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Desenvolvedor é demitido por terceirizar seu trabalho inteiro para a China

man-resting-in-the-arm-chair-happiness-pixmac-picture-65203135[1]Muitas vezes, quem é realmente preguiçoso é muito criativo. Como este desenvolvedor, que foi pego terceirizando seu trabalho todo para a China, a fim de passar seu tempo no trabalho… sem trabalhar.

A história aparece em um estudo de caso da operadora americana Verizon. Um funcionário chamado “Bob”, que trabalhava em uma “empresa crítica de infraestrutura” nos EUA, era o culpado.

Bob é descrito como um desenvolvedor de software nos seus 40 e poucos anos, versado em C, C++, Perl, Java, PHP, Python e outras. Ele já trabalhava na empresa havia um bom tempo.

Seu truque só foi descoberto quando alguém notou a atividade suspeita em logs no VPN da empresa. A Verizon explica:

Nós recebemos um pedido de uma empresa americana pedindo nossa ajuda para entender certa atividade anômala que eles viram em seus logs de VPN. Basicamente, os logs mostravam [Bob] logado na China, mas o funcionário estava bem ali, sentado em sua mesa, olhando para o monitor.

Todo o trabalho de Bob estava sendo realizado na China. E o pior: aparentemente ele recebia avaliações de desempenho ótimas – era um dos melhores desenvolvedores da empresa.

Parece que ele já aplicou o mesmo golpe em várias empresas, ganhando “várias centenas de milhares de dólares por ano” – e ele pagava menos de 20% disso para os chineses.

Investigações posteriores revelaram um dia de trabalho típico para Bob:

9h – Chegar e navegar no Reddit por algumas horas. Assistir a vídeos de gatos

11h30 – Almoço

13h – Hora do eBay

14h – Navegar pelo Facebook e LinkedIn

16h30 – Relatório de fim do dia por e-mail para a gerência

17h – Ir para casa

Parece que agora ele vai passar bem mais tempo no LinkedIn. [Verizon via The Inquirer]

Foto por Viorel Sima / Shutterstock

Via GIZMODO

Pesquisa revela Geração Y como a mais difícil de atrair e reter

Jovens talentos buscam desafios, além da remuneração e estabilidade

Os profissionais da geração Y, nascidos a partir de 1979, são os mais desafiadores para atração e retenção, aponta pesquisa realizada pela Robert Half, líder em recrutamento especializado, com 2.179 CFOs de 15 países e grandes centros como Brasil, Alemanha Reino Unido, Hong Kong, França e Dubai. A pesquisa da Robert Half mostra que 48% dos executivos acham a geração y a mais difícil de atrair para uma vaga; e 55% pensam que essa faixa etária é a mais complicada de reter.

A faixa etária que reúne formados até profissionais com pouco mais de 30 anos exige mais da empresa, segundo Fábio Saad, gerente sênior da Robert Half. “Eles almejam além de estabilidade e um salário no fim do mês. Por isso, acaba sendo especialmente difícil de atrair e reter”, explica.

Enquanto a geração “baby boomers”, que engloba profissionais nascidos entre 1946 e 1964, ficou marcada por pessoas totalmente fiéis à empresa permanecendo muitas vezes toda a carreira com um só empregado, a geração X, formada por pessoas que nasceram entre de 1947 a 1978, buscou a diversificação, mas com uma dedicação extrema ao trabalho para atingir o sucesso profissional. De acordo com Fábio Saad, a geração Y desafia esses dois modelos. “Além da recompensa financeira há a busca por um propósito ‘maior’ para a atividade profissional”, justifica.

A principal dificuldade de retenção da geração Y é por conta das expectativa em relação ao plano de carreira, segundo seis em cada dez CFOs entrevistados. O segundo ponto é a expectativa de remuneração (54%) e qualidade de vida (36%).

Segundo o especialista da Robert Half, a geração Y busca uma nova maneira de encarar a vida profissional. “Esses profissionais são os filhos da geração X e netos dos baby boomers: viram os pais e avós serem demitidos após décadas trabalhando na mesma empresa ou então se transformarem em ‘workaholics’ para vencer na carreira”, explica.

