A Copa Africana de Nações foi atingida. O ônibus da seleção de Togo foi alvejado. Segundo o jornal digital de Angola, o incidente teria ocorrido numa emboscada da FLEC (Frente de Liberação para o Enclave de Cabinda)( foto), no enclave de Cabinda, na fronteira do Congo com Angola, e três jogadores foram feridos, sendo transportados para o hospital militar da cidade.
De acordo com entrevista do defensor Richmond Forson, que atua no Thouars, da França, ao diário francês 20 Minutes, o incidente foi grave: “Houve uma emboscada, a 300 metros da saída da alfândega em Angola. Durou uma meia hora. Os soldados que nos escoltavam conseguiram afastar os terroristas e nos escoltar até o hospital.”
Falando sobre os ferimentos, Forson disse: “Nosso goleiro foi atingido nas pernas. Serge Akakpo, que joga na Romênia [Vaslui], foi atingido no rim e perdeu muito sangue. Seu estado é grave. E nosso assessor de imprensa foi ferido no braço. Eu o enfaixei no ônibus.” De acordo com o ministro togolês dos Esportes, o motorista do ônibus, um angolano, morreu no incidente.
De acordo com o diário francês L’Equipe, além de Akakpo, também foi alvejado o goleiro Kodjovi Obilale, do Pontivy. Além do motorista angolano, morto, foram atingidos um auxiliar da comissão técnica, e um médico, além do assessor de imprensa mencionado por Forson.
Em declarações a Rádio França Internacional, outro jogador, o atacante Thomas Dossevi, do Nantes, também falou sobre o incidente: “Ainda estamos no hospital. Estou bem, mas vários jogadores estão em mau estado. Atiraram como se fôssemos cachorros, e tivemos de permanecer escondidos sob nossas cadeiras por cerca de 20 minutos, para evitar as balas.”
Em comunicado distribuído à imprensa, a FLEC confirmou a autoria dos atentados, frisando que o governo angolano “pretende desmentir a ação”, mas que já deslocou helicópteros para fazerem a transferência dos jogadores da cidade de Massabi, também fronteiriça, até Cabinda, tentando evitar que outras seleções sejam vítimas de novos ataques. A organização ainda alegou: “A situação de guerra é uma realidade em Cabinda, e qualquer estrangeiro poderá ser uma vítima.”
Um representante do Manchester City afirmou que o clube ainda tentava entrar em contato com o atacante Emmanuel Adebayor. De acordo com o perfil de Chris Bevan, jornalista da BBC, no Twitter, o clube falou com o marfinense Kolo Touré, que disse ter recebido uma mensagem da namorada do atacante, comunicando que nada de mais grave havia acontecido com ele.
A seleção togolesa tinha sua estreia na Copa Africana de Nações marcada para a próxima segunda-feira, em Cabinda, contra Gana. Sobre eventual suspensão do jogo, Richmond Forson disse: “Não depende de nós, mas seria melhor. Se for para continuar, tudo bem, não temos problema. Se alguns quiserem continuar, problema deles. Mas, para nós, não será fácil.”
Trivela.com
Comentários
Eu sou angolano .este atentado foi uma surpresa para todos nós esperamos que o povo togoles possa perdoar-nos.mas é certo que depois tem de se fazer um ajuste cá no país de modos a garantir a instabilidade que temos vivido desde agerra que asolou o país
Eu sou Angolano nós lamentamos o ocorrido e estamos muito solidarios com os jogadoders do togo pedimos as nossas desculpas e seperamos que os togoleses possam perduar-nos.