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Ex-governadora Yeda Crusius é a nova comentarista da Rede Pampa

A ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius fez sua estreia como comentarista na Rede Pampa nesta terça-feira, 10. O primeiro programa de que Yeda participou, abordando Política e Economia, foi o Pampa Boa Noite, exibido às 18h, com apresentação do vice-presidente da empresa, Paulo Sérgio Pinto. Em entrevista ao Coletiva.net, Paulo Sérgio também confirmou a participação da economista no Pampa News, às quintas-feiras, a partir das 18h45, que tem como âncora Magda Beatriz.

Yeda ainda estará diariamente na rádio Pampa AM, na atração Pampa na Tarde, transmitido das 17h as 19h, por Gustavo Victorino. A ex-governadora terá, ainda, uma coluna quinzenal no Jornal O Sul. Em seu perfil particular no Facebook, ela disse estar feliz com as novidades: “Retornando, depois do (ano) sabático, do Carnaval e da Páscoa, à atividade – ou a uma delas – que me traz alegria e compartilhamento, que é a comunicação. Participando de programas de rádio e TV que são de debates, e escrevendo para os jornais do Estado”.

ColetivaNet

O Globo condenado a indenizar neto de Yeda Crusius

O neto da ex-governadora Yeda Crusius, João Guilherme Crusius D´Ávila, vai ser indenizado pela Infoglobo Comunicações S.A., empresa que edita o jornal O Globo e o Globo Online. A decisão da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul foi divulgada nesta quinta-feira, 31. O menor receberá o valor de R$ 20 mil como reparação moral. Conforme publicado no site Espaço Vital, o caso é um desdobramento em segundo grau de uma das oito ações judiciais decorrentes de uma manifestação feita, em 2009, em frente à casa de Yeda.

Foram dois fatos centrais do protesto do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – Sindicato dos Trabalhadores em Educação (CPERS/Sindicato). O primeiro dá conta das crianças teriam sido impedidas, por cerca de uma hora, de deixar a residência para se dirigirem à escola.

O segundo diz que seria constrangedora a publicação de fotos de um ou de ambos os meninos ao lado da avó (Yeda) e da mãe (Tarsila), detrás das grades de proteção do prédio, com eles aparentemente “presos”. Durante o protesto, a governadora mostrou um cartaz aos manifestantes com os dizeres: “Vocês não são professores. Torturam crianças. Abram alas que minhas crianças têm aula”.

Na ação contra a Infoglobo, o menor João Guilherme, representado por sua mãe Tarsila Rorato Crusius, contestou o fato de ele ter aparecido nos veículos da empresa. O advogado Fábio Medina Osório ressaltou que “a indenização pleiteada tem cunho repressivo-preventivo”. O valor a ser indenizado é retroativo à época dos fatos “porque o dano emerge da publicação vexatória sem autorização dos responsáveis”, segundo o voto do relator, desembargador Ney Wiedemann Neto.

ColetivaNet

RS investe metade do previsto em 2009

O governo gaúcho não conseguirá cumprir a meta de investimentos planejada para 2009.

Foram destinados R$ 600 milhões para esta finalidade entre janeiro e outubro, o equivalente a 4% da receita corrente líquida, segundo a Secretaria do Planejamento, enquanto o Orçamento de 2009 previa aplicar 6,9%, somando R$ 1,256 bilhão em recursos próprios.

Ao apresentar um resumo dos resultados do ano, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), disse hoje que o investimento foi afetado pelo desempenho da receita abaixo do esperado e entraves burocráticos que prejudicaram o andamento de projetos. Segundo a Secretaria da Fazenda, a arrecadação do Estado caiu 0,2% em termos nominais de janeiro a outubro, ante 2008, e 2,6% se descontada a inflação deste período.

Yeda também culpou a redução de transferências da União pela receita abaixo do esperado. A governadora citou uma queda de 20% nos repasses, sem detalhar o resultado. Entre os aspectos burocráticos que atrapalharam investimentos, ela fez referência à falta de licenças que retardaram projetos de saneamento. Nos aspectos positivos de 2009, a governadora citou o pagamento do 13º salário do funcionalismo com recursos próprios, em vez de recorrer a empréstimos, como em anos anteriores, e prometeu que o Estado irá atacar “outros déficits” além do orçamentário, uma de suas principais bandeiras.

