A Record decidiu reduzir a pregação diurna da Igreja Universal do Reino de Deus em cinco afiliadas. Em algumas cidades, a pregação de 30 minutos foi cortada. Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Belém e Fortaleza eram as únicas cidades que exibiam o programa evangélico no período da manhã e tarde.
Desde segunda-feira (21/2), a Record reduziu pela metade a pregação, que era de 15 minutos. Em algumas afiliadas, o programa de 30 minutos, da parte da manhã, foi cortado. A pregação fazia a audiência do canal despencar. Em Fortaleza, por exemplo, a queda chegou a dez pontos no horário. No entanto, segundo a emissora, o corte foi motivado pelo término do horário de verão.
Apesar de deixar as tardes, a pregação continua nas madrugadas em toda a rede, entre uma e cinco da manhã.
Edu Lobo e Marília Medalha cantam Ponteio na final do festival de 1967 (foto de Wilson Santos/Jornal do Brasil)
Caetano é chamado de “Veloso” e Arnaldo Batista tem que dizer seu sobrenome a Randal Juliano e ainda apresentar os outros dois Mutantes (“aquele é o Sérgio, e ela é a Rita). Todos fumam desbragadamente, Cidinha discorre sobre a moda de dar nomes de legumes a cores (e diz que seu vestido é rosa-shocking e chuchu), e Reali Jr corta um dobrado para entender a definição de “pop” dada por “Veloso”.
Naquela noite de 21 de outubro de 1967, cinco jovens compositores brasileiros aguardavam, nervos à flor da pele, o anúncio de quem seria o vencedor do 3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Seus nomes: Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil e Edu Lobo. Nos bastidores, os organizadores não estavam menos ansiosos. Aquele festival mostrara-se diferente das edições anteriores. Quatro das cinco finalistas tinham chance de vencer, tornando a disputa acirradíssima.
O público tornara-se co-protagonista do evento, mostrando disposição para apoiar sua canção preferida com fervor e a demonstrar desagrado com vaias ensurdecedoras, capazes de inviabilizar uma apresentação. (A vítima mais conhecida desse público, digamos, participativo, é o compositor Sérgio Ricardo. Na semifinal, exasperado com as vaias, ele acabou por quebrar seu violão e atirar os destroços sobre a plateia).
Era uma festa protagonizada por garotos de pouco mais de 20 anos. Era também uma batalha, que se desenrolava simultaneamente no palco e nos bastidores. No palco, a disputa era entre Alegria, Alegria; Roda Viva; Domingo no Parque; Ponteio e a obscura Maria, Samba e Carnaval, a única a não entrar para a história da MPB. Mas era também entre o violão e a guitarra elétrica, entre a MPB “tradicional” e a novidade da nascente Tropicália. Nos bastidores, a batalha era para que tudo desse certo. “Tudo”, no caso, era levar a bom termo um grande evento transmitido ao vivo pela televisão, o que era um imenso desafio naquele longínquo final dos anos 1960. E também incluía administrar crises de pânico, buscar artista que estava bebendo no botequim em cima da hora de sua apresentação, garantir que nenhum artista se apresentasse vestido de forma inconveniente. “Eu estava lá morrendo de medo que acontecesse alguma coisa”, diz Solano Ribeiro, organizador do festival.
Foto Wilson Santos/Jornal do Brasil
Caetano e Alegria Alegria na final do festival de 67
Essa batalha festiva (ou festa-batalha) é a rica matéria-prima do documentário Uma Noite em 67, de Ricardo Calil e Renato Terra, que estreia hoje nos cinemas.
O filme mescla imagens garimpadas no acervo da TV Record e entrevistas atuais e reveladoras com alguns dos protagonistas daquela noite, tanto no palco quanto nos bastidores. Há cenas antológicas, como a da tragicômica passeata contra a guitarra elétrica que tomou a avenida Brigadeiro Luís Antônio em junho de 67.
A marcha liderada por Elis Regina, Edu Lobo, Geraldo Vandré (foto), os músicos do MPB-4 e outros representantes da MPB “tradicional” aparecia como um ato destinado a resistir contra a “invasão americana”, como se não houvesse mais nada contra o que protestar em plena ditadura militar. E é muito engraçado lembrar que um dos participantes era Gilberto Gil, que poucos meses depois defenderia seu Domingo no Parque acompanhado pelos estreantes Os Mutantes, em arranjo cheio de acordes elétricos.
