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Adriana Calcanhotto: O Micróbio do Samba no Porto Alegre em Cena

Adriana Calcanhotto reservou para este ano o show de lançamento de seu mais novo CD, “O Micróbio do Samba” que como o nome indica é totalmente dedicado às diferentes possibilidades sonoras do gênero.
O trabalho apresenta o seu amadurecimento excepcional como compositora e cantora.

Adriana Calcanhotto – O Micróbio do Samba
QUANDO: de 12/09 a 14/09 às 21:00
ONDE: Teatro São Pedro – Porto alegre
INGRESSO: R$ 40,00

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Abaixo trechos da entrevista ao Diário de Natal:

Em que momento você descobriu que suas composições eram sambas?

Durante um período de mais ou menos quatro anos, tudo o que eu produzi foram sambas. Até fiz uma ou outra coisa, como Canção de novela, por exemplo, de encomenda para uma novela, mas, de uma maneira geral, tirando as encomendas e pedidos, só saíram sambas.

Na verdade, o que é preciso  para um disco ser considerado de samba?

Acho que depende do ponto de vista. Os conservadores não pensam assim, mas o samba, pra mim, é invenção, contaminação, permeabilidade.

Suas composições também trazem muito da poesia. Qual o segredo para tornar a palavra poética também melódica?

Não tem segredo, tem trabalho. Uma delícia de trabalho, é verdade, mas é trabalho. Tem que dedicar-se muito, ler muito e ouvir muito; apurar a sensibilidade para a percepção musical e poética de um texto.

Morre o sambista Ratinho, compositor de Vai Vadiar

Morreu neste domingo (10), aos 62 anos, o sambista Alcino Correia Ferreira, o Ratinho, conhecido por composições como “Coração em Desalinho” e “Vai Vadiar”, feitas em parceria com Monarco e sucessos na voz de Zeca Pagodinho.

Ele deu entrada na manhã de ontem no hospital municipal Salgado Filho, no Meier, zona norte do Rio, com quadro de Acidente Vascular Cerebral. Nascido em Portugal, ele morava no Rio desde os quatro anos de idade.

Frequentou desde criança a Caprichosos de Pilares, pois seu pai tinha uma barbearia perto da quadra. Venceu sete vezes a disputa de samba-enredo na escola.

Neste ano ele lançou seu primeiro CD, “O Rato Sai da Toca”, com músicas inéditas interpretadas pelo compositor, parte delas em parceria com Zeca Pagodinho.

Ele está sendo velado na capela Santa Cássia, próxima ao hospital Salgado Filho, e será enterrado às 13h desta segunda-feira, no cemitério de Inhaúma, também na zona norte.

Veja o vídeo de “O dia se zangou”, um dos sucessos de Ratinho, interpretado pelo grupo Casuarina.

Ratinho deixou cerca de 300 composições gravadas e ainda parcerias inéditas com Guilherme de Brito, Wanderley Monteiro, Mijinha, Alcides Malandro Histórico, Argemiro da Portela e Noca da Portela, entre muitos outros.

Morre Nenê da Vila Matilde

Morreu, na madrugada desta segunda-feira, 4, o sambista Alberto Alves da Silva, conhecido como Nenê da Vila Matilde, aos 89 anos, em São Paulo, em consequência de insuficiência respiratória. O velório será realizado hoje, 4, a partir das 13h na quadra da escola na Rua Julio Rinaldi, 1 – Vila Salete,  Penha, zona leste da capital. O enterro será amanhã, 5, às 10h, no cemitério da Quarta Parada na avenida Salim Farah Maluf, S/N.

Nenê fundou em 1949 e presidiu o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, uma das mais tradicionais escolas de samba do carnaval de São Paulo, por 47 anos, até passar o comando da entidade em 1996 para seu filho, Alberto Alves da Silva Filho, em razão de alguns problemas de saúde.

Ele foi um dos grandes incentivadores do carnaval de São Paulo. Em 1968, ao lado de outros sambistas como Inocêncio, Tobias, Carlão do Peruche e Pé Rachado da Vai-Vai, se reuniu com o prefeito Faria Lima e constituiu o carnaval atual, com apoio da prefeitura. Ele era considerado um dos grandes sambistas da atualidade e é um exemplo para todos que ingressaram no carnaval.

Morre o sambista Walter Alfaiate

O sambista carioca Walter Alfaiate, de 79 anos, no sábado (27), por volta das 17h, no Rio de Janeiro. O músico estava internado em estado grave há cerca de dois meses no Hospital da Lagoa, na Zona Sul da cidade.

