
A partir desta segunda-feira (8), os brasileiros podem fazer suas escolhas com relação a instituições de ensino superior a partir de um indicador que aponta a qualidade: o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC). Lançado pelo Ministério da Educação (MEC), o índice sintetiza, em notas de 1 a 5, a qualidade de todos os cursos, distribuídos em todos os campi e municípios em que atua. A avaliação foi feita em 78,8% das instituições do país.
Duas universidades públicas federais gaúchas estão entre as dez melhores do Brasil: a Universidde Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre está em segundo lugar e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) em quinto lugar. A melhor universidade do Brasil, é a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Das dez primeiras colocadas, nove são federais, sendo quatro do estado de Minas Gerais. A Pontifícia Universidade Católica do Rio é a única instituição particular que está entre as dez, segundo o índice. O ranking, considerado o primeiro oficial pelo MEC, separou as universidades, os centros universitários e as faculdades e institutos para evitar dados irreais e uma situação equivocada.
São levados em consideração conceitos para a graduação, como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e as chamadas “variáveis de insumo”, que consideram corpo docente (mensurando, por exemplo, o número de professores com doutorado), a infra-estrutura e o programa pedagógico. Além desses dados, também entra na média estabelecida pelo índice o conceito fixado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a pós-graduação.
O resultado final, em valores contínuos, vão de 0 a 500. A Escola Brasileira de Economia e Finanças (Ebef), instituição particular localizada no Rio de Janeiro, recebeu a maior nota: 483. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi a melhor classificada com nota 439. Na distribuição por faixas, ambas ficaram com 5 – a faixa 1 é atribuída às instituições que tiveram notas de 0-94; a 2, de 95-194; a 3, de 195-294; a 4, de 295-394 e a 5, de 395-500.
Agora, os dados servirão de base para o recadastramento das instituições, que deve ocorrer nos próximos 12 meses. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, se os especialistas constatarem que os problemas encontrados em instituições mal-avaliadas não têm solução, muitas delas podem ser descredenciadas.
Entre as universidades federais, a única a receber conceito 2 foi a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), que ficou com 176 pontos. O ministro Haddad atribuiu o problema ao pouco tempo em que a universidade foi emancipada – era um campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – e que, neste caso, o índice constatou a necessidade de mais investimentos.
Agência Brasil
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