Arquivo do dia: agosto 13, 2011

Saúde: Quando o viciado é o médico

Há quem pense que, por compreender os riscos e os perigos das drogas melhor que ninguém, os médicos estejam livres de sua influência. Mas talvez o fato de tê-las estudado em profundidade seja na verdade a razão de esse mal estar tão disseminado na categoria. Ter acesso fácil, conhecer os sintomas do abuso e saber como escondê-los torna os médicos usuários perigosos.

Uma pesquisa feita na Inglaterra, publicada no jornal médico The Lancet, mostra que um número elevado de médicos, principalmente aqueles em formação, consome drogas como maconha, cocaína, LSD, ecstasy e anfetaminas, além de beber em  excesso. Cerca de

11% dizem fumar maconha regularmente e até 13% já fizeram uso de cocaína, ecstasy, LSD e anfetaminas. A maioria disse beber e se drogar por prazer. A pesquisa, no entanto, tocou em um ponto importante. Esses mesmos médicos que dizem fazer uso social das drogas demonstram níveis de ansiedade e depressão altíssimos — especialmente as mulheres: 45% (os homens somam 21%). Quando se trata de substâncias prescritas, quase 17% dos médicos declararam apresentar problemas relacionados ao uso de psicotrópicos e admitiram já ter feito uso de algum deles sem prescrição ou acompanhamento adequado (com destaque para os benzodiazepínicos, os “remédios para dormir”).

O autor do livro A Verdade sobre as Drogas, doutor Patrick Dixon, afirma que um médico viciado representa uma ameaça significativa à saúde pública, porque a vida de seus pacientes será colocada em risco. Cerca de 10% têm dificuldades em executar suas funções por causa do vício. Nos Estados Unidos, uma pesquisa de cinco anos mostrou que 12% dos médicos se viciam em drogas. Por essa razão, desde 1970 funciona por lá um programa de reabilitação.

Mas como garantir que os responsáveis por nossas vidas estejam sóbrios quando nos tratam? Precisamos primeiro entender que mecanismos são acionados quando alguém se entrega a qualquer tipo de excesso. O médico é, na maioria das vezes, ativo, ambicioso, competitivo, compulsivo, entusiasta e individualista — e por isso se frustra facilmente em suas necessidades de realização e reconhecimento. Isso pode ser suficiente para produzir ansiedade, depressão. Na maioria das vezes, em lugar de buscar cuidados psicológicos, ele se automedica com álcool e drogas. Alguns chegam ao extremo: suicídio. A morte é, por definição, familiar a quem pratica a medicina. Os médicos sabem exatamente o que fazer para eliminar a si próprios.

Um livro escrito por L. Wekstein (Handbook of Suicidology) mostrou que os elevados índices de suicídio encontrados entre estudantes de medicina e médicos estão relacionados à perda da onipotência, da onisciência e da virilidade idealizadas por muitos e à crescente ansiedade pelo temor em falhar.

Como foi minha experiência de quase 30 anos na profissão? Morremos de medo de falhar porque desempenhamos uma função única na vida das pessoas. Quando frustramos alguém, a queda é grande não somente para quem recebe a notícia. Nesse momento, faz diferença ter uma sólida formação e equilíbrio familiar e social. Caso contrário, simplesmente enlouqueceríamos. Conheço médicos incríveis que são totalmente dependentes de álcool e drogas, muitas vezes a ponto de precisarem tomar uma dose

para se “calibrar” antes de iniciar os trabalhos logo pela manhã…Acho que os médicos precisam relaxar e descansar mais. A verdade é que nunca fomos muito bons em cuidar de nossa própria saúde. A grande maioria tem um forte senso de dever e coloca os pacientes acima da própria saúde. Nós, médicos, deveríamos, acima

de tudo, buscar a construção de uma rotina pautada pela qualidade de vida, com equilíbrio entre as horas trabalhadas e as dispensadas ao lazer e à higiene mental.