Alfaiate, que teve falência múltipla dos órgãos, sofria de enfisema pulmonar, ineficiência cardíaca, arritmia, insuficiência renal, gastrite e esofagite.

O sambista havia sido transferido para a unidade de saúde em dezembro. Anteriormente, ele foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Instituto estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, também na Zona Sul, por quase um mês.

O corpo do músico deve ser velado na sede do clube Botafogo, em Botafogo, na Zona Sul. O cantor e compositor deixa sete filhos.

Mais de 200 sambas

Nascido no Rio de Janeiro, iniciou o trabalho como alfaiate aos 13 anos, no bairro de Botafogo. Autodidata, compôs para blocos carnavalescos da região, como o Foliões de Botafogo e o São Clemente. Participou nos anos 60 de rodas de samba no Teatro Opinião e formou vários grupos, com destaque para os Reais do Samba e o Samba Fofo.

Mesmo sendo um dos principais nomes do samba em Botafogo, que viria a se tornar o grande celeiro de compositores do gênero, o cantor e compositor só foi descoberto na década de 70, quando Paulinho da Viola gravou três de suas canções – “Coração Oprimido”, “A.M.O.R.Amor” e “Cuidado, Teu Orgulho Te Mata”. Brilhou como crooner da boate Bolero, em Copacabana, onde ficou conhecido como Walter Sacode, por interpretar com maestria o samba “Sacode Carola”, de Hélio Nascimento e Alfredo Marques.

Em 1982 foi convidado pelo parceiro e amigo Mauro Duarte a entrar para o G.R.E.S da Portela. Cultuado pela maioria dos sambistas do Rio de Janeiro, jamais foi reconhecido pelas gravadoras – com mais de 50 anos de carreira e com 200 sambas compostos, gravou apenas um disco, “Olha Aí”, lançado em 1998 pelo selo Alma e produzido por Aldir Blanc e Marco Aurélio.

Gostei e colei: 300 discos importantes num livro

O Blog bembossa faz esta bela citação do Blog 300 Dias Importantes da Musica Brasileira. O livro “300 Discos Importantes da Música Brasileira”, de Charles Gavin, Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve, foi lançado em outubro de 2008

Mas agora eu repasso prá vocês:

Praticamente uma obra de arte é o filho que Charles Gavin pariu. Estou falando do livro “300 discos importantes da música brasileira“. Corrigindo: essa grande obra da literatura e da música brasileira não é só dele. Tem uma equipe anorme de pessoas que colaboraram pra reunir história e registros da MPB desde a década de 20.

Quilos de cultura
Posso comprovar que o peso do exemplar não é só físico (cerca de 6 KG), e sim de um imenso resultado no qual “foram procuradas gravadoras e criadores para obtenção das respectivas autorizações de reproduções publicação de cada uma das obras”, segundo Gavin. Imaginem só, garimpar de 1929 a 2007 os melhores e mais marcantes lançamentos da música brasilera. É óbvio que o músico pediu a ajuda de muitos pesquisadores! Já os textos ficaram a cargo dos jornalistas Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve.

Pra completar todos os relatos, fotografias e caprichos do livro, a produção nos brinda com dois CDs na contracapa: Elza soares com “Baterista Wilson das Neves” (1968) e Moreiura da Silva com “O Último Maladro” (1959). De Dolores Duran a Mutantes, de Nelson Cavaquinho a Tonico e Tinoco ou de Eumir Deodato a Eduardo Dusek, tuuudo é música brasileira pra ficar por dentro.

O livro pode ser comprado na Livraria Cultura e é muito bom. Primeiramente, porque é um prazer folhear um livro com tamanha qualidade gráfica – parece que estamos manuseando diretamente LPs. Em segundo lugar, a seleção dos 300 discos é surpreendente. Ao invés de se limitar ao conjunto de medalhões da nossa música (o que é comum neste tipo de seleção), os autores selecionaram muitos discos incomuns, gerando um painel muito bacana da nossa música. Na entrevista a seguir o Charles Gavin fala sobre isso:

A seleção me encantou desde o início e despertou minha curiosidade pelos discos que eu não tinha. O que notei, desde o início, é que a busca não seria fácil. A maioria dos títulos está fora de catálogo e, se não fosse pela existência de blogs de música que os disponibilizam, seria impossível consegui-los.

