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Ouça: Rádio Senado vaza obituário de José Sarney

Com 81 anos, José Sarney (PMDB-AP) disse fazer um “sacrifício” no ínicio do mês ao assumir pela quarta vez o comando da Casa. Com a saúde debilitada, ele ficou metade do mês de outubro de 2010 internado em hospitais do Maranhão e de São Paulo após sofrer uma arritmia cardíaca. Na Casa, porém, parece haver setores preparados para um eventual falecimento do presidente. A Rádio Senado, inclusive, já tem pronto um obituário para colocar no ar caso o fato venha a acontecer.

Ouça na íntegra clicando aqui Necrológico?

A Secretaria, porém, não soube explicar por que os verbos do material obtido pelo Radar Político estão todos no pretérito. “Além de uma extensa vida política, Sarney se destacou nas artes. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980″, diz um trecho. A justificativa oficial é que pode ter havido “erro verbal”.

O material mistura entrevistas e discursos de Sarney com falas de outras personalidades políticas, como Tancredo Neves, já falecido. A gravação começa com a afirmação de que “o ponto mais alto da carreira de Sarney foi a Presidência da República”, mas antes destaca a trajetória do maranhense até chegar a este posto.

Em trecho de entrevista, Sarney afirma que o regime militar aconteceu por que “todo o país sentia que estava à beira de uma desordem coletiva”. Seu papel no regime ocupa a primeira parte do obituário, com destaque para sua primeira reeleição para o Senado em 1978. O narrador destaca que ele teve “o maior percentual de votos naquela eleição em todo o país”.

O período de Sarney na presidência da República é destacado, principalmente, com a convocação da Assembleia Constituinte. A reportagem lembra também da hiperinflação. “O lado ruim do governo Sarney foi a grave crise econômica que atingiu o pais”, diz o narrador, que lista todos os planos econômicos fracassados daquela época.

A matéria destaca que na primeira vez que presidiu o Senado, entre1995 e 1997, Sarney criou o sistema de comunicação da Casa e menciona que um plano estratégico feito em 2010 decidiu pela ampliação.

A crise do Senado, que explodiu na terceira administração do peemedebista a frente da Casa, também é lembrada na reportagem. A gravação coloca como problemas administrativos o excesso de diretores, o pagamento de horas extras no recesso e os atos secretos. O enfoque, porém, é de destacar “40 medidas” que foram tomadas pela administração Sarney para melhorar a estrutura da Casa e que Sarney foi absolvido pelo Conselho de Ética das acusações feitas contra ele. O tema é encerrado com uma afirmação dele do fim de 2009 dando a crise por encerrada. Não há qualquer menção à reforma administrativa prometida por ele e que até hoje não foi aprovada.

O material fala ainda da defesa de Sarney do Mercosul, de suas atividades literárias e de suas colaborações com veículos de imprensa. Todos os termos são usados no pretérito, apesar de ele ainda executar algumas dessas atividades.

Eduardo Bresciani/Estadão

Artigo: A montagem de uma falácia

Maria Sylvia de Carvalho Franco*

Esta semana o presidente do Senado esgrimiu novos argumentos em defesa de seus interesses

Ed Ferreira/AE

Esta semana o presidente do Senado esgrimiu novos argumentos em defesa de seus interesses

– O discurso de Sarney na data em que se comemora a democracia surpreendeu tanto por exumar uma velha técnica de controle político (os freios à liberdade de expressão) como por sua retórica, tecida em argumentos sofísticos. Sua fala aponta uma polaridade na vida pública atual: o Congresso, legítimo representante do povo, e a imprensa, que pretenderia esse mesmo papel. “É por essa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga do Congresso, uma inimiga das instituições representativas.”

A falácia desse enunciado está na montagem de uma contradição a partir de proposições paralelas: Congresso e imprensa reclamando representar o povo. Imortal que é, Sarney deveria melhor conhecer o vetusto conceito que mobilizou, relevante na cultura antiga e no pensamento moderno.

