A fotógrafa americana Melanie Dunea lançou a seguinte pergunta a cinqüenta grandes chefs: “Se você fosse morrer amanhã, qual seria sua última refeição?”.
Em seu livro My Last Supper (Meu Último Jantar), foram poucos os que optaram por trufas, caviar e foie gras. A maioria escolheu refeições absolutamente simples.
Gordon Ramsay, apresentador de Hell’s Kitchen, decidiu-se por rosbife com yorkshire pudding. A carne assada com molho, acompanhada de pudim salgado, é um clássico dessa licença nada poética chamada culinária britânica. E era um prato freqüente na mesa da família do escocês Ramsay.
Jamie Oliver, chef inglês e também apresentador de programas de culinária, optou por spaghetti all’arrabiata e, de sobremesa, pudim de arroz. “É impressionante quão simples, rústica e despretensiosa é a maioria das seleções”, escreve o chef Anthony Bourdain, no prefácio do livro.
Ele próprio comeria em seu último jantar prefere ossobuco com salsinhas e salada de alcaparras com torradas de baguete. “Há sempre uma volta às coisas da infância ou aos sabores regionais.
A palavra ‘mãe’ é citada em pelo menos um terço das vezes”, observou Bourdain em entrevista à revista americana Time.
A lembrança de um prato não se resume ao seu sabor. Remete também a tempos felizes.
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