Atualizado:
Leia aqui Matéria de Hoje (sexta dia 07/nov) no jornal Zero Hora
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O Jornal Valor Econômico dá destaque, na sua edição desta sexta-feira, a questão da crise na ULBRA. com informações já dadas aqui neste Blog.
Diz a matéria de Sérgio Bueno:
Em meio a uma batalha jurídica sobre sua condição de entidade beneficente – cassada liminarmente pela Justiça Federal -, a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) busca uma ampla reestruturação financeira e administrativa para evitar o colapso. A instituição enfrenta ações de execução fiscal que, segundo a União, chegam a R$ 2 bilhões e tenta renegociar quase R$ 300 milhões em dívidas bancárias. Com 36 anos de atuação, a Ulbra tem 15 campi e 153,2 mil alunos.
Segundo o advogado Reginaldo Bacci, os salários não serão pagos até terça da próxima semana (a primeira parcela do décimo terceiro está sendo paga – mentira – desde 5 de agosto).
Uma das razões é o bloqueio das contas da ULBRA por um mês por ordem da Justiça estadual devido a uma ação de cobrança movida pelo Eximbank americano. Conforme o advogado, a questão envolve um financiamento de US$ 40 milhões para a importação de equipamentos hospitalares (muito necessários para o funcionamento da universidade, diga-se de passagem), mas a instituição já pagou R$ 62 milhões e está em negociação com o banco para acertar o pagamento do saldo. O mesmo acontece com uma dívida de R$ 270 milhões com bancos nacionais e estrangeiros.
O advogado também fará um levantamento de outros ativos ligados à Celsp e que incluem desde um plano de saúde, empreendimentos imobiliários e uma fábrica de soro fisiológico. Os que puderem ser saneados serão mantidos, mas alguns poderão ser vendidos.
A Ulbra está devendo R$ 2,3 bilhões de passivos fiscais e dívidas bancárias (R$ 300 milhões) e não consegue pagar, inclusive porque suas contas estão bloqueadas em alguns bancos por ordem da Justiça Federal. A atual crise global tornou-lhe a situação insustentável.
Esta semana, a Ulbra recebeu do Ministério da Justiça o certificado de utildiade pública, referente ao período 2001/2007. A decisão saiu por casualidade poucos dias depois da eleição na qual seu pupilo, o jornalista Jairo Jorge, saiu vitorioso para a prefeitura de Canoas, sede da Ulbra e da qual era um dos vice-reitores até se candidatar. O benefício permitirá que a universidade consiga imunidade tributária, livrando-se, também, da cobrança de R$ 2 bilhões que lhe faz na Justiça a Receita Federal. A Ulbra perdeu há pouco tempo outra certificação, a de entidade filantrópica, que também a tornava imune a tributos. Aliás, a perda da certificação produziu ruídos que prosseguem até agora.
O prefeito eleito de Canoas, Jairo Jorge, ex-colaborador do ministro da Justiça, foi até há pouco vice-reitor da Ulbra, cargo para o qual foi catapultado tão logo Tarso Genro saiu do ministério da Educação para Justiça.
Leia aqui a matéria na íntegra (Valor Econômico)
Valor/Sérgio Bueno
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