A contradição envolve componentes irredutíveis e intrinsecamente constitutivos um do outro: por exemplo, a tensão do arco e da corda, forças contrárias e simultâneas, resulta no movimento que dispara a flecha (Heráclito); Creonte impõe leis seculares e Antígona postula deveres ancestrais: ambos desafiam valores antinômicos e ao mesmo tempo legítimos (Hegel); o capitalista inexiste sem o trabalhador… (Marx).

O imaginário da imprensa e a competência do Senado não são ao mesmo tempo antagônicos e imanentes um ao outro, não geram contradição. Sarney passa diretamente da suposta analogia entre imprensa e Congresso para o conflito entre ambos e daí para a contradição, produzindo um raciocínio aparentemente verossímil, mas inverídico. Retórica ardilosa.

Não pela simetria dos fins, mas por seu reverso, Congresso e imprensa podem, isto sim, entrar em oposição. O jornalismo possui a força de representar o povo na medida que revela, por exemplo, a opinião pública escandalizada pela corrupção e conduta indecorosa de parlamentares.

Entretanto, no plano histórico, a imprensa que reclamou para si a representação popular paradoxalmente negou esse projeto. Dizendo-se autônoma face ao Estado, a partidos políticos e a grupos de interesses, essa linha jornalística elegeu, como alvos, objetivos públicos abstratos e verdades formais, empenhando-se em registrar o mundo de modo distanciado, independente da dinâmica sociopolítica nele em curso.

A objetividade assim vista fundaria a imprensa democrática, representativa do povo que não mais se reconhece nos partidos políticos frágeis e poderes estatais desvirtuados. Alegando saberes e instrumentos de pesquisa superiores, essa vocação profissional aspirou chamar a si os olhos e ouvidos de um público cego, surdo, emudecido, entendendo informar e ser porta-voz de cidadãos passivos e privatizados, alheios à vida coletiva.

Para Walter Lippmann, (Public Opinion, l922) figura central no moderno jornalismo americano, não há uma opinião publica informada e os eleitores são incompetentes para dirigir assuntos públicos. O telos dessa tendência favorecida por Sarney, velha de quase um século, supunha uma “democracia sem cidadãos” (Entmann). O jornalismo independente e científico, devotado ao fato e à objetividade, justificou-se em nome do público e ao mesmo tempo reduziu-o a um fantasma (cf. Th. L. Glasser e Ch.T. Salmon, The Press, Public Opinion and Public Discourse).

Não é difícil discernir como o papel da imprensa representante do povo se insere num programa tão autoritário quanto outras pretensões ruinosas de esclarecer e monitorar a consciência das massas. Ademais, em toda pretendida neutralidade entranha-se a adesão aos poderosos (M. Weber). Desse ângulo, compreende-se a assertiva de Sarney, cujos parâmetros foram modulados num horizonte tão prepotente quanto seus próprios discursos e atos. Nessa luz, a epifania da imprensa como representante do povo não se manifesta pela contradição com o Parlamento, como quer Sarney, mas pelo vazio institucional de um preenchido vicariamente pela outra.

Nem tudo, porém, é assim tosco no debate sobre a censura à imprensa, onde ressalta a Areopagítica, escrita por Milton ao ser renovado (1643) o requisito de licença para a circulação de livros, imposta pelo Longo Parlamento. Antes (1641), esse mesmo Parlamento havia abolido a Star Chamber, que agia como censora.

Milton coloca como epígrafe, nesse texto, uma fala de Teseu, nas Suplicantes, de Eurípides, ampliando um pouco o texto grego (cf. 438 sg. ed. G. Murray): “Esta é a verdadeira liberdade, quando a homens livres,/devendo aconselhar o público, é permitido falar livremente./Aquele que pode e deseja, merece eminente louvor;/Àquele que não pode, nem deseja, é permitido ficar em paz:/O que pode ser mais justo num Estado, que isto?”

