar de Padilha ter passado a manhã de sábado reunido com Dilma e o futuro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o convite oficial para assumir a Saúde veio apenas na manhã de hoje.

Orlando Silva (PC do B) permanecerá à frente do Ministério do Esporte. Dilma cogitou indicar Luciana Santos (PC do B), ex-prefeita de Olinda, para aumentar o número de mulheres no primeiro escalão. A indicação, contudo, não se concretizou.

Outras três mulheres podem ser anunciadas hoje: Maria Lucia de Oliveira Falcón, secretária de Planejamento de Sergipe, no Ministério do Desenvolvimento Agrário; a socióloga Luiza Bairros para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e Tereza Campelo, economista e mulher do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, para o Ministério do Desenvolvimento Social.

Dilma pretende definir todos os nomes de seu ministério até quarta-feira (22).

STJ nega transferência de Suzane Richthofen

O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, negou a liminar que pedia a transferência de Suzane Richthofen para um centro de ressocialização do estado de São Paulo.

Segundo o relator do Habeas Corpus, não foi manifestado no pedido qualquer ilegalidade que justifique a concessão da medida.

“Da análise dos autos, em sede de cognição sumária, não verifico manifesta ilegalidade a ensejar o deferimento da medida de urgência, uma vez que o constrangimento não se revela de plano, impondo uma análise mais detalhada dos elementos de convicção trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento do mérito”, disse o ministro. O julgamento do mérito será feito pela 6ª Turma do STJ.

O pedido
Suzane Von Richthofen foi condenada, em 2002, a 39 anos de reclusão pelo assassinato dos pais. Ela cumpre sua pena em regime fechado em uma penitenciária de segurança máxima de São Paulo. A defesa da ré solicitou a transferência para um dos centros de ressocialização do estado ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou o pedido. Segundo o TJ-SP, as unidades de ressocialização são designadas para condenados cuja pena não seja superior a dez anos.

Ao recorrer ao STJ, os advogados de Suzane alegaram que ela obteve pareceres favoráveis de especialistas. Segundo os laudos técnicos, a condenada tem condições de ser transferida para uma unidade de ressocialização. A defesa justificou que a permanência em uma penitenciária de segurança máxima fere o princípio da individualização da pena, além de não possuir motivação concreta para justificar a sua manutenção em regime mais severo. A liminar foi negada pelo relator do caso no STJ.

Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

Maior banca do país em advocacia planeja fusões

O escritório Siqueira Castro – Advogados foi eleito, pela segunda vez consecutiva, o maior escritório do Brasil. O levantamento foi feito pelo anuário Análise Advocacia 2010, uma das mais respeitadas publicações jurídicas do país, e leva em conta o número de advogados de cada banca.

Comparado a 2009, o número de profissionais da firma cresceu mais de 12%, com a chegada de 55 novos membros, totalizando 509 advogados, sendo 58 deles sócios. Além disso, o Siqueira Castro – Advogados foi citado como referência nacional em 10 das 12 áreas de atuação pesquisadas: Ambiental, Cível, Consumidor, Contratos Comerciais, Infraestrutura e Regulatório, Operações Financeiras, Penal, Propriedade Intelectual, Trabalhista e Tributário.

Alguns sócios da banca também ganharam destaque no levantamento: Marcelo Freitas Pereira, do setor Societário, Pedro Guilherme Accorsi Lunardelli, do setor Tributário, e Simone Paschoal Nogueira, do setor Ambiental, estão entre os advogados mais admirados do Brasil.

E quando se trata do maior escritório do País em número de advogados e com atuação em todas as áreas, os números são sempre superlativos: o Siqueira Castro – Advogados tem hoje 509 advogados, dos quais 58 são sócios, 500 estagiários, 400 funcionários nas áreas não jurídicas, 2.500 clientes ativos de todos os setores da economia, 20 escritórios, entre eles um em Angola e Portugal, e quase 20 mil metros quadrados ocupados. E o planejamento da banca fundada em 1948 é continuar crescendo para se tornar uma bandeira de estrutura e credibilidade em serviços jurídicos. Para isso, a estratégia passa também por fazer novas fusões.

Em outubro deste ano, a banca anunciou a união com a Advocacia Lunardelli, banca especializada em direito tributário, operação que proporcionou aumento inicial de receita de R$ 7 milhões por ano e a prestação de serviços para mais de 250 empresas.

O escritório assegura que novas fusões vêm por aí. “Estamos estudando oportunidades em áreas estratégicas e em 2011 vamos buscar agregar núcleos de escritórios em áreas específicas  e profissionais no mercado, não só em São Paulo”, afirma Castro.

A estratégia faz parte do crescimento orgânico da banca, que tem uma política consistente de agregar sócios vindos de grandes escritórios e empresas, além de priorizar também advogados da casa. No final dos anos 1990, foi iniciada uma política forte de federalização, com a criação de unidades próprias de negócio fora do eixo Rio-São Paulo. “Essa política foi muito acertada. Temos escritórios muito fortes em Minas Gerais, Recife, Fortaleza, Salvador e no sul do País”, afirma Castro. Em 2006, a sede foi transferida do Rio de Janeiro para São Paulo, onde há projetos de expansão da área física para o próximo ano, bem como nos escritórios de Salvador, Brasília, Manaus e Belém. Também está prevista a abertura de novas filiais no Paraná e em Santa Catarina.