Em outros momentos, a graça está nas entrevistas realizadas por Cidinha Campos, Reali Jr e Randal Juliano durante os intervalos.
As imagens de época são, é claro, o grande apelo do filme. As cenas de palco são bem conhecidas, mas, junto com muitas de bastidores, inéditas ou pelo menos pouco divulgadas, formam um panorama espetacular do que foi aquela noite, e do que era aquele tempo. O maior mérito do filme, no entanto, está nas entrevistas atuais. Paulo Machado de Carvalho Jr, filho do fundador da Record e diretor dos festivais da casa, conta que foi buscar Gilberto Gil no hotel porque soube que ele desistira de cantar na final. “Eu ajudei Nana (Caymmi, então namorada de Gil) a dar banho nele e vesti-lo.” Gil admite simplesmente: “Eu estava em pânico, e até hoje me espanto que ninguém tenha percebido naquela noite que era um fantasma o que estava ali no palco”.
Chico Buarque e Edu Lobo, dois senhores de quase 70 anos, não disfarçam que até hoje se incomodam por terem sido considerados “velhos” pelos “revolucionários” pré-tropicalistas que se revelaram naquela noite. “Eles (os pré-tropicalistas) estavam lá todos fantasiados e eu de smoking. Aí fiquei com aquela cara… de smoking”, diz Chico.
De todas as entrevistas, no entanto, duas dão especialmente bem a dimensão do que passava pela cabeça de quem estava lá, naquele teatro, naquela noite. A de Paulo Machado de Carvalho, em que ele compara a concepção do festival à dos programas de luta livre. “Tinha que ter o mocinho, o bandido, a heroína etc”. E a do produtor Solano Ribeiro, que resume assim a noite que mudou a história da MPB: “O festival nada mais era do que um programa de televisão.
Só depois é que aquilo ganhou importância histórica, política, sociológica, musical, transcendental”. E é exatamente esse o maior mérito do filme. Ele proporciona um mergulho naquela noite, sem didatismos e sem teses. Os diretores fizeram essa escolha seguindo o conselho de João Moreira Salles, um dos produtores do documentário: “O filme tem que ser uma experiência.” Conseguiram.
A MTV enviou uma notificação à TV Record para que a emissora retire dois quadros do programa Legendários do ar. De acordo com a MTV, os conteúdos seriam cópias dos “Descarga Boys” e “Micover”, produzidos pela emissora.
Um dos quadros, ainda sem nome no Legendários, mostra Marcos Mion e Mionzinho dublando clipes. No segundo, chamado de “Micón”, Mion imita e caricatura os intérpretes das imagens.
Na notificação, enviada por e-mail, a MTV inclui links dos programas originais e exige que os dois quadros seja retirados imediatamente do ar. Caso a Record não acate o pedido, a MTV tomará as medidas judiciais.
A MTV informou que ainda não recebeu nenhuma posição da emissora. Procurada pela reportagem, a Record disse que a notificação ainda está sendo avaliada pelo departamento jurídico da empresa.
A Record deve lançar em breve um programa esportivo semanal para concorrer com o “Esporte Espetacular”.
O programa entrará no ar aos domingos pela manhã e reunirá reportagens de vários esportes, principalmente as modalidades olímpicas e as que aparecem nos Jogos de Inverno.
A idéia é preparar o telespectador para os dois eventos exclusivos da emissora, além de explorar os resultados das competições nacionais, incluindo o futebol.
O nome do programa é guardado a sete chaves, será uma provocação à Globo e deve remeter o público à adrenalida do esporte.
A Record lança até o fim do ano seu projeto de “novas mídias”.
Começa por uma revista semana popular, por enquanto com o título “Hoje em Dia“, voltada à “vida de celebridades e que destacará em capas e especiais os artistas da Record”.
Depois, “outra revista repercutirá assuntos nacionais valorizados pela Record”. Argumenta um executivo:
_ A ordem é acelerar o processo de implantação dos projetos, porque as mídias impressas ajudam na divulgação e na sustentação da audiência da rede. Como as revistas não colocam a Record na capa, o jeito é lançar a nossa.
A Record também lança no segundo semestre seu portal, chamado internamente de R1, clone do G1, da Globo.