Para facilitar a vida de quem vem depois de mim, resolvi montar este blog. Nele, disponibilizarei os links que encontrei. Notem que eu não disponibilizo nenhum disco: apenas aponto para sites (geralmente blogs) onde outros os estão disponibilizando. Não encontrei todos os discos e espero que a existência deste blog permita encontrar o que está faltando. Os encontrados terão o marcador tenho. Os não encontrados terão o marcador não tenho. Vamos ver se até o final dessa viagem musical conseguirei, com a ajuda de vocês, esvaziar completamente a lista não tenho . Em 31/05/2009 terminei de disponibilizar os 300 discos. Em 27/07/2009 a lista não tenho foi esvaziada (o último disco que eu não tinha, o Manezinho Araújo, foi disponibilizado). Agora, estou disponibilizando os discos das listas adicionais. Para estes, há vários que ainda não tenho. Espero que vocês me ajudem a consegui-los, como ajudaram a conseguir vários dos que eu não tinha na lista dos 300!

Gravadoras, prestai atenção!
Tanta coisa imperdível em 435 páginas só tem um porém: a maioria dos discos que estão no livro, infelizmente, está fora de catálogo. De acordo com o músico, que também é colecionador de muitas raridades, não depende dele relançar os discos, mas talvez o livro estimule as gravadoras. Tomara!

bembossa300 discos importantes em apenas um livro

MPB – A alma do Brasil nossa história musical

imagem meramente ilustrativa do ilustrador Toni D'Agostinho

A história  das últimas quatro décadas da música popular brasileira, de 1967 a 2007, é tema do livro MPB – A alma do Brasil (ed. Imprinta Express, 2009). Ricamente ilustrada, a obra conta a trajetória de gêneros musicais pioneiros, como a marchinha e o lundu, da formação do samba, passando pela criatividade da bossa nova e pelos talentos revelados nos grandes festivais, além da rebeldia do rock dos anos 80 – BRock na expressão cunhada por Arthur Dapieve –e de uma análise sobre a produção contemporânea, que explora a contribuição do mangue-bit de Chico Science e do renascimento da Lapa.

Organizada pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin, a obra conta com o apoio conjunto da Faperj, da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia (Finep/MCT) e do Ministério das Relações Exteriores, por meio do seu braço acadêmico, a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag/MRE). Cinco autores se revezaram para contar a evolução musical brasileira no livro, que será distribuído gratuitamente para instituições de ensino e cultura.

Cravo Albin apresenta o preâmbulo e a introdução, em que explica o nascimento dos gêneros e a trajetória dos compositores, desde as primeiras manifestações de miscigenação cultural, oferecendo um passeio pelos pagodes nas casas das “tias” e pela época de ouro do rádio, marcada por grandes vozes, como a de Dalva de Oliveira.

– Escrevi uma grande introdução, que sedimenta a história da música popular desde suas raízes, enfatizando a saga do samba, até exatamente o começo dos anos 1960 – diz o presidente do Instituto Cravo Albin (ICCA) e ex-diretor do Museu da Imagem e do Som.

Em seguida, os jornalistas João Máximo, Artur Xexéo, Antônio Carlos Miguel e Luiz Antônio Giron assumem, respectivamente, a função de contextualizar, cada um, uma das quatro décadas apresentadas na obra.

– Sintetizar 40 anos de MPB em um só livro foi uma missão difícil, que exigiu quase dois anos de dedicação a esse projeto. Por isso, convidei críticos musicais do mais alto nível para dividir a tarefa – conta Ricardo.

imagem meramente ilustrativa do ilustrador Toni D'Agostinho

Dois CDs, com 15 faixas cada, acompanham o livro. Entre as músicas eleitas, estão Andança, apontada como uma canção “emblemática” da época dos festivais, na voz de Beth Carvalho; As rosas não falam, clássico de Cartola; Samba da cabrocha bamba, raridade interpretada por Elizeth Cardoso; Explode Coração, por Maria Bethânia; e O que é o que é?, de Gonzaguinha.

– A idéia foi colocar o som do Brasil dentro do livro. Os discos têm fonogramas escolhidos a dedo, com o melhor da música brasileira nos últimos 40 anos – afirma Cravo Albin.

A pesquisa musical foi guiada pela força de composições decisivas na história da MPB. – Os compositores são a essência, o corpo: melodia, ritmo e harmonia. Os cantores são os vestidos, os chapéus, a beleza. Apesar de que o papel dos intérpretes é fundamental.