No caso de quem já cruzou a linha do vício, faz-se necessária a criação de programas de apoio, com o duplo papel de ajudá-lo a alcançar a sobriedade e de dar garantias aos colegas, aos hospitais e ao público em geral de que poderá praticar um atendimento seguro. No estudo americano, três quartos dos médicos tratados tiveram resultados favoráveis ao longo de cinco anos. Tais programas parecem oferecer uma combinação adequada de tratamento e apoio para administrar a dependência.

Em um caso relatado nos Estados Unidos — muito parecido com algo que vivi no Brasil —, um jovem médico, totalmente dependente de álcool e drogas, pede ajuda a um colega. Este sugere que ele tome um remédio “para dormir”. O que o jovem médico faz? Toma o frasco inteiro… Termino com uma frase que circula há tempos nos hospitais: “Nenhuma forma de tratamento é efetiva com um paciente morto”.

* Cardiologista, faz parte da equipe do Instituto do Coração e dirige a Escola de Ciências da Saúde e Medicina na Universidade Anhembi Morumbi, ambos em São Paulo

Fonte:ALFA

Morreu ex-cantor da banda de rock metal Warrant

Jani Lane, ex-vocalista da banda de rock metal Warrant, foi encontrado morto em um motel de Los Angeles, disse a polícia, que investigava esta sexta-feira a causa da morte deste músico americano de 47 anos.

Conhecido pelos cabelos louros e as jaquetas de couro, Jani Lane, cujo nome verdadeiro era John Kennedy Oswald, foi encontrado morto na noite de quinta-feira no motel Comfort Inn de Woodland Hills, subúrbio de Los Angeles, no vale de San Fernando, no norte da cidade.

Nos últimos anos, foi detido duas vezes por dirigir embriagado e passou algum tempo atrás das grades.

Nascido em Akron (Ohio, norte dos Estados Unidos), Jani Lane se mudou para Los Angeles nos anos 1980. Foi então que se uniu ao Warrant, tornando-se cantor e compositor dos principais sucessos da banda, como “Uncle Tom”s Cabin”, “Down Boys” e a balada “Heaven”.

Os dois primeiros álbuns do grupo foram “Dirty Rotten Filthy Stinking Rich” (1989) e “Cherry Pie” (1990), cada um dos quais vendeu mais de dois milhões de cópias.

Jani Lane deixou o grupo em 2004, ao qual voltou em 2008 por alguns meses.

O cantor, casado trêsvezes e pai de quatro filhos, também participou de um ”reality show” em 2005.

Samsung tá lançando hoje no Brasil o Galaxy Tab 10.1

A Samsung programou para este sábado (13), no Brasil, o lançamento do novo tablet Galaxy Tab 10.1, que teve vendas proibidas em grande parte dos países da União Europeia. O novo computador em prancheta roda o sistema operacional Android 3.1, do Google, e tem vendas exclusivas pela operadora Vivo até o fim deste mês

As vendas do Samsung Galaxy Tab 10.1 foram bloqueadas temporariamente em alguns países da Europa por conta de um processo que a Apple move contra a Samsung e que teve audiência marcada para 25 de agosto no Tribunal Regional de Dusseldorf, na Alemanha. Para a Apple, o tablet da concorrente copiou direitos de projeto em itens como a interface do usuário, embalagem e formato do aparelho.

A audiência do dia 25 ainda é a preliminar e o tempo do processo depende de fatores como os procedimentos de oitivas. O prazo para a decisão deve levar de uma a duas semanas após a audiência preliminar, mas também existe a possibilidade de ser decidida na própria audiência.

O único pais da União Europeia que não teve a venda do tablet suspensa foi a Holanda, já que lá uma ação própria foi movida pela Apple contra a Samsung. Os processos judiciais também se estendem pelo mundo. Além da Holanda e Alemanha, também existem ações impetradas na Austrália e nos Estados Unidos.

A Apple também moveu ações contra a Motorola, alegando igualmente que elementos de design do tablet Xoom foram inspirados no iPad 2. A audiência da Apple contra a Motorola também deve ser realizada na corte de Dusseldorf.