O contexto mais amplo onde se inscreve esse trecho é uma crítica à tirania, nos termos correntes no século 5º a.C. (exclusão dos melhores, solidão, lisonja, desmesura, lascívia) amplamente retomados desde o Renascimento. Eurípides acentua a distinção entre o domínio de um só e o livre governo pelo povo: importância do discurso e da persuasão em lugar da violência, constituição igualitária da cidade, consulta ao povo não só nas decisões internas, como nas tratações com o inimigo, invocando o respeito aos códigos comuns e às leis pan-helênicas. Esgotados os recursos pacíficos, desencadeia-se a guerra. Na trama de prudência tecida ao longo da peça, esse é um ensejo para o bravo e cauteloso Teseu contrastar a selvageria do combate e as instituições políticas.

À violência belicosa opõe-se à racionalidade civilizada, mas a primeira não é descartada. A guerra enquadra a tragédia de Eurípides e o texto de Milton. Este se colocou a serviço dos princípios republicanos e assistiu à sua derrocada, sempre se opondo ao governo monárquico. No período em que escreveu Areopagítica, já prenunciava a emergência de uma nova tirania em que depositara as promessas de liberdade civil e religiosa. Sua prisão foi decretada, seus livros queimados.

Apesar disso, uma aragem de esperança irradia da Areopagítica. Milton confia no diálogo, recusa a lisonja aos poderosos, acusa energicamente a censura: “Quem mata um homem, mata uma criatura de razão… quem destrói um bom livro mata a própria razão.”

A defesa do livro é perpassada de um veio prazeroso, algo satírico: “Livros são como as carnes e os alimentos, uns são bons, outros de má substância”, tendo Deus deixado ao homem sua escolha. Ao ampliar a dieta do corpo humano, mantendo as regras de temperança, Ele também deixou ao arbítrio do homem o regime de nossas mentes. O poeta recusa uma virtude enclausurada, estranha a seu adversário, o mal, ressaltando os benefícios da “leitura promíscua” de livros, afirmando sua ética mundana.

Compreende-se que Milton, escritor que busca a “humanidade elegante da Grécia”, que não teme o abismo do terror e o sublime da beleza, encontre-se com Eurípides: “O poeta deve gerar com alegria os cantos que dá à luz. Se ele não a experimenta, se ele próprio é infortunado e incapaz de deliciar a outros ele mesmo, não tem esse direito”. (Suplicantes, 180-183).

*Professora titular dos Departamentos de Filosofia da Unicamp e da USP

Estadão 20/09/2009

Onde andará Belchior…

Eugenio Novaes / Divulgação
A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou ontem uma foto de um evento em Brasília em 9 de fevereiro. Olha quem está ao lado de José Sarney. O desaparecido Belchior! O cantor participou da instalação da Coordenação de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB e posou para fotos ao lado do peemedebista e de representantes da entidade.

Collor faz duras críticas a Sarney… há 20 anos.

bombou-collor.jpgNo Twitter, não se fala de outra coisa. Foi lá que tomou forma o movimento “Fora Sarney”, contra a permanência do senador José Sarney na presidência do senado. Demorou um pouco para chegar de fato às ruas, mas parece que os primeiros mobilizados se levantaram da cadeira do computador.

Como bem observou o colega Nelito Fernandes em seu blog, os jornais mostravam a foto de um raivoso Fernando Collor, ex-presidente da República e atualmente senador pelo estado de Alagoas, com o dedo em riste contra o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Simon pedia, mais uma vez, a renúncia de Sarney. Collor, em defesa de Sarney, dizia o seguinte enquanto apontava seu dedo:

“Eu não aceito, com a responsabilidade de ex-presidente da República, que se trate desta forma um homem (Sarney) que governou o Brasil, que cumpriu a transição democrática com grandeza e maestria, e que hoje está sendo vitimado por acusações de toda a natureza. Eu sei o que é isso porque eu por isso passei. Em muito maior escala. Eu sei como tudo isso é forjado, sei como tudo isso nasce, como tudo isso desabrocha. E eu sei a quem interessa que o Senado retire daquela cadeira o presidente que todos nós elegemos e que vai cumprir seu mandato até o último dia que foi eleito”.

