Arquivo do dia: junho 14, 2009

Lily Safra: milionária nascida em Canoas

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Russo perde milhões e Lily Safra retoma mansão

A gaúcha, de Canoas, Lily Watkins Cohen Monteverde Bendahan Safra, de 71 anos, é a brasileira mais conhecida no jet-set internacional. Seus quatro casamentos com bilionários do Brasil, da Argentina, da Inglaterra e do Líbano resultaram num legado de fama, fortuna e lágrimas. Tanto Edmond Safra, seu último marido, como Alfredo Monteverde, com quem se casou em 1965 e que lhe deixou de herança o Ponto Frio, morreram de forma trágica.

A empresa, aliás, lhe despertava sentimentos díspares. Se por um lado o negócio garantia uma importante fonte de renda, por outro lhe trazia lembranças trágicas como a morte do primogênito Claudio Cohen. Diretor de marketing do Ponto Frio, ele foi vítima de um acidente de carro em 1989.

Desde então, Lily Safra começou a se afastar cada vez mais do Brasil. O distanciamento se acentuou nos últimos anos. “A dona Lily só vinha ao Brasil para receber os dividendos do Ponto Frio. Chegava, despachava com os executivos e na sequência embarcava de volta para a Europa”, conta um executivo que atuou na empresa.

Ex-maridos: a cada casamento, incorporava um sobrenome: Cohen vem de Mario,Monteverde de Alfredo e Safra de Edmond

Com a venda do Ponto Frio para o Grupo Pão de Açúcar, na segunda-feira 8, Lily rompeu o último laço que a prendia ao País. Tanto que nem apareceu para assinar a papelada. Toda a negociação foi conduzida por telefone e internet. O contrato foi enviado por email para Londres, onde fica a residência oficial de Lily.

As raras visitas ao Brasil eram motivadas ainda por atividades filantrópicas e eventos da alta sociedade. Em todas as ocasiões Lily era tratada com mesuras.  E não podia ser diferente, segundo um empresário que manteve um relacionamento comercial duradouro com ela: “Ela sempre foi uma pessoa difícil no trato pessoal e que jamais admitia ouvir um não como resposta”, recorda a fonte que pediu para não ter o nome citado.

O sócio minoritário Simon Alouan foi um dos que conheceram a face, digamos, mais agressiva de Lily. Nos últimos 20 anos ela sequer lhe dirigiu a palavra. Apontado por ela como causador da morte do filho Claudio, com o qual ele travou uma ríspida discussão no dia do acidente, Alouan foi expulso do enterro do Claudio.

Apesar do temperamento forte, Lily é tida como uma mulher sedutora. O charme e a beleza foram as armas usadas para conquistar bons partidos, como o argentino Cohen, dono de indústrias do segmento de náilon e com quem teve três filhos: Adriana, Eduardo e Claudio. Na sequência vieram o brasileiro Monteverde, o inglês Samuel Bendahan e o libanês Safra.

Este último, um solteirão convicto, foi fisgado aos 44 anos durante um leilão de arte em Paris, quando disputaram ferozmente um item apregoado. Safra venceu e depois a presenteou com a peça.

Em Londres, para onde se mudou após a morte de Safra, em 1999, Lily estreitou ainda mais seus laços com a nobreza. Fez o mesmo com personalidades do showbiz, como o cantor Elton John e eventos beneficentes patrocinados por ela na Europa e nos Estados Unidos. A faceta filantrópica de Lily, aliás, foi intensificada nesta década. À frente da Fundação Edmond Safra ela se tornou a 20ª maior contribuinte de instituições de caridade britânicas, com a doação de US$ 45 milhões.

Nascida Lily Watkins em Canoas (RS), a cada sobrenome influente adicionado ao seu registro civil ela foi amealhando uma fortuna em heranças, que hoje já soma US$ 1 bilhão, segundo a revista Forbes.

Brasileiros com filha doente têm que deixar Londres

A iminente expulsão do Reino Unido do casal capixaba Mauro e Neuza de Carvalho, de 65 e 64 anos, respectivamente, alertou o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

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O casal está em Londres desde outubro, onde acompanha o tratamento contra um câncer raro que acomete a filha, Gisselle Carvalho-Norris, 33 anos. Com o vencimento do visto de turista de ambos após seis meses, o Ministério do Interior britânico nega o pedido de renovação.

O caso dos pais de Gisselle foi divulgado  por A GAZETA.

A capixaba sofre de graves complicações decorrentes de um coriocarcinoma  que, mesmo após quimioterapia, se alastrou para o fígado. Ela deve ser operada na próxima terça-feira para a retirada de um tumor.