Para Saad, a geração mais nova prefere mostrar o trabalho em resultado produzido e não em horas trabalhadas. “Esse modelo em que competência é entrar às 7 horas e sair à meia-noite está sendo desafiado”, reforça o executivo. “Ao mesmo tempo em que a geração Y quer subir rapidamente, ela também se preocupa com a vida pessoal.”

Fonte:

Leonardo Stavale – leonardo.stavale@perspectivabrasil.com.br

www.perspectivabrasil.com.br

Ministério do Trabalho vai pedir digitais para pagar seguro-desemprego

 

Em resposta a fraudes, o Ministério do Trabalho vai passar a exigir as digitais dos beneficiários para pagar o seguro-desemprego.

O sistema biométrico deve entrar em vigor em até dois anos.

A iniciativa pretende evitar crimes como o cometido por quadrilha desarticulada nesta quinta-feira (8) suspeita de causar prejuízo de R$ 30 milhões com fraudes no seguro-desemprego, o maior golpe na história do benefício.

“Se o sistema biométrico já existisse, essa fraude com certeza não teria acontecido, pois cada um dos fraudadores se fazia passar por 20 pessoas”, afirmou Rodolfo Torelly, secretário de Políticas Públicas de Emprego substituto, em coletiva.

Segundo a Polícia Federal, o grupo formado há cinco anos em São Paulo usava documentos falsos para declarar a contratação e demissão de funcionários para pedir o benefício. A investigação concluiu que as empresas envolvidas no esquema e os requerentes do seguro-desemprego também eram falsos.

O inquérito policial teve início em outubro do ano passado após a comunicação do Ministério do Trabalho sobre as suspeitas de fraudes. Foram identificadas até o momento 287 companhias envolvidas no esquema.

O MTE estima que a fraude possa superar R$ 30 milhões. Outros R$ 7 milhões deixaram de ser pagos nos últimos meses da investigação devido ao compartilhamento de informações entre técnicos do MTE e da PF para aperfeiçoar os sistemas de controle.

Na operação, foram apreendidos documentos pessoais falsos, documentos de empresas, carimbos, computadores e quatro veículos usados pelos suspeitos. Quatro pessoas foram presas em Uberlândia.

UOL

SAÚDE: 19 tipos de câncer podem estar relacionados ao trabalho, diz Inca

Casos mais comuns são leucemia, câncer de pulmão, no nariz, de pele, na bexiga, na pleura e na laringe

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) identificou 19 tipos de câncer que podem estar relacionados ao trabalho. Além dos vilões já conhecidos como amianto, radiação solar e agrotóxicos, o estudo inclui 112 substâncias cancerígenas identificadas no ambiente profissional, como poeiras de cereal e de madeira. O estudo mostra também que os casos mais comuns da doença são leucemia, câncer de pulmão, no nariz, de pele, na bexiga, na pleura e na laringe.

Cabeleireiros e funcionários de salões de beleza estão entre as ocupações com alto risco de desenvolvimento de câncer, devido ao contato direto com tinturas, formol e outras químicas. De acordo com a coordenadora do estudo, Ubirani Otero, o documento serve como alerta para a população, sobretudo, os trabalhadores e para as autoridades, que devem reavaliar as políticas públicas hoje existentes. Ela explicou que a relação “câncer e trabalho” no Brasil está subdimensionada, o que prejudica o plano de ação de enfrentamento. “É importante que o médico pergunte sobre o tipo de ocupação do paciente com câncer e que as pessoas prestem mais atenção a que tipo de substâncias estão expostos no seu dia a dia e que informem aos seus médicos sobre isso”, ponderou.

De acordo com o estudo, cerca de 46% dos casos de câncer relacionados ao trabalho não são notificados por falta de mais informação a respeito. Dos 113,8 mil benefícios de auxílio-doença nessa situação, dados pela Previdência Social, apenas 0,66% estavam registrados como tendo relação ocupacional.