Para a governadora, a crise política prejudicou a divulgação de seus atos. Ela atribuiu às “interferências destas questões políticas” a dificuldade de informar “toda a sequência do que a gente estava conseguindo realizar”.

Yeda foi alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento na fraude do Detran-RS, da qual foi excluída, em outubro, por decisão do Tribunal Regional Federal, que julgou inapropriado este tipo de processo contra agente político. Um processo de impeachment contra a governadora começou a tramitar na Assembleia Legislativa, onde Yeda conta com expressiva maioria de aliados. O processo foi encerrado ainda na fase de admissibilidade.

Se confirmar a disposição de concorrer à reeleição, a governadora terá como adversários, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB). Tarso foi escolhido pelo PT como pré-candidato em julho e o PMDB anunciou o nome de Fogaça na semana passada. PT e PMDB disputam, para a eleição estadual, o apoio de siglas como PDT e PTB, que são aliadas de Fogaça na prefeitura da capital.

RS: Yeda culpa Tarso por crise política

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), associou a crise política do governo a supostas ações do ministro da Justiça, Tarso Genro, candidato virtual do PT para 2010.

Dizendo-se vítima de um massacre quase diário desde que tomou posse, a tucana reiterou que há uma “tentativa de golpe” no estado e afirmou que a disputa eleitoral do ano que vem foi antecipada pelos adversários políticos.

Sem citar o nome de Tarso, Yeda deu a entender que vê a mão do ministro por trás do vazamento das denúncias que tem sofrido. Há alguns meses, Yeda demonstra descontentamento com as informações que são passadas para a imprensa sobre o processo contra os 33 réus da fraude de R$ 44 milhões no Detran, descoberta pela Polícia Federal em novembro de 2007.

Outras informações foram divulgadas sobre os 13 inquéritos decorrentes da Operação Solidária, que investiga em segredo de Justiça superfaturamento e beneficiamento de empresas em licitações de merenda escolar e de obras públicas.

CH

RS: agora sobrou para o vice-governador

A tucana Yeda Crusius governa o Rio Grande do Sul há 127 semanas, mas nenhuma delas foi tão dura para ela quanto a passada, depois que VEJA revelou a existência de gravações que apontam que sua campanha eleitoral foi abastecida por recursos provenientes de caixa dois.

Os procuradores eleitorais reabriram as prestações de contas de Yeda e avisaram que requererão uma investigação da Polícia Federal sobre as denúncias de financiamento ilegal.

Querem ainda que seu superior, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, analise se Yeda tinha dinheiro suficiente para comprar uma casa em um bairro nobre da capital gaúcha em 2006, num caso que já havia sido arquivado.

Um outro caso ainda mais intrigante transpira da correspondência eletrônica do vice-governador, Paulo Feijó, do DEM, que participou da arrecadação da campanha de Yeda. Depois da eleição, Feijó brigou com a titular e passou a denunciar operações de caixa dois da governadora. Chegou a elaborar um dossiê com os e-mails que trocou com empresários e tucanos durante a eleição. Desse material, sobressaem as negociações para uma doação da Simpala, uma concessionária da GM que não está relacionada os entre doadores oficiais de Yeda.

Nos e-mails reunidos por Feijó, quem fala em nome da Simpala é o gerente de relações institucionais da GM, Marco Kraemer. Procurado por VEJA, Kraemer confirmou que a correspondência é sua, mas negou seu conteúdo. “Os e-mails são meus, mas jamais intermediei doações”, diz.

Não é o que se vê na sequência da correspondência. Em 8 de setembro de 2006, Kraemer escreveu: “Está confirmado… Favor procurar (…) o diretor da Simpala. (…) Farei o possível para estar presente.” No mesmo dia, Feijó enviou a Rubens Bordini, então tesoureiro da campanha de Yeda e hoje vice-presidente do Banrisul, a seguinte mensagem: “recebi R$ 25 000 em cash da simpala (sic)”. Bordini respondeu: “Que sorte que o pacote não estava bem feito e tiveste que reforçá-lo. Agradeço os brindes que são de muito bom gosto e úteis”.