Xexéo destaca em seu texto, por exemplo, a cantora Maria Bethânia. Posso destacar aqui muitas outras vozes, como a da pioneira do axé, Daniela Mercury, a de Marisa Monte, que agregou valor à Portela, e de outras estrelas que, infelizmente, encontram hoje menos espaço na indústria, como Inezita Barroso – ressalva.

A edição em papel couché ganhou um ar cosmopolita com uma versão em inglês de todos os textos, apresentada no final. – A tradução em inglês, uma colaboração do embaixador Jerônimo Moscardo, presidente da Funag, alimentou o livro com a possibilidade de transformá-lo em um trabalho de percepção universal – avalia Cravo Albin, acrescentando que outra contribuição do Itamaraty será a distribuição da obra em visitas oficiais.

– Cinquenta exemplares do livro foram encaminhados para o Palácio do Planalto. Eles serão presentes especialíssimos do presidente Lula aos chefes de Estado – diz.

De acordo com Cravo Albin, o título de MPB – A alma do Brasil foi uma escolha natural diante da importância da música popular brasileira como expressão máxima da identidade nacional.

– A diversidade cultural oriunda da miscigenação brasileira faz da MPB o produto cultural número um de exportação do país. Essas quatro décadas representam a consolidação e a internacionalização da música popular – afirma Ricardo.

Ele destaca ainda a originalidade do carnaval e sua aceitação no exterior. – O Rio de Janeiro ainda pode se orgulhar em produzir o maior espetáculo do mundo: o desfile das escolas de samba. Esse fenômeno, que é um milagre de organização de massas a partir do canto e da dança no mundo, precisa de pesquisas acadêmicas mais aprofundadas, não apenas culturais, mas sociológicas e antropológicas – assinala.

– Ele mostra um temperamento de solidariedade coletiva do povo que é único.

Localizado na Urca, o Instituto Cravo Albin abriga um acervo musical em permanente atualização de mais de 30 mil peças – entre discos de vinil raros da MPB, de oito, dez e 12 polegadas, duas mil fitas sonoras em rolo, 700 fitas magnéticas em cassete e cerca de mil CDs. Além do acervo fonográfico, o instituto expõe peças de indumentária de personalidades da música popular, tais como os chapéus de Pixinguinha, de Tom Jobim e de Moreira da Silva.

Beth Carvalho será homenageada no enredo da Mangueira

Após três anos de afastamento da Mangueira, Beth Carvalho está oficialmente de volta à escola. A paz entre a cantora e a agremiação foi selada na tarde desta terça-feira, dia em que a verde-e-rosa celebra 81 anos, quando Beth recebeu um pedido formal de desculpas do novo presidente da Mangueira Ivo Meirelles. O encontro foi realizado na casa da intérprete, em São Conrado, e começou ao som clássico ‘Exaltação à Mangueira’. O pedido era uma exigência antiga da artista, que foi impedida de desfilar em 2007.

Minutos depois de beijar a bandeira, Beth foi surpreendida com uma notícia: a de que será homenageada dentro do enredo de 2010. Ivo não revelou o conteúdo do tema, mas ao contar que a cantora será citada no desfile, ele fez aumentar as especulações de que o mesmo deverá ser sobre os estilos musicais do Brasil, com destaque para a MPB, o samba e a bossa nova. ‘Vamos falar de paixões e terá um capítulo especial para a paixão do mangueirense. É um enredo muito brasileiro, com um lado cultural muito forte e com um grande apelo internacional. Sentimento e emoção são o foco’, explicou Ivo, horas antes durante a posse na quadra.

Ao saber que seria homenageada, Beth riu e indagou Ivo. ‘Eu vou ser homenageada?’. O sambista então respodeu: ‘O enredo vai exaltar Beth Carvalho sim. Será uma coisa com muita emoção e com forte apelo cultural. Será um desfile que mostrará o ouro da escola e não só as pratas da casa’, comentou.

Beth pede mais incentivo para a ala dos compositores

Foto: Isabela Kassow / Agência O Dia

Integrante da comissão de notáveis montada por Ivo, Beth Carvalho agradeceu o carinho e exaltou a postura de Ivo, que chegou a dizer que a expulsão da cantora foi ‘um dos maiores equívocos do Sambódromo’. ‘Fico

feliz por a Mangueira ter um presidente artista e sensível. Estive na escola por 38 anos e estou voltando para ajudar’, disse Beth. A cantora fez apenas uma exigência: que gostaria de desfilar em uma alegoria por ainda sofrer de artrose no fêmur. Ao dizer qual seria sua primeira medida ao voltar para a escola, a madrinha do samba revelou um sonho antigo. Beth contou que sempre quis desenvolver um projeto social com samba e choro nas favelas da cidade e que agora tocará a ideia na Mangueira.