Em países com mais pesquisas sobre o tema e políticas públicas voltadas para a doença relacionada ao trabalho, como Espanha e Itália, casos de câncer ocupacional variam entre 4% e 6% do total e na maioria das estimativas dos países industrializados esse tipo de tumor corresponde a uma média de 5% das ocorrências.

Ainda segundo a pesquisadora, a crescente inserção de mulheres em certos setores do mercado, antes exclusivos dos homens, apontam para a necessidade de novas políticas voltadas para a saúde feminina. “Hoje há muitas mulheres trabalhando em postos de gasolina, com maior exposição ao benzeno; na construção civil, trabalhando com telhas de amianto, cimento; como mecânicas, ou seja, em várias novas situações de risco”.

Para o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, a publicação é inédita e mostra o tamanho do desafio para os trabalhadores, gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério do Trabalho e da Previdência no diagnóstico, prevenção, assistência e vigilância nessa área. “Esse documento permite que organizemos integradamente (governos e órgãos de saúde) os conjuntos de ações para combater o câncer relacionado ao ambiente de trabalho. Hoje, as medidas são muito pontuais. Além de nos dar suporte técnico, mostra uma dívida (do Estado) com a sociedade, que deve ser prontamente sanada”.

Guilherme Netto lembrou ainda que após o boom industrial da década de 70, somente agora casos de câncer, antes incomuns, estão aparecendo e que é fundamental diagnosticá-los, notificar e prevenir para que novas ocorrências não surjam.

Ainda segundo ele, os sindicatos têm um papel vital principalmente no processo de prevenção. “Ninguém do mercado vai apresentar uma lista dos problemas que um empregado pode ter em função de determinado trabalho. O papel do sindicato, por exemplo, é muito importante nesse sentido para alertar os trabalhadores sobre essas substâncias”, completou Netto.

Emprego: recrutamento pela internet e até pelo celular

Luís Testa, diretor do Vagas.com, um dos maiores do país em desenvolvimento de software para recrutamento de seleção, acredita que as redes sociais são a nova fronteira do segmento.

Ele explica que, por meio delas, as empresas conseguem interagir com os candidatos, melhorando a seleção e descobrindo talentos.

Qual a principal mudança no setor de recursos humanos nos últimos anos?

A internet mudou muito a maneira de selecionar candidatos e também de oferecer vagas. Hoje é possível fazer as principais etapas de um recrutamento pela internet.

É possível também hierarquizar características dos candidatos pelos programas que são desenvolvidos. Com isso é feita uma seleção criteriosa, onde só candidatos que apresentem os requisitos básicos para aquela vaga sejam escolhidos.

O melhor é que toda essa hierarquização e seleção demoram apenas alguns segundos. Se isso fosse feito por pessoas demoraria alguns dias.

Além da internet, algumas empresas estão convocando candidatos pelo celular. Como isso funciona?

Esse é um sistema muito utilizado por grandes empresas de varejo e de alimentação. O McDonald’s, por exemplo, costuma utilizar mensagens de texto via celular para avisar possíveis candidatos de novas vagas.

As mensagens são encaminhadas apenas para pessoas que já tenham feito algum cadastro com interesse em vaga na companhia.

Além disso, em algumas situações é possível encaminhar mensagens apenas para candidatos que morem perto da vaga oferecida. Assim como nos sites, é possível filtrar informações para obter um perfil mais adequado do candidato.

Existe uma nova ferramenta que está sendo utilizada pelas empresas para selecionar candidatos e até para descobrir novos talentos?

Sim. As redes sociais são o novo alvo. Toda grande empresa e até pequenas e médias estão montando perfis nas redes sociais.

Além de divulgar vagas, elas também interagem com os participantes, oferecendo conteúdo e trocando informações. Isso possibilita que a empresa conheça melhor seus candidatos e até descubra futuros talentos.

Amanda Vidigal Amorim/Brasil Econômico

Acusada de sexo oral no trabalho ganha indenização

A 4ª câmara do TRT da 15ª região decidiu manter sentença da vara do Trabalho de Campo Limpo Paulista/SP, que condenou uma empresa de confecções, da cidade de Capão Bonito, a pagar indenização por dano moral no valor de R$ 4,5 mil a uma ex-empregada.