O vice-governador esclarece que os brindes aos quais o tesoureiro se refere são agendas e garrafinhas da academia de ginástica que pertence a Feijó, a Body One. Ele diz que entregou o dinheiro a Bordini dentro de uma mochila da mesma academia. O ex-tesoureiro diz que o PSDB o proíbe de esclarecer assuntos relativos à campanha.

Pelo que se vê nas ruas de Porto Alegre, é melhor que o partido reveja essa orientação, diz a Veja.

Veja0nline

Governadores: Aécio lidera Yeda lanterna

Líder nas pesquisas para a sucessão presidencial, o tucano José Serra aparece em quinto lugar em um ranking de governadores, na Pesquisa Data Folha. Aécio Neves, de Minas Gerais, é o melhor avaliado na pesquisa.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), manteve-se na liderança do ranking de avaliação dos governadores elaborada pelo instituto Datafolha. Em uma escala de zero a dez, Aécio ficou com nota 7,6. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), com quem Aécio disputa o direito de concorrer à Presidência em 2010, obteve nota média de 6,6 na pesquisa.

O levantamento foi realizado entre os dias 16 e 19 de março. O Datafolha ouviu 10.664 eleitores nos nove Estados e DF. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, em São Paulo, três pontos nos demais Estados e quatro pontos no Distrito Federal.

Serra caiu da terceira para a quinta colocação em comparação ao ranking elaborado em novembro de 2007, quando obteve nota 6,5. O índice de aprovação do governador, no entanto, aumentou de 49% para 54%.

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), alcançou a mesma nota de Serra no ranking deste ano – 6,6. Requião, no entanto, ganha no índice de popularidade, adotado como critério de desempate. O índice de popularidade, criado pelo Datafolha, é calculado subtraindo-se a avaliação negativa (ruim e péssimo) da positiva (ótimo e bom). O resultado é somado a 100.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) saltou de quarto para o segundo lugar. A nota de Campos em 2007 era de 6,4 e passou para 7,0 neste ano. Também houve aumento na taxa de aprovação do governador, que subiu de 40% para 56%.

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), passou da nona colocação em 2007 para o sexto lugar de hoje – a taxa de aprovação de seu governo passou de 38% para 59%. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), permaneceu em sétimo lugar, mas obteve crescimento da taxa de aprovação de seu governo: de 30% para 44%.

Em oitavo lugar, aparece o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique Silveira (PMDB) e, em nono, Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, é a mais mal avaliada, com nota 4,3 e índice de popularidade de 49%.

Yeda Crusius solteira não comenta separação

O casamento da governadora Yeda Crusius e do economista e professor Carlos Augusto Crusius chegou ao fim.

Foram mais de 38 anos de união.

No dia 22 de janeiro, os dois tiveram um confronto público numa reunião do primeiro escalão na qual foi discutida uma nova marca para o governo. Seguiu-se a dissolução do Conselho de Comunicação do governo, presidido por Crusius, e seu afastamento da administração.

O casal já morava em casas separadas – ela na residência da Vila Jardim, ele no apartamento de Petrópolis que compartilhavam até pouco depois da eleição -, mas nunca admitiram a separação.

De Canela, onde passa o Carnaval, Yeda mandou dizer pela assessoria que “isso é assunto da vida privada” e que trata apenas das questões de governo.

Nas últimas semanas, multiplicaram-se os indícios de que a parceria se rompeu. Integrantes do governo e amigos passaram a admitir em público o fim do casamento.  Os dois participavam juntos de compromissos sociais. No dia 19 de dezembro, dançaram em frente à Praça da Matriz (foto) ao som da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).

