O vídeo do novo single de Sade já chegou à Internet. «Soldier of Love» é a canção que dá nome ao primeiro disco de estúdio em dez anos da cantora nigeriana.
Realizado por Sophie Muller, o videoclip inclui soldados em coreografias e uma Sade em versão heroína, montada num cavalo branco e girando um laço de cowboy no ar.
O corpo da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, chegou às 3h30 destasexta-feira (15) a Brasília. Ela foi transportada em um caixão metálico e parafusado por falta de opção. Na capital, ela foi transferida para uma urna lacrada e levada para uma funerária em Brasília por volta das 4h.
Zilda Arns foi transportada para Curitiba em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) às 8h (horário de Brasília) e deve chegou a Curitiba por volta das 10h.
BARBARA GANCIA
O ego encolhido de dona Zilda Arns
Se partisse em missão para o Haiti, eu ligaria correndo para passar a informação para a Mônica Bergamo
ESTAVA AO VIVO no programa da amiga Silvia Poppovic, na manhã de quarta-feira, quando o repórter especial Sérgio Gabriel entrou no ar subitamente para informar sobre a morte de dona Zilda Arns.
Tive vontade de tirar o microfone, levantar da cadeira e sair à procura de um copo d’água para ver se desfazia o nó que se formara na minha garganta. Mas, naquele momento, ali, na frente de todo mundo, só consegui tartamudear algumas palavras comparando a perda à morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello no Iraque.
Somos uma sociedade com uma carência por heróis de verdade do tamanho de um buraco negro. E, quis o destino que fôssemos perder dois leões como Sérgio e dona Zilda, quando ambos estavam a léguas de casa, em missões que os meteram em subterrâneos do inferno que nem mesmo os moradores dos morros mais violentos dos subúrbios mais esquecidos de nossas grandes cidades conseguiriam vislumbrar.
Madre Teresa de Calcutá, apesar de sua imensa humanidade, era mulher de não dar um passo sem consultar sua assessoria de marketing. Faz sentido. Fosse ao contrário, santificada ou não, talvez o mundo não tivesse tomado conhecimento da existência de uma corrugada missionária albanesa trabalhando nas favelas de Bangladesh.
Eu mesma, se resolvesse partir em missão humanitária para o Haiti, ligaria correndo para passar a informação para a Mônica Bergamo, à Sonia Racy, às revistas “Caras” e “Cães e Companhia”, sei lá, promoveria um escarcéu para que o mundo inteiro ficasse sabendo o quanto sou bacana e altruísta.
Mas, veja só. Você não tinha notícia, meu dileto leitor, nem eu a menor ideia de que dona Zilda Arns estava em Porto Príncipe, nestes dias de janeiro, fazendo o que sempre fez: levando seu coração, seu conhecimento e seu esforço -aos 75 anos- até os mais necessitados. Silvia Poppovic e eu ainda tentávamos digerir a magnitude da perda da fundadora da Pastoral da Criança, quando o sobrinho de dona Zilda, o senador paranaense Flávio Arns, entrou ao vivo para dizer que havia passado a noite de Natal com a tia, mas que não sabia que ela tinha viajado para o Haiti.
Se eu tivesse um sobrinho como Flávio Arns, cujo senso de oportunidade o faz trocar de partido como quem troca de par de meias, talvez também não lhe revelasse o itinerário de minha agenda. Como se sabe, o senador já passou pelo PSDB, depois foi para o PT e saiu de lá em agosto do ano passado para voltar a ser tucano, alegando não concordar com a maneira como o partido tratou as denúncias contra José Sarney.
Mas isso pouco importa. O que interessa é que a falta de ego de dona Zilda Arns se manifestava de forma, em essência, budista. Ela não existia.
O que importava era sua obra, era o outro. Nada mais ecumênico para uma católica, não é mesmo? E é da compaixão dela que eu quero lembrar neste momento, em que nossos rapazes das Forças Armadas estão mostrando o seu valor e morrendo longe de casa.
O cônsul-geral do Haiti em São Paulo, George Samuel Antoine, afirmou que a tragédia no país caribenho está tendo bons resultados para ele e atribuiu a culpa do terremoto de terça-feira (12) à religião.
“está sendo boa” para que os haitianos fiquem mais conhecidos no Brasil. O diplomata não sabia que estava sendo filmado. As imagens apareceram em reportagem do telejornal SBT Brasil, na noite de quinta-feira (14).
“A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido”, disse o cônsul. Antoine atribuiu o desastre em seu país a maldições: “Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo… O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f…”.
A reportagem afirma que o cônsul tem mais de 100 parentes no Haiti e não obteve notícias deles até aquele momentos.
Depois de criticar as religiões africanas, Antoine aparece, durante a entrevista, segurando um terço. “Esse terço nós usamos porque dá energia positiva, acalma as pessoas. Como estou muito tenso, deprimido com o negócio do Haiti, a gente fica mexendo com vários para se acalmar”, afirmou o cônsul. Na mesa, há outro terço além do que ele está segurando.
Após a gravação da reportagem, o jornalista Carlos Nascimento disse que foi feito outro contato com o cônsul, que afirmou ser uma pessoa preparada para o cargo.
O presidente do Haiti, René Preval, afirmou ontem pela tarde que pelo menos sete mil pessoas já foram enterradas após o terremoto de 7 graus. Na estimativa da Cruz Vermelha, este número pode chegar a 50 mil, e os desabrigados devem somar 3 milhões.
O ministro da Defesa, Nelsom Jobim, que retornou do país, disse que 17 brasileiros foram mortos, sendo destes 14 militares, a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, o vice-representante da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa e mais uma pessoa ainda desconhecida.
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RT @GustavRamski: É muita prepotência desses moleques bolsonaristas acharem q conseguiriam encurralar um político experiente como Flávio Di… 7 hours ago