Ivo anuncia mudanças no primeiro dia como presidente

Entre as primeiras medidas anunciadas por Ivo Meirelles para sua gestão estão a abertura do quadro social, anistia dos sócios inadimplentes, busca de empresas para patrocinar os projetos sociais, criação de mais um dia de ensaios, mudanças nas disputas de samba-enredo e mais importante delas: sanar as dívidas que chegam a quase R$ 6 milhões.

A disputa de samba-enredo também sofrerá alteração. A taxa para pegar a sinopse que geralmente é de R$ 200 reais será abolidada como forma de democratizar o acesso aos compositores. A participação de interessados em disputar será estendida a todos. ‘Quero que compositores do Brasil inteiro

possam escrever samba na Mangueira. Acabou a ala fechada só para alguns. Quem quiser, poderá inclusive mandar o samba em MP3 para a gente escutar’, explicou o novo presidente.

Escola ganhará novo dia de ensaios

Outra novidade tem a ver com a programação dos ensaios. Embora ainda seja uma ideia – mas que está ganhando força – a Mangueira deverá realizar ensaios também às sextas-feiras e não só aos sábados.A nova equipe de Carnaval será apresentada no dia 9. Até lá, continuam as dúvidas sobre a permanência do intérprete Luizito. Ivo não quis confirmar e nem descartar o nome do cantor. Já para a bateria, uma equipe formada por 5 pessoas será responsável pela reformulação do grupo. O novo presidente criticou a

postura do atual grupo e anunciou mudanças. ‘O ritmistas têm sido tratados a chicotadas e não quero isso para a minha gestão. Vou valorizar o trabalho de cada um e lutar para conseguir um padrinho que possa dar ajuda de custo para cada ritmista’. A rainha Gracyanne Barbosa deve continuar à frente do posto. Confirmados até o momento estão Márcia Lage como carnavalesca e Rafael e Marcella Alves para o posto de mestre-sala e porta-bandeira.

Raphael Azevedo e Nilton Carauta

Acidente com o Exaltasamba

Colegas de trabalho aguardam na manhã desta quarta-feira (25) a liberação dos três feridos que permaneciam internados após um acidente com ônibus do grupo Exaltasamba, que tombou na terça-feira (24) na Rodovia Régis Bittencourt.

Pelo menos 24 pessoas estavam no ônibus e 12 ficaram feridas no acidente e, a maioria, liberadas no mesmo dia. Entre os que permanecem em observação no Hospital Regional do Vale do Ribeira, em Pariquera-açu, a 214 km de São Paulo, está o vocalista Péricles Oliveira de Farias, de 39 anos, e o produtor Luís Adriano.

O técnico de som, Ardmar Gomes dos Santos, de 39 anos, teve alta por volta das 10h. Entretanto, ele ainda permanecia no hospital. Ele teve lesão em um dos braços. Um carro e integrantes da equipe da banda aguardam no hospital pela saída do trio. Eles devem ser levados para Santo André, no ABC, onde moram.

Acidente

O acidente ocorreu no km 513, região de Cajati, a 230 km de São Paulo, da Rodovia Régis Bittencourt. Com dores lombares, Péricles foi examinado por um ortopedista, fez exames de raio-x e tomografia, de acordo com a assessoria, mas nada de mais grave foi constatado. Os demais feridos passaram pelo Pronto Socorro de Cajati, mas foram encaminhados em seguida para o hospital de Pariquera-açu, também sendo liberados. O acidente foi registrado da delegacia de Cajiti, onde, segundo a polícia civil, o motorista do ônibus prestou depoimento. As informações são de que chovia forte na hora do ocorrido. Em nota publicada no página oficial do grupo na internet, é informado que o tombamento do ônibus ocorreu “em razão da existência de óleo derramado na pista molhada pela chuva”.

Confira a relação de feridos: Carlos Alberto Faria Júnior, José Raimundo Lima, Tiago André Barbosa, Alex Teodoro Ferreira, Arlindma FGomes dos Santos, João Batista de Jesus, Anselmo Malaquias, Luís Alfredo Xavier, Fernando Martins, Péricles Aparecido de Farias, Luís Adriano de Oliveira e Paulo Machado Moraes.