A identidade do governo foi estopim da ruptura pública Depois do incidente na reunião de janeiro, em que Crusius contestou o trabalho do GAD Design – encomendado a sua revelia -, as relações do primeiro-casal mudaram para pior.  O consultor  Luciano Deos propôs o adjetivo “diferente” como pilar da nova marca do governo. Crusius pediu a palavra e, de forma enérgica, disse que os ex-governadores Olívio e  Rigotto também podiam ser considerados diferentes. A atitude surpreendeu secretários, que defenderam a proposta. Crusius reagiu, mas Yeda o interrompeu: – Não, não e não. O que é isso? Não tem réplica nem tréplica. O assunto está encerrado. Se não há consenso, vamos discutir melhor fora daqui.

Em consequência, Yeda extinguiu o conselho, e Crusius perdeu o cargo.

Na condição de presidente do Conselho de Comunicação, Crusius ficava no lugar reservado às autoridades e era anunciado pelo cerimonial junto com os secretários. Nas últimas posses, tem participado discretamente, como qualquer convidado.

Na última, a de Berfran Rosado na Secretaria do Meio Ambiente, no dia 17, sentou-se na área reservada aos jornalistas. Estava abalado com a morte do ex-assessor Marcelo Cavalcante. Horas depois, encaminhou a companheiros do PSDB uma carta na qual culpava a oposição pela morte de Cavalcante.

No Piratini, a carta – embora de caráter pessoal – foi considerada um equívoco, à medida que politizava um episódio que o governo optara por tratar com discrição. A governadora teria ficado irritada com o conteúdo da mensagem.

Crusius teve papel fundamental na campanha de 2006, na montagem do governo e no primeiro ano da administração. Era considerado um dos ideólogos do governo.

RS: Governadora exonera o marido

Ao extinguir o Conselho Estadual de Comunicação Social, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), exonerou o próprio marido, Carlos Crusius.

O conselho havia sido criado por decreto no início do governo. Dois de seus integrantes, Paulo Fona e Isara Marques, já haviam sido exonerados. Na sexta-feira, o Diário Oficial trouxe decreto que o extinguiu definitivamente.

Na quinta-feira, o marido da governadora, que é economista, demonstrou irritação, numa reunião do primeiro escalão, por não ter conhecimento de estudo feito por uma empresa de consultoria contratada para reforçar a imagem e as marcas do governo.

A governadora interrompeu sua reclamação e deu seguimento à reunião. O incidente foi revelado pelo jornal Correio do Povo. A atuação de Carlos Crusius no conselho não era remunerada.

RS: Yeda vai retirar projeto dos pedágios

A governadora Yeda Crusius resolveu retirar o projeto que prorrogava os contratos de concessões rodoviárias que seria votado na próxima terça-feira pela Assembléia gaúcha. Yeda acolheu a posição majoritária dos membros do seu Conselho Político. A carta do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, manifestando discordância em relação ao projeto (o governo federal é dono de 1/3 das estradas dos pólos pedagiados do RS), foi a pá de cal.

O governo acha que em fevereiro, na reabertura dos trabalhos legislativos, os próprios usuários das estradas pedagiadas e até mesmo a oposição e o governo federal clamarão pela reapresentação do projeto.
Na prática, isso significa que o projeto dos pedágios volta à estaca zero. A governadora agora vai conversar com o presidente Lula e exigir do governo federal a execução de obras nas rodovias federais.

As razões ?

1) O valor atual dos valores médios dos pedágios para carros é de R$ 5,40, mas pelo contrato entre o governo e as concessionárias, fechado de acordo com o Termo de Ajustamento 1, assinado pelo então governo Olívio Dutra (no caso não houve anuência do governo federal, coisa que é exigida agora pelo governo Lula), em janeiro será aplicado aumento de 9%, com o que o valor irá para R$ 6,00.

– Ora, caso o projeto do Duplica RS fosse aprovado na próxima terça-feira, incidiria um desconto de 20% sobre os preços atuais de R$ 5,40, o que quer dizer que em janeiro o valor seria de R$ 4,80 e não dos R$ 6,00 que inevitavelmente emplacarão.

2) O pedágio de Caxias do Sul não sairá do lugar, o que aconteceria com a aprovação do Duplica RS. Isto quer dizer que por mais cinco anos os moradores de Caxias continuarão pagando  pedágio.