O Rio é o maior escritório em volume de negócios e em número de advogados, mas São Paulo deve ultrapassá-lo na virada de 2011 para 2012,  resultado da transferência da sede para a capital financeira do País.

Neste ano, o Siqueira Castro deve ter 20% de crescimento – só na unidade de São Paulo, o percentual é de 100%. E os prognósticos para 2011 são positivos, especialmente com vários setores da economia aquecidos. Hoje, 60% da receita é das áreas contenciosas, foco original da banca, e o resto das consultivas.

O desenvolvimento é justificado pelo demanda das próprias empresas. “Nos últimos 20 anos, os escritórios deixaram de ser pequenas estruturas especializadas em uma área e isso foi resultado da especialização dos clientes, que querem resultado com o menor tempo e custo”.

Apesar do crescimento em diversas segmentos, como infraestrutura, ambiental, societário e tributário, a área internacional deve ter investimento maciço em 2011, inclusive por meio do estímulo de parcerias bilaterais com escritórios estrangeiros, o que já ocorre com bancas da França, Espanha e Portugal. “Cerca de 25% do faturamento do escritório hoje já é oriundo de operações geradas fora do Brasil e a ideia é que isso cresça e se torne um pilar de sustentação. Queremos fincar nossa bandeira na prestação de serviços a clientes estrangeiros.

Apesar dos números expressivos, há uma característica dos pequenos escritórios que deve sempre ser mantida. “Em qualquer lugar do mundo, bancas de grande porte têm o desafio de manter a pessoalidade do serviço. Ter estrutura de uma empresa bem organizada e administrada, mas com espírito do escritório pequeno, do atendimento com contato direito com cliente”, afirma Siqueira Castro.

Pernambuco: um casamento e três funerais

Um casamento no condomínio mais luxuoso de Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife, na noite de sábado, acabou em tragédia, por volta das 2h30 de ontem.

 

No meio da festa, o noivo anunciou uma surpresa aos convidados e, em seguida, matou a tiros de pistola a noiva, o padrinho, feriu o sobrinho dela e cometeu suicídio. Momentos antes do crime, apontou para alguns amigos e diretores da empresa onde trabalhava, afirmou que eles eram felizes e disse a cada um deles que também alcançaria a felicidade naquela noite. Chegou a beijar a noiva segundos antes de matá-la.

O supervisor de vendas da Shineray Rogério Damascena, 29 anos, que disparou contra a própria cabeça depois de cometer o duplo homicídio, ainda foi levado pelo pai, João Bosco Pimentel Damascena, 59, ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. Não resistiu aos ferimentos. Às 8h, a equipe médica decretou a morte cerebral e, às 11h, oficializou o falecimento.

Logo depois de atirar várias vezes contra a noiva, a bacharel em direito Renata Alexandre da Silva, 25, Rogério caminhou em direção ao gerente financeiro da Shineray, Marcelo André Zloceowick, 40, padrinho de casamento e um dos melhores amigos. “Ele efetuou diversos disparos.

Só a perícia do Instituto de Criminalística pode informar com certeza quantos foram, mas contei pelo menos três. Um na cabeça, outro no tórax e o último no braço”, afirmou o delegado João Brito, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O sobrinho de Renata, Tiago Guerra, foi atingido de raspão no rosto. Após ser atendido num hospital particular do Recife, recebeu alta médica no fim da manhã de ontem.

A festa para 200 convidados ocorreu na área comum do condomínio Casa Grande D’Aldeia, no quilômetro 14. Testemunhas informaram à polícia que o noivo havia estacionado, à tarde, uma caminhonete Frontier próximo à área onde os convidados estavam sendo recebidos. Depois de avisar que faria uma surpresa, Rogério foi até o veículo, pertencente ao pai, e pegou uma pistola no porta-luvas. Escondeu a arma embaixo do paletó e voltou ao local. “Todos pensavam que ele iria trazer um presente para a noiva. Muitos imaginaram que seria um carro ou a chave do veículo”, comentou um convidado, que preferiu manter o nome em sigilo.

O delegado João Brito ressaltou que, quando Rogério sacou a pistola, a noiva se defendeu e chegou a correr. “Podemos afirmar isto porque os sapatos dela foram encontrados um pouco distantes do local onde estava o cadáver.”

Rogério chegou à festa numa motocicleta esportiva. Convidados informaram que ele demonstrava tranquilidade. “Ele cumprimentou um por um e agradeceu a presença de todos. Parecia bastante feliz com a festa de casamento. Nunca poderia imaginar que isso fosse acontecer. Ninguém imaginaria isso. Só em filme e olhe lá”, comentou uma convidada.

Jornal do Comércio/João Valadares