No mesmo dia, começou a circular um vídeo no YouTube. Trata-se de um discurso de Collor, supostamente do horário eleitoral de 1989. O tema é… José Sarney.

O que vinte anos de política não fazem…

Rafael Pereira

Justiça veta informações sobre Sarney no Estadão

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Desembargador Dácio Vieira (à esquerda na foto), que determinou censura, é ligado a Sarney e Agaciel


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O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu o jornal o Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o Estado sob censura, foi feito pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O pedido chegou ao desembargador na quinta-feira, no fim do dia. E na manhã desta sexta-feira, 31, a liminar havia sido concedida. A decisão determina que o Estado não publique mais informações sobre a investigação da Polícia Federal.

Em caso de descumprimento, o desembargador Dácio Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil por “cada ato de violação do presente comando judicial”, isto é, para cada reportagem publicada. O pedido inicial de Fernando Sarney era para que fosse aplicada multa de R$ 300 mil.

O advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Afonso Ferreira, vai recorrer da decisão. “Há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público”, observou Manuel Alceu. “O jornal tomará as medidas cabíveis.”

O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, afirmou que a medida não mudará a conduta do jornal. “O Estado não se intimidará, como nunca em sua história se intimidou. Respeita os parâmetros da lei, mas utiliza métodos jornalísticos lícitos e éticos para levar informações de interesse público à sociedade”, disse.

Diálogos íntimos

Os advogados do empresário afirmam que o Grupo Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney.

“Uma enxurrada de diálogos íntimos, travados entre membros da família, veio à tona da forma como a reportagem bem entendeu e quis. A partir daí, em se tratando de família da mais alta notoriedade, nem é preciso muito esforço para entender que os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, ‘leiloando’ a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney”, argumentaram os advogados que assinam a ação – Marcelo Leal de Lima Oliveira, Benedito Cerezzo Pereira Filho e Janaína Castro de Carvalho Kalume, todos do escritório de Eduardo Ferrão.

As gravações revelaram ligações do presidente do Senado com a contratação de parentes por meio de atos secretos. A decisão faz com que o portal Estadão seja obrigado a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação.

Estadão

Sarney promete enxugar 40% do Senado

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),diz estar preparando para e esta quinta-feira de o anuncio de uma série de medidas que têm o objetivo de tornar mais ágeis e transparentes as atividades da Casa.

Uma das medidas a serem anunciadas é a decisão de promover um enxugamento de proporções raramente vistas no serviço público brasileiro. A ideia é cortar 40% de toda a estrutura do Senado Federal, incluindo cargos.

Humor:

Jamildo melo

Repórter agredido por seguranças de Sarney

O repórter Danilo Gentilli, do programa humorístico “CQC”, da Band, foi agredido por seguranças da presidência do Senado quando tentava entrevistar o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

Nessa quarta-feira (1), Gentilli perguntou a Sarney como ele se sentia em “não ser tão poderoso quanto se pensava”, mas ficou sem resposta do peemedebista e parou no chão com um empurrão dos seguranças.

Na saída de Sarney da Casa, após encerrar a sessão em homenagem ao deputado José Pinotti, que morreu na madrugada dessa quarta, Sarney voltou a ser cercado pelo “CQC” e por jornalistas.

O presidente do Senado se recusou a falar e disse que a imprensa o estava impedindo de andar, mas Gentilli insistiu em perguntar se a saída dele da presidência acabaria com a crise e levou um novo empurrão.