3) O governo estadual terá que pagar alguma coisa como R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões às concessionárias, em dinheiro vivo, relativos à condenação imposta pela Justiça ao governo Olívio Dutra, por ter violado os contratos com as concessionárias (Olívio aceitou, assinou e marcou data para pagar, mas não pagou – e alguém, em algum tempo, terá que pagar, porque as concessionárias concordaram com adiamentos por acreditar na composição via prorrogação). Yeda, agora, poderá responsabilizar o governo Lula pelo problemão que pegou como herança.

4) Os atuais contratos valerão por mais 5 anos e durante todo esse período aqueles R$ 1,3 milhão de melhorias (acostamentos, duplicações de pistas e novos serviços) não serão feitos. As rodovias pedagiadas terão apenas as manutenções já previstas nos contratos.

Como se sabe que a parte mais sensível do corpo humano é o bolso, a partir de janeiro os usuários de rodovias pedagiadas vão cobrar dos deputados da oposição e do governo federal do PT, por que razão sobrará menos dinheiro nos seus bolsos e faltarão melhorias nas estradas.

Blog Polibio Braga

A mansão do conselheiro que derruba delegado


O afastamento do delegado Luiz Fernando Tubino das funções que desempenhava na Polícia Civil no RS ainda vai dar muito o que falar. A governadora Yeda Crusius (PSDB) já havia pedido a cabeça do delegado desde a época do CPI do Detran. Na CPI, Tubino acusou Yeda de ter utilizado dinheiro de sobras de campanha para comprar uma casa nova, em dezembro de 2006. O nome do delegado voltou à tona agora com a matéria publicada pelo site Vide Versus ( leia aqui toda a matéria), intitulada “O milionário conselheiro João Osório, do Tribunal de Contas”, que traz uma série de fotos da mansão comprada pelo referido conselheiro no litoral gaúcho.

Tubino e o editor do site, Vitor Vieira, foram juntos a Capão da Canoa “para levantar os dados sobre a parte milionária do patrimônio do conselheiro João Osório”. Entre esses estão várias fotos do imóvel do conselheiro, ex-deputado estadual e ex-sargento da Brigada Militar. Até a manhã desta quarta, Tubino ainda não havia se manifestado sobre o afastamento. Seu histórico indica que o silêncio não será sua resposta.

(…)

A propriedade está registrada no nome da mulher do conselheiro, Elizabete Faccin Martins. No dia 14 de junho de 2005, pouco mais de um mês depois de o conselheiro João Osório assumir sua cadeira no Tribunal de Contas gaúcho, essa propriedade foi registrada no Registro de Imóveis de Capão da Canoa (RS): “Imóvel: um TERRENO URBANO, situado na PRAIA MARISTELA, em transformação para PRAIA MARINA, no município de Xangri-Lá – RS, constituído dos lotes 09, 10, 22 e 23 da quadra C, que pelo cadastro municipal passou a ser lote 23 (vinte e três), da quadra 05 (cinco), setor 379 (trezentos e setenta e nove), com a área superficial de 1.200,00 metros quadrados….”. Como se vê, a mansão está assentada em um enorme terreno de 1.200 metros quadrados.

É uma mansão realmente impressionante. A sala térrea é realmente enorme, em um ambiente ao qual fica integrada a cozinha e a ampla sala de refeições. A mansão tem sete suítes. Todos os quartos têm banheiro individualizado. A suíte máster, ocupada pelo conselheiro João Osório, tem uma sauna no banheiro. A piscina tem teto retrátil, toda coberta com telha de policarbonato. Ao lado da piscina existem as instalações onde mora o casal zelador da mansão. Trata-se de uma ampla sala de refeição, com churrasqueira e bar.

Há uma outra sala reservada, um banheiro e um quarto. Nesses aposentos moram os caseiros Solange Noskoski e Gabriel Noskoski. Conforme o conselheiro João Osório a carteira assinada de caseira é de Solange Noskoski. Seu marido, Gabriel Noskoski, é investigador da Polícia Civil gaúcha, e trabalha na Delegacia de Capão da Canoa.