Após ser acusada, por uma das encarregadas do setor de produção em que trabalhava, de ter praticado sexo oral num colega de trabalho – o ato teria ocorrido na empresa, durante o expediente –, a reclamante foi vítima de tratamento humilhante, que incluiu xingamentos com conotação sexual, por parte da encarregada. O fato gerou nervosismo na autora e acabou levando-a ao hospital e, depois, a uma delegacia, para fazer um boletim de ocorrência.

A trabalhadora havia alegado que, além da encarregada, o próprio gerente da empresa havia proferido ofensas contra ela. Em sua defesa, a reclamada negou ter ocorrido qualquer ato humilhante contra a reclamante e sustentou que os depoimentos das testemunhas foram contraditórios, além de salientar que o gerente não tinha contato direto com os empregados da produção.

Depois de analisar os depoimentos das testemunhas, que corroboraram as alegações da autora, confirmando o tratamento vexatório praticado pela encarregada dos empregados da produção, o relator do acórdão no Tribunal, desembargador José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, decidiu negar provimento ao recurso da empresa, concluindo pelo acerto da sentença de primeiro grau. No entendimento do magistrado, embora não haja prova que confirme ter havido xingamento também por parte do gerente, isso “não altera a prova produzida a respeito do palavreado chulo utilizado pela encarregada“.

Salário menor para mulher dará multa

A Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público aprovou, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 6393/09, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS). A medida estabelece multa para empregadores que pagarem salários menores às mulheres do que aos homens, que exerçam a mesma função. A quantia será de cinco vezes o valor da diferença salarial verificada durante todo o período de contratação.

A relatora, deputada Gorete Pereira (PR-CE), apresentou parecer pela aprovação da proposta. Para ela, o projeto ajuda a concretizar a igualdade constitucional entre homens e mulheres. A Constituição proíbe diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. “A discriminação ao trabalho da mulher ainda permanece, sob a forma de uma diferença injustificável de remuneração em relação aos homens”, afirmou.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43) já proíbe que o sexo, a idade, a cor ou a situação familiar sejam considerados pela empresa como variável determinante para fins de remuneração e de oportunidades de ascensão profissional. Em caso de infração, entretanto, o texto estabelece multa de cem a mil cruzeiros, moeda já extinta.

O projeto, de caráter conclusivo, será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Ministério Público deve abrir mais 10 mil vagas

Projeto de lei enviado ao Congresso pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) cria 10.479 novos cargos no Ministério Público Federal, Distrito Federal e Territórios, Militar e do Trabalho, com aumento de custo previsto de R$ 762,8 milhões a mais na folha de pagamentos, por ano.

A proposta já está na Câmara. Dos novos cargos a serem criados, 6.804 vão ser preenchidos por concurso público e 3.675 são para funções gratificadas – isso significa que 35% dos contratados serão empregados por livre escolha, a critério subjetivo do procurador.

Com isso, o Ministério Público da União passará a contar com 18.863 integrantes, mais que o dobro do que já tem hoje – 8.384. De acordo com dados da Secretaria de Orçamento Federal e do Ministério do Planejamento, enquanto no Legislativo, Judiciário e Executivo a folha de salários e encargos sociais triplicou de 2000 para cá, para o Ministério Público ela quadruplicou.

Naquele ano, o Tesouro pagava R$ 648,3 milhões de salário e encargos sociais para o Ministério Público; em 2009 serão R$ 2,68 bilhões só para os que já estão em atividade. Somada a parte dos novos servidores do órgão, quando o Congresso aprovar a proposta das novas vagas, a folha vai pular para R$ 3,41 bilhões.

Em escala menor que no Ministério Público, o número de servidores aumentou em todos os Poderes da União nos últimos dez anos. No Legislativo pulou de 19.458 para 24.608; no Judiciário, de 80.932 para 93.621. No Executivo deu um grande salto depois de 2003, quando assumiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: passou de 864.408, em 2000, para 1.019.425, neste ano, entre civis e militares. Só civis são 538.797.