Natural de Guarapari e formada em Jornalismo, Gisselle mora na Inglaterra desde 2000. É casada com um inglês que atua no ramo imobiliário e mãe de Tom, de 1 ano, e reside em Kensal Rise, Noroeste de Londres.

Reunião
Diante dos contornos delicados do caso, o Itamaraty marcou para segunda-feira uma reunião entre os pais de Gisselle e o cônsul-geral do Brasil em Londres, embaixador Walter Pecly. Noticiado pelo jornal The Independent, o episódio ganhou repercussão diante da manchete pesada: “Morrendo de câncer – mas Ministério do Interior expulsa seus pais”.

O marido de Gisselle, que é inglês,  continua trabalhando para custear as despesas com o tratamento. A mãe dele, de 74 anos, vive a quase 80 quilômetros de distância, e a única irmã, Lindsey, reside ainda mais longe.

Ansiedade

Com tanta incerteza sobre meu futuro, e sem saber se vou poder cuidar de meu bebê, sem eles (os pais) estaria perdida”  diz Gisselle Carvalho Norris ao jornal The Independent

Por causa de seu quadro delicado, ela dorme com dores e febre, relata seu pai, Mauro de Carvalho. Ontem, no final da tarde, ela ouviu de seus médicos que poderá ser operada na próxima terça-feira. Porém a possibilidade de não poder contar com a presença dos pais na volta para casa a deixa preocupada, principalmente com o filho pequeno. A notícia, já perto da madrugada – horário de Londres – , que o consulado brasileiro vai tentar interceder junto ao governo britânico foi um alívio.

Indignação

“O governo inglês não teve compaixão de nós”
Mauro Monteiro de Carvalho , 65 anos, pai de Gisselle

Por telefone, e ainda na Inglaterra, o bancário aposentado Mauro Monteiro de Carvalho, 65 anos, contou sobre a dificuldade que sua família vive em Kensal Rise, cidade no Noroeste de Londres. Junto com a esposa Neuza, ele está há seis meses no Reino Unido para acompanhar o tratamento de câncer da filha Gisselle e cuidar do neto. Agora, a possibilidade de expulsão do país deixa todos mais abalados ainda. Carvalho reclama da insensibilidade britânica diante do caso.
Situação
O governo inglês não teve compaixão da gente. Tudo bem eles proibirem outras pessoas. Os casos mais comuns. Mas nós estamos aqui desde outubro cuidando de nossa filha. O marido da Gisselle, Jeff, tem que trabalhar. Meu neto, Tom, tem só 1 aninho de idade. Quem vai cuidar dela e do bebê? Nós, claro. O amor dos pais é que faz a vida dos filhos. Só que não nos querem mais aqui.

O jornal (The Independent) esgotou na banca do bairro anteontem. Meu genro falou com a BBC (rede de televisão britânica). Talvez ajude. Eu liguei para o consulado e só consegui deixar recado para a secretária eletrônica.

Gisselle
Ela vai ser operada na próxima terça. A doença no fígado é de difícil tratamento. Apesar de tudo, os médicos estão espantados com a resistência física dela. O lado psicológico está abalado com a possibilidade da gente ter que ir embora, mas ela consegue dar força até para nós, que deveríamos estar aqui ajudando.

Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Gisselle Zordan – era assim que ela assinava suas reportagens – atuou na TV Guarapari antes de ir estudar na Inglaterra, em 2000. Na época novata na profissão, já era considerada pelos colegas uma profissional batalhadora.

Na Inglaterra, ela não exerce a profissão, mas descobriu uma nova paixão: a enologia – estudo de vinhos.

Família real brasileira ainda recebe laudêmio

Dom Luiz Gastão de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial Brasileira, no Palácio do Ipiranga

D.Luiz Gastão de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial Brasileira, no Palácio do Ipiranga

A família real brasileira voltou a ser manchete com a morte do príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, 26 anos, no Airbus da Air France.

E uma velha discussão aflorou, outra vez, sobre privilégios que os descendentes da realeza nacional ainda possuem na velha e imperial Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro.

Talvez apenas os brasileiros mais bem-informados saibam que a família imperial recebe o laudêmio – uma taxa sobre a venda de todos os imóveis da região central de Petrópolis.