No dia 13 de novembro, pouco depois do meio dia, foi o investigador Gabriel Noskoski que recebeu e atendeu o jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, no portão da mansão do conselheiro João Osório. Assim que o jornalista se identificou e disse que queria obter algumas informações, o investigador Gabriel Noskoski disse que não podia dar informações e que era investigador de polícia, fazendo ressaltar a pistola calibre 40 que carregava na cintura. Em seguida, com a aproximação do delegado Tubino, que havia permanecido na caminhonete Saveiro, o investigador Gabriel Noskoski o identificou, já que Tubino foi chefe de Polícia do Rio Grande do Sul no governo Olívio Dutra, e mudou de tom. Disse que só poderia dar informações depois de falar com o conselheiro João Osório. Foi o que fez, ligando por celular. O jornalista recebeu a autorização do conselheiro para entrar em sua casa. Toda a visita  foi ciceroneada pela caseira Solange Noskoski. Ela ainda chamou a sua atenção para que fosse ver a sauna instalada no banheiro da suíte máster. Solange Noskoski parecia entender que estava mostrando a mansão para algum interessado na sua compra.

Ocorre que o conselheiro João Osório efetivamente colocou à venda a mansão nas imobiliárias de Xangri-lá. Em uma delas pode olhar as fotos da mansão (fotos aqui publicadas). Nas imobiliárias, a mansão está à venda pelo preço de um milhão e 200 mil reais. Os corretores de imóveis da região dizem, com sua experiência, que a mansão não valeria menos de 3 milhões de reais se estivesse localizada em um dos tantos condomínios fechados existentes no município.

O conselheiro João Osório, magnânimo, ofereceu uma comissão de 6% sobre a venda para o jornalista se este conseguir achar um comprador. Detalhe: a grama do jardim é como se fosse um campo de futebol, os pinos de irrigação surgem debaixo da terra, acionados eletronicamente. Cada bico irriga cerca de um metro quadrado de grama. E a água para a irrigação é puxada de poço artesiano.

O caseiro Gabriel Noskoski, além de seu revolver calibre 40 da Polícia Civil, ainda tem uma estação de rádio montada em seus aposentos na mansão. Ele tem como hobbie restaurar rádios (daqueles com olho mágico) e eletrolas antigos, todos em perfeito funcionamento.

O conselheiro João Osório também tem uma casa novinha, localizada a poucas quadras da mansão, cuja construção foi recém finalizada, ainda sem habite-se, colocada à venda na mesma imobiliária, por cerca de 300 mil reais. Ele também ofereceu comissão de 6% sobre a venda para o jornalista Vitor Vieira.

Nota atualizada:

Segundo o Blog de Rosane Oliveira, o chefe da Polícia Civil, delegado Pedro Rodrigues, assinou nesta terça-feira o afastamento das funções do delegado Luiz Fernando Tubino.
Ex-chefe da corporação, Tubino já respondia a inquérito junto à Corregedoria devido a suspeitas que levantou contra a governadora Yeda Crusius em seu depoimento à CPI do Detran.

Nesta semana, novo inquérito foi aberto em função de denúncias que Tubino fez envolvendo o patrimônio do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado João Osório. Um dos fundamentos contra o delegado é o de que ele estava procedendo investigação — em relação ao patrimônio do conselheiro — sem estar vinculado a nenhum inquérito, portanto, sem competência para investigar.
Na semana passada, a chefia já havia determinado a remoção do delegado do Departamento de Administração Policial para o Departamento de Polícia Metropolitana. Inicialmente, ele seria lotado em um plantão. Mas, como existe um decreto prevendo que ex-chefes de polícia têm direito a vaga no Conselho Superior de Polícia, era lá que ele seria lotado. Porém, nesta terça-feira, o chefe determinou o afastamento de Tubino.

As atitudes do delegado, de fazer denúncias contra agentes públicos e pessoas ligadas ao governo,têm desagradado grande parte dos delegados associados à Asdep, que entendem que os ataques que ele faz ao governo estão prejudicando as reivindicações salariais da classe.
(Blog da Rosane Oliveira)

Fotos: Vide Versus
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