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Mulher: cientista diz ter encontrado ‘ponto G’

Efe

Ginecologista afirma ter encontrado o cobiçado ponto G – zona erógena das mulheres que divide opinião de especialistas – ao dissecar as camadas da parede vaginal do cadáver de uma mulher de 83 anos.


O médico Adam Ostrzenski (foto), da Flórida, nos Estados Unidos, teve seu trabalho sobre o tema publicado no “The Journal of Sexual Medicine”. Um trecho do estudo que foi publicado na internet detalha que o ponto G tem “uma estrutura anatômica diferenciada e se encontra próximo a membrana perineal dorsal, a 16,5 milímetros da parte superior do orifício uretral, formando um ângulo de 35 graus com a borda lateral da uretra.

Entre outros detalhes, o trabalho aponta que o ponto G, denominado assim pelo ginecologista Ernst Gräfenberg, “parece uma bolsa bem delineada no interior da vagina”. A região apresenta paredes que se assemelham a tecidos fibroconectivos e eréteis. Além disso, a parte superior teria visíveis irregularidades de tom azulado.

Sob esse tecido da parte superior, Ostrzenski diz ter achado uma série de “composições em forma de uva”, de 81, milímetros de comprimento, entre 1,5 e 3,6 milímetros de largura e 0,4 milímetros de altura.

O médico do Instituto de Ginecologia de Saint Petersburg, na Flórida, afirma no estudo que a descoberta pode ter “um impacto nos exames e clínicos no campo da função sexual feminina”.

A existência desta região, a qual se atribui a capacidade de aumentar o nível de excitação sexual da mulher e provocar nela orgasmos, é posta em dúvida cientificamente. Já houve relatos, inclusive, da existência de diversos “pontos G”.

Olimpíada: Comitê examina sexualidade duvidosa

Os Jogos Olímpicos em Pequim não causam controvérsia somente pela história chinesa de violações de direitos humanos. Há determinação de estabelecer se certas mulheres atletas são, de fato, mulheres. “As suspeitas serão avaliadas com base nas suas aparências externas por experts’’, precisou o professor Tian Quinjie para a agência chinesa de notícias Xinhua. As “suspeitas” são examinadas por uma equipe formada por endocrinologistas, ginecologistas, geneticistas e psicólogos.

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Segundo Quinjie, nem todas as mulheres, mesmo as com aspecto masculino, serão testadas. Os especialistas só examinarão atletas se vierem à tona “sérias dúvidas” sobre elas. Trocando em miúdos, uma atleta com feitios másculos que se destaque terá fortes chances de ser convocada pelo laboratório. Geralmente, o alarme é soado pelas rivais vencidas, ou por jornalistas.

Quando, nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta, oito atletas foram testadas, incluindo a judoca brasileira Edinanci Silva, a diretora do Comitê Olímpico Internacional (COI), Arne Ljungqvist disse: “Essa prática não é científica nem ética e é discriminatória”. Exames para determinar o sexo de uma atleta discriminam especialmente mulheres com má-formação embrionária.

Em 2006, a hindu Santhi Soundarajan ( na foto) perdeu sua medalha de prata nos Jogos Asiáticos após um teste para identificar seu sexo. O jornal Times of India entrevistou, à época, a ginecologista Sharmila Lal. Disse a doutora Lal: “Não é possível determinar se uma pessoa é homem ou mulher somente olhando para sua genitália. Certas pessoas nascem com órgãos sexuais ambíguos, outras têm uma anatomia que não corresponde aos seus cromossomos sexuais”.

A doutora Lal diz que na maioria das vezes, dois cromossomos X (XX) determinam o sexo da mulher, e um cromossomo X e outro Y (XY) confirmam o sexo do homem. No entanto, há mulheres com um cromossomo Y – e por vezes desconhecem o fato por terem todas as características físicas externas de uma mulher. Em outros casos, mulheres com dois cromossomos X podem ter aspecto masculino.

Carta Capital/Gianni Carta

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