G1

Neguinho da Beija-Flor canta com Roberto mas pode ficar fora do carnaval

Depois de conseguir cantar por apenas 20 minutos no ensaio  da Beija-Flor, sexta-feira, o cantor Neguinho da Beija-Flor admite  que pode ficar de fora do Carnaval 2009.

Há quase cinco meses, o puxador, 59 anos de vida e 33 de Beija-Flor, luta contra um câncer no intestino e, depois de cirurgia para retirada do tumor, agora sofre com os efeitos da quimioterapia.

“Estou na pior fase. A quimioterapia é muito forte, tira todas as minhas forças, estou de cama. A equipe médica que tem cuidado de mim garante que vou conseguir cantar por 1h30 na Avenida, mas para isso terei que suspender meu tratamento”. Neguinho é realista: “A chance é de 50%.

Eu me senti fraco, a quimio tira toda a sua energia, você puxa o fôlego e ele não vem, fica debilitado”, descreve ele, que sente enjôos e ardência nos olhos. O cheiro de comida enjoa. O cabelo está caindo horrores. Estou preocupado, porque se está assim agora, imagina daqui a três meses. Vou ter que passar máquina zero no Carnaval”, promete, vaidoso.

Neguinho já recuperou 5 dos 11 kgs perdidos após a operação no intestino.  Emagreci o que tinha que emagrecer, pesava 82, e agora, estou com 76. Para desfilar, tenho que parar a quimioterapia dia 17 de janeiro e ficar até o Desfile das Campeãs sem fazer. Aí eu vou estar novinho”, promete ele, retomando a esperança, sem tirar a alegria do rosto.

Neguinho só sai do repouso amanhã, por causa nobre: participa do show de fim de ano de Roberto Carlos. “Cantar com ele é a maior alegria da minha vida depois do nascimento da minha filha Luiza Flor, de três meses, e depois dessa porrada do câncer. Ensaiamos semana passada e o Rei me deu lição de humildade. Tem muita gente que faz um sucessinho e já se acha Michael Jackson.

O cara é sucesso há 50 anos e é mais simples do que eu. Me ofereceu pastel, pegou minha filha no colo, me levou até o carro”, diz Neguinho. “Sua participação será encerrada pela bateria da Beija-Flor. “O homem é azul-e-branco!”, comemora ele.

O Dia

Morre o sambista Luiz Carlos da Vila


Morreu hoje, no Hospital do Andaraí no Rio, o grande sambista Luiz Carlos da Vila, de 59 anos. Ele estava internado desde o início de setembro, e nos últimos dias sua situação piorou, e os médicos proibiram as visitas. Luiz Carlos deve ser enterrado amanhã, no Cemitério de Inhaúma. Como cantor e compositor, deixa grandes obras, como “Kizomba”, “Doce refúgio”, Cabô meu pai” e “O show tem que continuar”.

Luiz Carlos nasceu em 21/07/1949 na Vila da Penha, e daí vem seu apelido. A Vila Isabel só surgiu em sua vida anos depois, em 1977, quando entrou na ala de compositores da escola. No final da década de 70 e início dos anos 80, foi um dos mais ativos participantes das rodas do Cacique de Ramos, que formataram o atual estilo de samba.

Sua primeira música gravada foi “Graças ao mundo”, pelo Conjunto Nosso Samba, nos anos 70. Em 1979, ganhou seu primeiro samba-enredo na Unidos de Vila Isabel, “Os anos dourados de Carlos Magno”, e a escola foi a campeã do segundo grupo. No ano seguinte, Beth Carvalho gravou duas músicas suas, “Herança” e “O sonho não acabou”. Em 1983, gravou seu primeiro disco, com produção de Martinho da Vila.Em 1988, sua música “Além da razão” ganhou o Prêmio Sharp de Melhor Música. No mesmo ano, foi o autor de “Kizomba – A festa da raça”, com o qual a Vila ganhou seu primeiro título entre as grandes do carnaval carioca.

Entre seus parceiros estão Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Moacyr Luz, Martinho da Vila e Wilson das Neves. Suas composições já foram gravadas por vários cantores da música popular brasileira, como Jair Rodrigues, Simone, Fundo de Quintal, Nara Leão e Jorge Aragão. Nas Diretas Já, sua música “Um dia de graças” tornou-se um hino.

Recentemente, fez vários shows com o grupo Os Suburbanistas, formado por ele, Mauro Dinize e Dorina. Na última sexta-feira, um samba seu concorria nas eliminatórias da Unidos de Vila Isabel para o carnaval 2009, mas foi derrotado.

Extra

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