Arquivos de tags: próstata

Próstata: novas normas sobre o teste de PSA

A Associação Americana de Urologia divulgou hoje as indicações do teste do antígeno prostático (PSA), em uma tentativa de colocar um ponto final sobre a utilidade do exame na detecção precoce do câncer de próstata. Em março, dois estudos conflitantes, um europeu e outro americano, não conseguiram chegar a uma conclusão sobre a importância do teste.

Porém, para os urologistas americanos, assim como para os especialistas da Sociedade Brasileira de Urologia, o exame deve continuar sendo feito em homens a partir dos 40 anos e em idosos se sua expectativa de vida for maior que 10 anos.

Segundo os especialistas americanos, apesar de estudos recentes terem questionado o PSA, o teste ainda é um importante aliado na detecção precoce do câncer e, quando feito com indicação do médico, podem ajudar a definir as melhores formas de tratamento da doença.

“O câncer de próstata vem em várias formas, algumas mais agressivas, outras mais brandas. A mensagem principal desta revisão feita pela Associação Americana de Urologia é a de que o teste é uma ferramenta importante no diagnóstico e na escolha do tratamento do câncer, e que o momento certo de fazer o exame deve ser uma decisão tomada em conjunto com especialistas de confiança”, divulgou em nota o urologista Peter Carroll, um dos conselheiros da associação e um dos coordenadores do estudo.

A íntegra das recomendações pode ser encontrada no site da entidade.

Exame de urina poderá acusar câncer de próstata

Cientistas dos Estados Unidos anunciaram ter encontrado um potencial biomarcador que poderia no futuro levar à criação de testes que diagnostiquem câncer de próstata a partir de análise da urina.

A pesquisa, conduzida por Arul Chinnaiyan e colegas da Escola Médica da Universidade de Michigan, ganhou nesta semana as páginas da prestigiosa revista científica “Nature“. Ao comparar a urina de pacientes vitimados por tumores na próstata com a de indivíduos saudáveis, os cientistas descobriram que uma substância chamada sarcosina aparecia em níveis mais altos nos pacientes com cânceres mais agressivos.

Para confirmar a correlação, os cientistas fizeram pesquisas de laboratório, com culturas de células benignas da próstata. Eles simplesmente injetaram sarcosina nessas amostras, e o resultado foi a transformação dessas células em agressivas unidades cancerosas, capazes de se espalhar.

Daí, já ficou mais do que claro que a molécula recém-identificada deve ter um papel importante na doença. Esta é a primeira vez que um marcador para câncer de próstata foi detectado na urina. A expectativa é que o futuro das pesquisas ajude a desenvolver testes mais fáceis e menos invasivos para diagnosticar os tumores.

A descoberta é sobremaneira interessante porque parece distinguir tumores benignos, menos preocupantes, e aqueles capazes de agredir mais forte e rapidamente o organismo — os que exigem tratamento radical e imediato. Os cientistas esperam que o achado possa um dia não só facilitar o diagnóstico de câncer, mas também indicar novos caminhos para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas.

Masturbação faz bem à saúde dos homens idosos

A masturbação pode fazer bem à saúde dos homens – ou mal, dependendo da idade. Segundo um artigo publicado no British Journal of Urology, jovens de 20 e 30 anos que se masturbam freqüentemente podem ter mais chances de desenvolver câncer de próstata, enquanto homens acima dos 50 diminuem o risco da doença quando fazem da prática uma constante.

De acordo com o estudo, o câncer de próstata é causado pela testosterona, o hormônio sexual masculino. Homens com altos níveis dessa substância tendem a ter mais desejo sexual e mais câncer de próstata, mas após os 50, a masturbação pode proteger a glândula contra doenças por remover toxinas que se acumularam durante a vida.

Segundo o jornal The Independent, a pesquisadora que liderou o trabalho, Polyxeni Dimitripolou, explicou que, à medida que o homem envelhece, o organismo acumula toxinas através dos pulmões e da alimentação. A atividade sexual, porém, é capaz de ajudar a eliminar esses resíduos.

Já nos homens mais jovens, a masturbação excessiva pode ser prejudicial porque a próstata ainda está crescendo e se encontra mais suscetível a mudanças hormonais.

Para a pesquisa, realizada por estudiosos da Universidade de Nottingham, foram entrevistados mais de 400 homens diagnosticados com câncer de próstata antes dos 60 anos. Eles relataram seus hábitos sexuais nas décadas anteriores. Os entrevistados eram na maioria homens mais velhos, já que a incidência deste tipo de câncer em homens com menos de 50 anos é bastante incomum.

O foco, no entanto, era estudar as ligações entre a doença e a atividade sexual na juventude, para avaliar se há consequências no longo prazo.

Os cientistas concluíram que aqueles que foram mais ativos sexualmente durante seus 20 anos – seja por relações sexuais ou masturbação – estão mais propensos a ter câncer. Já os homens acima de 50, com uma vida sexual ativa – masturbação e sexo mais de 10 vezes por mês – podem contar com uma pequena proteção contra a doença.

Para Polyxeni, o estudo apenas abre o assunto para o debate. Segundo a pesquisadora, as ligações entre masturbação e câncer de próstata precisam ser mais bem explicadas.

Novo medicamento contra câncer de próstata

Cientistas britânicos testaram, com sucesso, um novo medicamento para pacientes com câncer de próstata. A descoberta é considerada o maior avanço no tratamento da doença nos últimos setenta anos.

A droga, conhecida como abiraterone, bloqueia hormônios, produzidos por diferentes partes do corpo masculino, que alimentam as células cancerígenas.Esse isolamento impede o crescimento do tumor e ajuda no combate à doença, além de diminuir a dor.
A equipe do instituto de pesquisas do câncer, em Londres, fez testes com 21 pacientes com câncer de próstata avançado. Hoje, 1200 homens em várias partes do mundo são tratados com a droga. Os pesquisadores acreditam que o novo tratamento tem potencial para ajudar 80% dos pacientes com uma forma agressiva da doença, resistente à quimioterapia. O abiraterone pode estar disponível no mercado na forma de comprimido em dois ou três anos.

%d blogueiros gostam disto: