Arquivo do dia: dezembro 11, 2010

Ex dono do Banco Santos é despejado de casa em SP

A Justiça mandou o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, antigo dono do Banco Santos, desocupar sua residência, junto com sua mulher. A mansão fica no Morumbi (zona sul) de São Paulo.

O motivo foi a falta de pagamento de aluguel mensal de R$ 20 mil para a massa falida da Atalanta Participações, antiga empresa de Edemar que administrava vários imóveis em São Paulo.

Famosa por abrigar a coleção de arte de Edemar Cid Ferreira, o imóvel do Morumbi foi projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e sua construção foi orçada em cerca de R$ 142,7 milhões.

A casa tem cinco andares distribuídos em 4.100 m² de área construída. O ex-banqueiro vive no imóvel com a família desde 2004.

Na casa, há várias obras de arte e artigos valiosos como uma luminária do designer alemão Ingo Maurer, avaliada em 262,5 mil de euros, e uma mesa de mogno para 20 pessoas, de US$ 390 mil.

MUSEU

A ideia da Justiça Federal era transformá-la em um museu federal no Morumbi, como forma de ressarcir o erário pelas perdas impostas pelo banqueiro.

O imóvel foi alvo de uma disputa de competência entre a Justiça Federal, que versa sobre crime contra o sistema financeiro, e a Vara de Falências, que procura atender aos interesses dos credores na gestão de massas falidas.

Após debate no Judiciário, definiu-se que a recuperação do imóvel deveria ficar para a Vara de Falências.

O imóvel estava alugado em nome de Marcia de Maria Costa Cid Ferreira, mulher de Edemar, desde junho de 2004 –antes da intervenção no Banco Santos.

Segundo despacho do juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível do Fórum de Pinheiros, Marcia Cid Ferreira abusou de sua condição de sócia da Atalanta Participações e nunca chegou a pagar o aluguel do imóvel.

A dívida reclamada pela Atalanta Participações é de R$ 1,727 milhão.

No despacho, o juiz reconhece que não há argumento para a mulher de Edemar evitar o despejo. A decisão, porém, é de primeira instância e cabe recurso.

O despejo deve acontecer em 15 dias e será acompanhado por Vânio Aguiar, administrador da massa falida do Banco Santos.

O juiz nomeou Aguiar como depositário das obras de arte e do mobiliário da casa.

No despacho, o juiz cita que a casa não é considerada um bem de família e que Marcia Cid Ferreira tem ainda outros 20 bens entre imóveis e moedas estrangeiras.

Afirma ainda que Marcia emprega nove funcionários no imóvel do Morumbi.

Com a extensão da falência do Santos, a Atalanta, com outras duas empresas de Edemar (a Finsec e a Cid Collection), passou a pertencer à massa falida do Santos. Documentos encontrados em buscas feitas na casa do ex-banqueiro revelaram que o endereço da casa era o mesmo da sede da Atalanta.

O Banco Santos deixou um rombo estimado de R$ 2,9 bilhões no sistema financeiro e teve sua falência decretada em setembro de 2005.

Filho do mega investidor Madoff é encontrado morto

O filho do financista americano Bernard Madoff, autor da maior fraude financeira da história, foi encontrado neste sábado enforcado em seu apartamento em Nova York, onde aparentemente se suicidou, informou uma rede de televisão americana, citando a polícia.

Mark Madoff, 46 anos, foi encontrado sem vida em sua casa em Manhattan, de acordo com a rede de tv WABC. Sem confirmar a identidade do morto, um porta-voz da polícia de Nova York disse que “o corpo de um homem branco de 46 anos foi encontrado por um membro da família que alertou a polícia”.

Mark e seu irmão Andrew Madoff, que eram sócios de seu pai, foram investigados no âmbito da gigantesca fraude, mas nenhum foi acusado pelos tribunais.

AFP

Cantor Jim Morrison recebe perdão póstumo de condenação por atentado ao pudor

Quase 40 anos depois de sua morte, Jim Morrison, líder do The Doors, recebeu na noite desta quinta-feira (9/12) uma anistia póstuma por crimes de atentado ao pudor pelos quais foi condenado.

O governador da Flórida, Charlie Crist, apresentou hoje o pedido de anulação do processo a um Conselho de Clemência estatal para que, como querem os fãs da banda, o artista fique livre das acusações que pesavam sob ele.

Wikicommons

O conselho, integrado pelo governador do estado e por outros três funcionários estatais, aprovou por unanimidade o pedido.

“Neste caso, culpado ou inocente, está nas mãos de Deus, não nas nossas. É por isso que hoje peço aos meus colegas o perdão para Jim Morrison”, disse o governador ao apresentar a proposta, que foi aprovada com votos favoráveis dos quatro membros do mencionado Conselho.

James Douglas Morrison, nascido em Melbourne, na Flórida, foi acusado de exibir seu pênis, de profanar a moral pública e outros crimes de atentado ao pudor cometidos durante um show em Coconut Groove, sul de Miami, em 1969.

Com testemunhos que negavam o ocorrido e outros que o confirmavam, um tribunal de Miami o condenou a seis meses de prisão, mas o cantor apelou da condenação e pagou uma fiança para evitar ir para a cadeia.

Para integrantes da banda, a luta pelo perdão a Morrison não é uma disputa jurídica, mas sim uma luta cultural. “A batalha daquele tempo era a mesma de hoje em dia”, disse Ray Manzarek, tecladista do The Doors ao jornal The New York Times. “É a batalha que os Estados Unidos vêm lutando”, afirmou Manzarek, referindo-se à fama de rebelde da banda e a “proposta de contracultura em oposição à defesa dos bons costumes”.

Enquanto lutava para se livrar da prisão, Morrison viajou para Paris, onde morreu, em julho de 1971, aos 27 anos.

Justiça determina que Samsung pare de humilhar funcionários brasileiros

Lula visita fábrica Samsung Campinas-SP em 2004 Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Justiça do Trabalho de Campinas concedeu liminar determinando que a Samsung deixe de utilizar métodos de punição aos funcionários que não estejam previstos em lei, como gritos e tratamento humilhante. A decisão, que prevê o fim do assédio moral dentro da empresa, atende os pedidos de ação civil pública proposta pelo MPT (Ministério Público do Trabalho). O órgão decidiu processar a multinacional depois de constatar abusos praticados pela chefia na fábrica da Samsung em Campinas.

Segundo investigações conduzidas pelos procuradores, ficou constatado que os chefes coreanos da Samsung tratavam empregados de forma vexatória, por meio de conduta desrespeitosa e agressiva. Em depoimentos, ex-trabalhadores afirmaram que eram tratados de forma agressiva pelos supervisores e que estes chamavam a atenção dos funcionários com gritos e palavrões.

Um dos ex-empregados disse em depoimento que as agressões verbais proferidas pelos gerentes e supervisores coreanos eram rotineiras no ambiente de trabalho. Duas depoentes afirmaram que era comum presenciarem trabalhadoras chorando nos banheiros e que os supervisores ameaçavam de demissão os funcionários com produção atrasada. Segundo apurado no inquérito, houve afastamentos em razão de problemas de saúde – entre eles: depressão, estresse e síndrome do pânico – justificados pelas humilhações impostas pelos superiores.

Os procuradores fizeram diligência na empresa e tomaram depoimentos no local. O MPT constatou a forte pressão exercida sobre os trabalhadores para o alcance das metas de produção, com a afixação de placas e painéis por toda a fábrica.

Em audiência, a representante do sindicato da categoria esclareceu que as situações relatadas “de fato acontecem na empresa, especialmente quando há treinamento realizado por coreanos”. Além disso, foi dito que os supervisores dos setores advertem pessoalmente e em sala pública os funcionários que cometem algum tipo de falha. Nessas ocasiões o esmpregado também sofre ameaças de demissão.

Em sua defesa, a Samsung sustentou que cumpre rigorosamente a legislação vigente, recusando-se a firmar um acordo extrajudicial perante o MPT.

Decisão

A liminar concedida pelo juiz André Augusto Ulpiano Rizzardo, da 8ª Vara do Trabalho de Campinas, determina que a Samsung deixe de utilizar meios de punição senão os previstos na lei. Se descumprir as determinações liminares, a empresa pagará multa de R$ 10 mil por trabalhador que for vítima de assédio moral.

No mérito, o MPT pede o comprometimento da Samsung em estimular o respeito mútuo entre superiores e subordinados, no sentido de promover ações internas que coíbam o assédio moral, além da condenação por danos morais coletivos no valor de R$ 20 milhões.

OUTRO LADO: Samsung diz que trata funcionários com respeito e dignidade

Caso Gianecchini: ex-cabelereiro diz ‘não tenho rabo preso’

Daniel Ferreira Mattos (na foto ), o ex-agente de Reynaldo Gianecchini que disputa com o ator de “Passione” uma cobertura na Barra avaliada em 1,3 milhão de reais, se diz tranquilo com o processo judicial:

– Eu não sei o que aconteceu. Jamais imaginei uma situação dessas com ele. Na minha cabeça isso é um golpe da vida.  A cobertura é minha e eu estou tranquilo. Mexer com o bolso das pessoas é complicado – declara o ex-maquiador, que hoje tem uma empresa de produção de eventos, a Algodão Doce.

Gianecchini afirma que passou o imóvel para o nome do seu então empresário para que ele vendesse a cobertura. Tudo para que o nome do galã não ficasse exposto. Daniel rebate:

– Se fosse assim, uma procuração resolveria… Meu documento é legítimo!

Sobre um suposto romance que tenha vivido com o ator, Daniel prefere não falar:

– Eu não posso falar sobre isso. Só posso dizer que o Reynaldo é um querido e que se ele estiver magoado não veio de mim, eu não fiz nada. Eu não tenho medo, eu não tenho rabo preso. Já fiquei muito triste com essa história, gosto muito dele. Estou me reestruturando.

Reprodução / Facebook

É essa a cobertura, avaliada em 1,3 milhão de reais, que virou alvo da disputa entre Reynaldo Gianecchini e seu ex-empresário Daniel Ferreira Mattos. O ator entrou com um processo contra Daniel para impedi-lo de vender o imóvel de 245 metros quadrados e reverter a doação feita ao seu ex-agente. Tudo começou em setembro de 2008 quando Giane transferiu a propriedade do imóvel para o nome do rapaz para, segundo ele, vender o apartamento sem que seu nome ficasse exposto. No processo, Giane acusa Daniel de agir de má-fé, valendo-se de  sua suposta inocência para enganá-lo e, através de diversas operações irregulares, apoderar-se do apartamento de fato.

De acordo com a “Veja Rio”, a batalha judicial começou em janeiro deste ano, quando o processo foi protocolado no Fórum Cível de Niterói. Segundo um advogado que teve acesso aos autos, Gianecchini diz ter comprado o imóvel em 2006 por R$ 600 mil. Em junho de 2008, ele contratou Daniel e resolveu colocar a propriedade à venda. Vale ressaltar que o jovem, de 30 anos, era maquiador antes de virar representante do vilão de “Passione”. Como em três meses nenhum comprador apareceu, o empresário teria sugerido que o ator fizesse a doação, registrada no 14º Ofício de Justiça da Comarca de Niterói em setembro de 2007. A partir desse momento, então, Daniel tornou-se legalmente o proprietário com pleno domínio sobre a cobertura.

Jornal Extra

Deputado Tiririca. Veja a foto oficial

Contrariando orientação da direção da Câmara, Tiririca não foi ao serviço fotográfico da Casa para tirar o retrato oficial dos deputados da próxima legislatura.

Enviou uma foto por e-mail. Tiririca, está claro, pretende aposentar a peruca e as roupas de palhaço usadas na campanha eleitoral e nos programas de TV. Menos mau, mas, mesmo de cara limpa, terno e gravata, será levado a sério?

Por Lauro Jardim/Veja

Barcelona: patrocínio na camisa por € 165 milhões

O Barcelona ganhará € 165 milhões depois de chegar a um acordo para anunciar em sua camisa a Qatar Foundation.

Os jogadores do Barça usarão em sua camisa tanto o logo da Unicef como, a partir da próxima temporada, o da Qatar Foundation, uma instituição fundada pelo emir do Qatar, presidida por sua esposa e destinada à educação superior.

As duas partes chegaram a este acordo depois que a Fifa escolheu, na semana passada, o Qatar como sede do Mundial de Futebol em 2022.

O acordo consiste no pagamento de € 30 milhões para cada uma das cinco temporadas disputadas até 2016, mais um bônus por títulos.

Além disso, durante a temporada 2010-2011, o clube receberá também € 15 milhões a mais por direitos comerciais.

Bebê indígena nasce com 7,1 quilos no Amazonas

Foto: Reprodução/TV Amazonas / Menina indígena nasceu com 7,1 quilos no Amazonas  


Uma índia da etnia munduruku deu à luz uma menina de 7,1 quilos em Nova Olinda do Norte, no Amazonas, na terça-feira (7). As duas passam bem.

O bebê, que mede 60 centímetros, nasceu em uma cesariana e é saudável. A médica Romenia de Brito afirmou que a menina tem saúde perfeita e se trata de um caso de macrossomia fetal. Os médicos chegaram a desconfiar que a mãe tinha diabetes, o que não foi comprovado.

A mãe, Rosinete Brasil Cardoso, de 42 anos, vive na aldeia Kuatá perto do município de Borba. Mãe de dez filhos, ela conta que outras duas crianças nasceram com peso elevado, com 6 e 5,6 quilos.

Ditadura: demitido coronel solidário a Médici

Tá hoje na Coluna do Claudio Humberto:

Por “ordem superior”, a Escola de Comando do Estado Maior do Exército exonerou o coronel Paulo Dartagnan, encarregado de assistir Roberto Médici, convidado à cerimônia em que seu pai, ex-presidente Emílio Médici, foi patrono de turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), sábado. Roberto abandonou o palanque em sinal de protesto contra discurso do ministro Nelson Jobim e o coronel o seguiu.

Coronel da arma de Cavalaria, Paulo Dartagnan Marques de Amorim seguiu Roberto Médici porque era sua missão acompanhá-lo na Aman.

Em seu improviso, o ministro da Defesa exortou o Exército a “esquecer o passado”. Nenhum dos generais presentes o aplaudiu ou apoiou.

Durante a semana, militares do Exército e até civis protestaram contra a “desfeita” à memória de Emílio Garrastazu Médici.

Após o caso ser revelado nesta coluna, o Ministério da Defesa divulgou o discurso de Jobim excluindo o polêmico trecho de improviso.

Claudio Humberto

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