A Romi-Isetta não é apenas um carro de design diferenciado. No Brasil ele é histórico por ter sido o primeiro veículo automotor produzido no país, de 1956 a 1961, na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo.
Para comemorar os 55 anos da fabricação do primeiro automóvel nacional, será realizado no dia 3 de setembro um encontro dos modelos Romi-Isetta na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, no interior de
São Paulo. O pequeno Romi-Isetta foi o primeiro carro fabricado em série no Brasil.
Lançado oficialmente no dia 5 de setembro de 1956, ele era produzido pelas Indústrias Romi S.A., que hoje fabricam máquinas e ferramentas para processamento de plásticos.
O primeiro encontro dos célebres modelos foi realizado em 2006. Na época, era comemorado o aniversário de 50 anos do veículo, com 36 automóveis participantes no total.No ano passado, em razão das
comemorações de 80 anos das Indústrias Romi, foi realizado o
segundo encontro, com 27 Isettas. Para o terceiro encontro,a expectativa é reunir 55 carros, fazendo uma alusão aos 55 anos do lançamento do modelo no Brasil.
O evento poderá ter novamente a presença de um colecionador
gaúcho. “Estive no que marcou os 50 anos do Romi-Isetta e fui convidado parair este ano”, revela Mário Célio dos Santos, dono de um modelo 1957. “Comprei o carro há 26 anos e levei 10 anos para restaurar e deixá-lo perfeito”, destaca, salientando que pelo tamanho e agilidade no trânsito, ele ainda poderia fazer sucesso nos dias atuais.
Além de juntar dezenas de colecionadores de todos os cantos do Brasil, o evento contará ainda com a presença de alguns ex-funcionários das Indústrias Romi que participaram da produção do automóvel, entre os quais Mário Pacheco Fernandes, de 80 anos, que trabalhou no lançamento e no marketing do veículo.
Produzido no Brasil entre 1956 e 1961, o carro foi resultado
de um projeto da marca Romi que buscou na Itália o modelo do Iso Isetta, que foi desenvolvido pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi. Ao todo, foram produzidos
cerca de 3 mil exemplares em território brasileiro.
O Romi-Isetta conseguiu incorporar muitos conceitos e características marcantes em um estilo único, assinado pelo designer italiano Giovanni Michelotti. São marcas registradas do modelo itens como a
porta localizada na frente do carro, o motor transversal posicionado
entre-eixos e as dimensões extremamente compactas, podendo transportar
dois adultos e uma criança. O carro atingia velocidade máxima de 85 km/h e tinha consumo de 25 km por litro rodado.
Coluna do Cezar Brezolin – O Sul