No Brasil, de acordo com o estudo, para cada 1 mil habitantes correspondem 5,32 servidores públicos, enquanto na Irlanda são 54,86; na França, 38,47; na Hungria, 27,22; na Finlândia, 24,24; na Áustria, 20,84; na Espanha, 19,15; na Coreia, 11,75; e nos Estados Unidos, 9,82.

Mais demitidos terão direito ao seguro-desemprego extra

Clic aqui e leia também: Aumenta-valor-do-seguro-desemprego

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http://pitstopbrasil.files.wordpress.com/2009/01/29_3126-lupi.jpgO ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou  a ampliação das parcelas de seguro-desemprego – de cinco para sete – para 216.500 trabalhadores demitidos sem justa causa em dezembro e janeiro.

O impacto será de R$ 263,7 milhões nas contas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Essas novas autorizações ainda serão aprovadas pelo Codefat, que deverá se reunir nos próximos dias para deliberar sobre o assunto.

Do total de 216.500 desempregados que podem receber o benefício adicional, 73.360 foram dispensados em janeiro. Os outros 143.140 perderam o emprego em dezembro. Em março, o governo já havia anunciado a ampliação do benefício para 103.707 trabalhadores de alguns setores, como o automotivo e a metalurgia.
O ministro Lupi diz acreditar que essa será a última etapa da prorrogação das parcelas do seguro-desemprego:

– Considero essa a etapa final do acréscimo de duas parcelas porque fevereiro já foi positivo (geração de empregos formais) e teremos resultados positivos permanentes até o fim do ano.

Lupi disse ainda que os dados de abril da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE mostram que o desemprego parou de subir e reforçam sua aposta na retomada da geração de emprego.

Justiça: Diarista por 3 dias não tem direitos

Domésticas que trabalham por até três dias por semana na mesma casa, independentemente do tempo em que mantenham essa rotina, não têm direitos trabalhistas, como férias e 13º, segundo a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

A decisão consolida outras sobre o mesmo tema dentro do próprio tribunal –reconhecendo o vínculo empregatício apenas quando há continuidade na prestação dos serviços.

Juízes de instâncias inferiores já decidiram em favor dos direitos trabalhistas para diaristas que trabalham até três vezes por semana. Mas, com a decisão superior, esses processos têm menos chances de ganho, caso os patrões recorram.

No caso do TST, uma dona de casa de Curitiba (PR) teve uma diarista que trabalhava três vezes por semana e, posteriormente, duas vezes. No total, foram 18 anos de trabalho –o que poderia configurar uma relação de frequência, um dos argumentos usados pelos tribunais inferiores para dar ganho de causa à doméstica.

A patroa recorreu ao TST. “O vínculo com o doméstico está condicionado à continuidade na prestação dos serviços, o que não se aplica quando o trabalho é feito alguns dias da semana”, afirmou o relator do recurso, ministro Pedro Paulo Manus.

Além da lei

Para José Venerando da Silveira, advogado do Sindicato das Domésticas de São Paulo, a recente decisão do TST vai além do limite da lei, restringindo o direito ao vínculo empregatício em um caso em que a CLT não restringe.

“Não está escrito em lugar nenhum que o trabalho precisa ser feito por cinco ou seis dias por semana para que o vínculo seja estabelecido. A lei só fala em trabalho “de natureza contínua”. Ora, uma função exercida durante 18 anos não é contínua?”, questiona.

Vários fatores

Para decretar a existência ou não de vínculo empregatício no trabalho doméstico, a Justiça leva em conta uma série de fatores, além do número de dias trabalhados por semana.

Segundo a presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo, Ana Amélia Mascarenhas Camargos, se a diarista vai ao trabalho em dias específicos (segundas, quartas e sextas, por exemplo), isso reforça a ideia de que o trabalho é habitual (e não eventual), o que caracterizaria o vínculo.

Do mesmo modo, se o pagamento é feito uma vez por mês, em vez de diariamente, isso é um indício de que há vínculo, pois pressupõe que há um acerto entre patrão e empregado e que o trabalho não é feito por uma diarista, que pode deixar de ir trabalhar quando quiser.

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