A Globo está processando o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt por quebra de contrato, segundo a coluna Ooops!. Oscar ganhava R$ 5.000 mensais da emissora do Rio e dobrava o valor quando havia evento esportivo. A Record ofereceu a Oscar R$ 100 mil mensais –1.900% de aumento– até o fim de 2014.
No início do mês, a Record apresentou o ex-jogador como seu embaixador para o projeto olímpico.
A Record comprou os direitos para transmitir com exclusividade para a TV aberta a Olimpíada de 2012 e os Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015.
Dado Dolabella vai deixar a novela “Chamas da Vida” nos próximos capítulos.
Está decidida a morte do personagem Antônio. Segundo Hiran Silveira, diretor de Teledramaturgia da Record, os problemas disciplinares do artista se limitam aos atrasos nas gravações, nada além disso, e não estão diretamente ligados ao seu afastamento.
Foi uma decisão tomada, de acordo com Hiran, pela autora Cristianne Fridman. Paralelamente a este fato, corre uma negociação para que Dado possa vir a integrar o elenco do reality “Fazenda”.
Mas uma coisa nada tem a ver com a outra. As gravações da novela se encerram bem antes do programa começar.
Depois de 200 anos de história, homenageando Machado de Assis, e de A Lei e o Crime, a Tv Record deverá dar sequência aos seus investimentos em especiais e minisséries para 2009. A novidade deste ano ficará por conta de um especial que retratará a vida de Jânio Quadros, um dos presidentes mais populistas e polêmicos que o Brasil já teve.
A autoria ficará de responsabilidade de Paulo Figueiredo, que atualmente pode ser visto na reprise de Prova de Amor. Nelson Valente, que também já escreveu sobre o grande político em oportunidades anteriores, também colaborará com o projeto, que deverá ter 12 capítulos.
Fragmentos de história assim como todo o material estão em fase de coleta, o que faz com que a Record não esteja apta para divulgar uma possível data de estreia.
Jânio Quadros foi o último presidente eleito antes do Regime Militar. Responsável por uma carreira meteórica, partindo de suplente de vereador em 1947 para o cargo mais alto do país em 1960, Jânio também teve uma queda rápida. Seu governo durou apenas 7 meses, com a famosa carta de renúncia em que justificava que estaria deixando a presidência devido às “forças ocultas”, ou “forças terriveis”, como Jânio corrigia.
Anos depois, Jânio tentou voltar a política e comandou a cidade de São Paulo pela segunda vez até o final dos anos 80. Faleceu em 1992.
Um dos grandes marcos de Jânio Quadros estava em seu carisma. Conseguiu chegar a presidência da República mesmo sem ter padrinhos políticos, dono de jornal ou grande empresário, o que era comum na época.
Ainda sobre Janio, o jornalista Augusto Nunes – diretor editorial e colunista do Jornal do Brasil – ntrega em agosto, à editora Planeta, um romance histórico sobre Jânio Quadros.
Debruçado desde 2002 sobre a vida pessoal e política do ex-presidente, Augusto vem fazendo minuciosa pesquisa com a ajuda de três profissionais, entre eles sua filha, Bianca, também jornalista.
O livro promete. Além dos fatos históricos e de algumas liberdades ficcionais – como escrever sobre o que teria se passado na cabeça de Quadros nos momentos que precederam a sua renúncia, os embates mentais e morais que deve ter travado aquele homem esquisito – Nunes reuniu farta documentação iconográfica.
A obra será lançada no final do ano.
PS: Leiam abaixo a carta, enviada a este blog pelo “Janiólogo” Nelson valente
Britto Jr. ( foto) vai deixar o “Hoje em Dia” para apresentar um reality show “Fazenda das Celebridades” que a Record estreia em junho.
Segundo a coluna Zapping, da Folha Online, o jornalista parece estar seguindo os passos do colega da Rede Globo, Pedro Bial, que deixou a apresentação do “Fantástico” para comandar o “BBB” em 2002.
Celso Zucatelli deverá ser o substituto de Britto na atração diária. Ele tem se saído bem quando fica como âncora do matutino. Redação Adnews
O jornalista Roberto Cabrini vai passar, de repórter especial, para apresentador de programa na Record. Ele vai comandar o Repórter Record que, antes de ser retirado do ar, era apresentado por Celso Freitas.
O programa passará a ter as reportagens especiais do jornalista e deve estrear em março.