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O laudêmio é um tributo que foi instituído pela coroa portuguesa quando as terras coloniais do Brasil pertenciam a Portugal. Ao promover a colonização de nosso país, as terras eram distribuídas a quem quisesse ocupá-las para produção de alimentos, e seus donatários eram conhecidos como foreiros, ou seja, tinham a titularidade dos imóveis, mas pagavam uma taxa – o laudêmio – sempre que se desfaziam da propriedade.

O laudêmio está presente nos dias de hoje nos chamados terrenos de marinha, em algumas propriedades da Igreja Católica e com a família imperial brasileira.

“Só a União tem 542 mil imóveis que podem receber laudêmio”, afirma Paulo Campos, diretor de recursos estratégicos da Secretaria do Patrimônio da União.

Segundo o engenheiro e advogado Francisco Maia Neto, titular da coluna Mercado Imobiliário, publicada quinzenalmente no jornal O Estado de Minas, a União é dona de 30% dessas propriedades, a Igreja Católica possui 60% e os restantes 10% são de particulares e de herdeiros da monarquia.

‘Os terrenos na orla atlântica do Brasil, localizados a 33 metros da maré mais alta, em relação à linha de preamar, que significa o ponto médio das marés observadas durante o ano’, são exemplos para se entender o significado do tributo. A taxa de laudêmio, 5%, é paga à União por quem vende esses terrenos para loteamentos e condomínios. As ilhas também são terrenos de marinha, e quando são vendidas recolhem o laudêmio.

Como a área central de Petrópolis foi uma fazenda de propriedade de Dom Pedro II e hoje é uma área nobre da cidade, seus herdeiros recebem 2,5% sempre que um imóvel nesta região é negociado. Especialistas calculam que cada membro da família real do ramo de Petrópolis receba entre R$ 3 mil e R$ 5 mil mensais com a taxa de laudêmio.

Para a família imperial talvez seja apenas um ‘troco’, mas mostra a generosidade da República brasileira com os descendentes de nossa nobreza real derrubada em 1889.

Blog do Mendelski/ e O Povo

Remédio: menos amostra grátis e sem famosos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na edição de sexta-feira do Diário Oficial da União a norma que cria um grupo de trabalho para regulamentar o uso de amostras grátis de medicamentos. As atividades começam em 15 dias, e os resultados iniciais serão exibidos após um mês.

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Resolução da Anvisa de dezembro de 2008 limita a distribuição de amostras grátis e proíbe imperativos como tome, use ou experimente.
A resolução amplia a abrangência das regras sobre propagandas para medicamentos manipulados, amostras grátis, campanhas sociais e eventos científicos. O último texto regulava apenas os requisitos gerais da propaganda, os medicamentos isentos de prescrição, os medicamentos sob prescrição média e a visita de propagandistas.

Em dezembro, Temporão afirmou em entrevista coletiva que a cada 42 minutos há uma pessoa intoxicada pelo consumo de medicamento no Brasil.

Celebridades – Pelas novas regras, as propagandas de medicamentos isentos de prescrição médica não poderão mais exibir a imagem ou voz de pessoas famosas recomendando o medicamento ou sugerindo que fazem uso dele. Pessoas famosas poderão participar de peças publicitárias, desde que não orientem o uso do medicamento.

A resolução também proíbe o merchandising de produtos em filmes, espetáculos teatrais e novelas.

Anvisa

Governo vai regulamentar domésticos

O governo vai apresentar um projeto de lei no segundo semestre para regulamentar a situação de 6 milhões de empregadas domésticas no País que trabalham sem carteira assinada.

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O debate em torno de um projeto já vem ocorrendo desde 2006. Segundo o Ministério do Trabalho, existem cerca de 7 milhões de empregadas domésticas no Brasil hoje. Dessas, apenas um milhão estão em situação regularizada.

No final do ano passado, o governo se debruçava sobre a criação de um projeto que tornaria obrigatório o recolhimento de 8% como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sobre o salário de empregados domésticos.

A ideia era criar mecanismos para incentivar famílias a registrar empregadas, pagando contribuições sociais e outros benefícios. Já a resistência ao projeto alerta que a pressão por uma formalização do trabalho doméstico poderia ter um impacto inverso, já que um maior custo poderia significar um maior número de demissões.

Pesquisa revela que o fortalecimento da classe média está gerando uma explosão no número de empregadas domésticas. Os dados da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas apontam que a classe quase duplicou em menos de dez anos. Segundo a Federação, o número de empregadas domésticas hoje no País chegaria a 9,1 milhões, ante 5 milhões em 2001. Desse total, 80% é formado por negros e 94% são mulheres. A classe afirma ser 10% da mão de obra trabalhadora do País.

(AE)

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