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Origem dos termos “influenza” e “gripe”



O termo “influenza” origina-se da língua italiana, a qual recebeu a palavra do latim medieval “influentia”.

O vocábulo “influenza”, no sentido de doença, teria sido utilizado pela primeira vez por Gagliarde (provavelmente um médico italiano), em 1733, significando “influência”, desastres do céu.

Nessa época prevaleciam as doutrinas que associavam os distúrbios físicos aos fenômenos astrológicos. As pessoas acreditavam que todos os fatos terrestres eram governados pelos céus, ou seja, a enfermidade “influenza” teria surgido pela “influência” das estrelas.

A palavra “gripe” provém do francês “grippe” e equivale ao termo “influenza”. O vocábulo francês “grippe” era empregado no início do século 14 com o sentido de “gancho” ou “garra”. Na primeira metade do século 17, o termo “grippe” era utilizado com o sentido de “capricho, desejo repentino”.

A partir do século 18 “grippe” passou a denominar “o catarro epidêmico”, em uma extensão do sentido de “capricho”, provavelmente pelo fato da doença ser adquirida de modo repentino, como um desejo caprichoso do destino.

Fonte: Blog História da Medicina

Haubrich WS (1997) Medical Meanings: a Glossary of Word Origins. Philadefphia, Pennsylvania, American College of Physicians.


Gripe Suína : tire suas dúvidas

Segundo especialistas da OMS não existe vacina contra a doença, mas pacientes podem ser tratados com antivirais se socorridos a tempo.

Doença respiratória contagiosa

O que é a gripe suína?

A gripe do porco, também conhecida por influenza suína, é uma doença respiratória altamente contagiosa causada pelo vírus influenza tipo A. Esse tipo de vírus geralmente afeta só os porcos, mas algumas vezes ele sofre mutações (quando o porco está infectado com mais de um tipo de vírus, por exemplo), fica mais potente e ataca os seres humanos.

Quais são as implicações para a saúde humana?

Os sintoma clínicos são similares a uma gripe comum. Há desde casos de infecções assintomáticas a outros que resultam em forte pneumonias, causando até a morte.

Como as pessoas são infectadas?

O vírus é geralmente transmitido a pessoas que estiveram em contato com porcos infectados. A transmissão entre humanos também pode acontecer através de contato direto.

É seguro comer alimentos provenientes do porco?

A influenza suína não sobrevive a temperaturas acima de 70°C, portanto as receitas que são levadas ao fogo acima desta temperatura são seguras.

Há riscos de pandemia?

Se o vírus consegue estabelecer uma transmissão entre humanos eficiente, os riscos existem, sim. O impacto de uma pandemia depende da potência do vírus, da imunidade existente nas pessoas e dos anticorpos adquiridos por uma gripe comum.

Existe alguma vacina para humanos que previna a gripe suína?

Não existe nenhuma vacina que proteja os humanos da influenza tipo A, e ainda não se sabe se a vacina aplicada para prevenir a gripe tem algum poder de proteção contra o vírus, já que a influenza sofre constantes mutações.

Quais são os remédios disponíveis para tratamento?

Remédios antivirais para a influenza sazonal geralmente previnem e tratam a doença, mas alguns tipos de influenza desenvolvem resistência a esses tipos de medicações, tornando os resultados de cura limitados. Em casos de gripe suína, o remédio aplicado deve ser baseado através de avaliação clínica e epidemiológica.

FONTE: Organização Mundial da Sáude, OMS.

Outras fonte:

Sobre a gripe Suína ( Infuenza )  saiba onde se informar:

Site do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo:

Para leigos:

http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/resp/influsuina09_pergresp.htm

Para profissionais da área de Saúde:

http://www.cve.saude.sp.gov.br/

Site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Para Jornalistas:

http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/300409.htm

Saúde: 15 milhões de idosos serão vacinados

A campanha contra a gripe pretende vacinar 15 milhões de idosos no Brasil. A partir de sábado até o dia 8 de maio, mais de 65 mil postos de saúde vão imunizar as pessoas acima dos 60 anos de idade.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou, na quarta-feira a campanha “Deixe a Gripe na Saudade”. A estimativa da Organização Mundial de Saúde aponta que, em duas décadas, o Brasil deverá ser o sexto maior país em número de idosos.

