Arquivo do dia: junho 12, 2009

Venezuela suspende a venda de Coca-Cola Zero

O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não tem medo do ridículo e adora uma polêmica. Na quarta-feira, Chávez fez mais uma das suas: seu ministro da Saúde, Jesús Mantilla, anunciou a proibição da Coca-Cola Zero – vendida em dezenas de outras nações – sob a justificativa de proteger a saúde dos venezuelanos.

Conforme o ministro, que não apresentou provas para embasar a decisão, o refrigerante sem açúcar contém “substâncias nocivas”. Mantilla também não citou que substâncias seriam essas, mas possivelmente se referiu aos edulcorantes (adoçantes) artificiais aspartame e Ace-K – considerados “essencialmente inofensivos” pela FDA, órgão do governo dos EUA que libera a comercialização de medicamentos e alimentos.

A Coca-Cola Zero foi lançada na Venezuela em abril passado. O braço venezuelano da empresa – pertencente ao grupo mexicano Coca-Cola Femsa – divulgou comunicado afirmando que o produto não contém quaisquer substâncias prejudiciais à saúde, mas, sem alternativa, começou a retirar as garrafas e latinhas de postos de venda de todo o país.

Em março, o presidente determinou que a fabricante se retirasse de um terreno no bairro de Gramoven, para construir moradias. Em 2005, as autoridades fecharam por 48 horas as fábricas, alegando problemas fiscais. Para analistas, a decisão de banir a Coca-Cola Zero é uma questão política. Chávez mantém relações conturbadas com os EUA, do qual a Coca-Cola é um dos maiores símbolos.

Filme sobre vida de Lula faz deputados chorarem

Um copião de cerca de 10 minutos do filme ‘Lula, o filho do Brasil’ está mexendo com a emoção dos políticos, a ponto de levar muitos deles ao choro durante a exibição feita em cópia DVD nos gabinetes das lideranças de partidos aliados, no Congresso, informa o Estadão de hoje.

As cenas que mais chocam, de acordo com parlamentares que viram a fita, são as do menino-adolescente defendendo a mãe, Lindu, das surras que o marido tentava lhe dar, e a retirada da família do Nordeste para o sul, num pau de arara.

‘Realmente a parte que me foi entregue por um produtor é emocionante e fez com todos os que estavam na sala – entre eles, eu – chegassem às lágrimas’, disse o deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), que fez uma sessão privê no gabinete da liderança do PMDB.

No filme de Lula destacam-se ainda o instante em que ele perde o dedo mindinho da mão esquerda, num torno, o namoro com dona Marisa (vivida pela atriz Juliana Baroni), os grandes comícios realizados no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo, e as campanhas para presidente desde 1989. O ator novato Rui Ricardo Diaz faz o papel de Lula adulto.

Senado: neto de Sarney passou vaga para mãe

A mãe do estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney teria assumido o cargo do filho depois que ele foi demitido do gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe o nepotismo no poder público.

O rapaz de 22 anos é neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e filho do empresário Fernando Sarney e da ex-candidata a Miss Brasília Rosângela Terezinha Michels Gonçalves. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Ontem, a publicação do impresso informava que o neto do presidente recebia R$ 7,6 mil para trabalhar como secretário parlamentar na Casa mesmo sem ter concluído curso superior. Em outubro de 2008, ele teve de ser exonerado, mas, vinte dias depois, sua mãe teria sido contratada para o mesmo cargo, com o mesmo salário no gabinete do petebista, aliado político do senador Sarney.

“Eu devia favores ao Fernando (Sarney, o filho do presidente do Senado). Ele me ajudou na campanha. Eu era brigado com o Sarney e ele me ajudou na minha eleição”, explicou Cafeteira. “Eu sabia que a nomeação do filho podia criar até um problema de família porque o João Fernando não é neto que transita na casa de Sarney”,” nem a mulher hoje do Fernando sabia deste filho” continou.

Questionado se a contratação seria uma maneira de conceder pensão ao jovem à custa do Senado, Cafeteira se irritou. “Eu contrato quem eu quero e não sabia que tinha que pedir autorização de vocês da imprensa.”