No mês passado, repórteres do humorístico enfrentaram problemas com o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que ficou conhecido por ter dito que “se lixa” para a opinião pública. Em uma clara atitude antidemocrática o deputado chegou a pedir ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para limitar o acesso do “CQC” na Câmara.

“Está na Casa um tal de ‘CQC’, um grupo que faz jornalismo barato, com perguntas ofensivas e debochadas, tentando desmoralizar os deputados e a Casa. O bom jornalismo não se faz dessa maneira, mas com perguntas inteligentes e respeitosas. Senhor presidente [Temer], solicito a Vossa Excelência que tome providências, para que a Casa seja respeitada”, disse Moraes.

No programa, Gentilli aborda parlamentares com perguntas corriqueiras, tiradas de reportagens de jornais diários. Na ampla maioria das vezes, senadores e deputados mostram total ignorância de fatos nacionais, desviando das respostas, por vezes grosseiramente.

PT decide pelo afastamento de Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), perdeu apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) para continuar no cargo. A bancada da legenda na Casa decidiu, em uma segunda reunião em menos de 24 horas, reafirmar a posição favorável ao afastamento do peemedebista da presidência da instituição.

O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (na foto com Sarney), contou que essa proposta não foi aceita por Sarney. “Como não houve acolhimento, vamos sentar com o presidente Lula para que o governo participe do esforço de reconstrução do Senado”, disse.

Após a reunião da bancada realizada na tarde desta quarta-feira (1), o senador afirmou que o pedido de afastamento “não é uma exigência política” e que o partido não vai formalizar essa posição.

Mercadante afirmou que Sarney não é o único responsável pela crise e criticou a postura do DEM que, publicamente, pediu o afastamento do peemedebista. O senador do PT lembrou que o DEM vem ocupando por vários anos o cargo de primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado e que, portanto, tem responsabilidade sobre as irregularidades. “Não vamos reconstruir o Senado punindo um senador”, disse Mercadante.

Ele afirmou que existe uma preocupação de seu partido em manter a aliança com o PMDB. “Não há governabilidade sem apoio do PMDB”, disse. “Percebemos o quanto esta aliança é importante e percebemos a influência de Sarney junto ao PMDB.”

Mercadante afirmou que a bancada petista pretende se encontrar nesta quinta-feira (2) com o presidente Lula para discutir a crise no Senado.

Sarney é dono de 15 praias no Maranhão

Raposa: uma das pequenas praias das Fronhas Maranhenses

Ocupando pela terceira vez a presidência do senado, o novo chefe da casa, José Sarney (PMDB-AP), está na mira do presidente do PT do Maranhão, o deputado federal Domingos Dutra.

A briga não é por cargos, mas sim porque o parlamentar colocou a boca no trombone para denunciar que a família Sarney é dona de 38% do município de Raposo.

Os Sarney, segundo Dutra, fecharam o acesso a 15 praias do município. _ A cidade é linda, as praias são maravilhosas, mas o turismo está prejudicado porque os visitantes não podem ir às praias _ denuncia Dutra, que, na última sexta-feira, fez uma indicação ao ministro do Turismo, Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, sugerindo a inclusão de Raposa e da Ilha de Curupu em um plano de desenvolvimento turístico completo.

Por considerar que a área é patrimônio da União, Dutra defende que é legalmente possível e economicamente necessária a construção de um plano turístico de aproveitamento integral dos recursos naturais existentes em ilhas como a Ilha de Curupu.

_ Neste sentido, esta indicação tem objetivo de sensibilizar o poder público e todas as suas esferas federativas, visando a construção de alternativas de desenvolvimento sustentável, a partir do uso racional e sustentável dos recursos naturais existentes no município da Raposa, incluindo principalmente as praias situadas na Ilha de Curupu, em número de 15, em especial as mais próximas da sede municipal sem prejuízo dos direitos patrimoniais do senador José Sarney.

Liana Melo/BlogVerde

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