A vacina previne doenças originárias da gripe como a pneumonia, a sinusite e a otite, diminuindo o risco de complicações. Segundo o Ministério da Saúde, a internação de um paciente idoso custa, em média, R$ 2 mil enquanto que a vacina tem gasto de R$ 4.

Só não pode tomar a vacina contra a gripe quem tem alergia a ovo. Os efeitos colaterais, como febre e tontura, são mínimos. O diretor do Hospital Emílio Ribas, David Uip, ressalta que a vacina contra a gripe deve ser tomada por todos, principalmente, pelos idosos.

A campanha está na 11ª edição e a meta é vacinar 80% da população idosa, o que representa 15,5 milhões de pessoas. Estudos nacionais e internacionais mostram que a vacinação reduz em mais de 50% as doenças relacionadas à gripe nos maiores de 60 anos.
A vacina contra influenza, mais conhecida como vacina da gripe, é composta por três tipos de vírus, inativados, fracionados e atualizados anualmente. Por isso, é necessário aplicar a vacina todos os anos. Estudos demonstram que a vacina é eficaz em reduzir as complicações da gripe, principalmente as internações hospitalares por pneumonia, além de diminuir complicações que podem levar à morte.

Pesquisas demonstram que a vacina protege de 30% a 60% dos idosos contra a doença, reduzindo em torno de 30% a 70% as internações por pneumonias e outras complicações causadas pelo vírus da influenza e em 80% a mortalidade por pneumonias. É importante lembrar que são necessários 15 dias após a vacinação para ficar protegido.

Esclarecimentos
1. Resfriado e gripe não são a mesma doença. Ele pode ser causado por diversos vírus (rinovírus, adenovírus, etc.) e tem como sintomas, coriza e febre baixa. Gripe é causada especificamente pelo vírus da influenza e é uma doença que além de provocar dor de garganta, obstrução nasal, tosse, pode causar febre alta, dores musculares e mal estar geral.
2. A vacina não pode provocar gripe. Muitas pessoas, ao serem acometidas por um resfriado logo após terem sido vacinados contra a gripe, acham que a vacina não funciona. A vacina nunca poderá provocar gripe, tendo em vista que o vírus utilizado na composição da vacina é inativado, ou seja, vírus morto.
3. O tempo necessário para se ter proteção com a vacina é de 15 dias após a vacinação para ficar protegido. Aqueles idosos que ficam gripados alguns dias após terem sido vacinados, poderiam estar incubando a doença antes de receber a dose da vacina.

JP

Cientistas recomendam armazenar remédios para gripe

Cientistas do Reino Unido recomendam aos países estocar vários tipos de medicamentos antivirais para combater uma possível epidemia do vírus da gripe, em vez de armazenar um único remédio.

Em artigo publicado hoje pela revista científica britânica Nature, os pesquisadores do National Institute for Medical Research asseguram que, devido à alta taxa de mutação do vírus da gripe, é preciso contar com diversos remédios para tratar a doença.

As reservas de antivirais são uma “importante arma contra a ameaça de uma pandemia de gripe”, principalmente se o vírus da gripe aviária, o H5N1, conseguir se propagar entre humanos.

Os antivirais mais utilizados atuam contra a proteína neuramidase, que ajuda na proliferação de novos vírus e na infecção de células saudáveis.

A partir de amostras obtidas de pacientes infectados com o vírus H5N1, os pesquisadores do National Institute for Medical Research estudaram a estrutura e propriedades das distintas mutações dessa proteína.

A equipe descobriu que as mutações do vírus tinham resistência ao oseltamivir – conhecido como Tamiflu -, o remédio antiviral mais utilizado, mas que eram afetadas pelo zanamivir.

Através destes resultados, os cientistas aconselham que o tratamento inclua a combinação de medicamentos.