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Padre mentor do Fórum Social Mundial, indicado ao Prêmio Nobel, admite pedofilia

O padre marxista belga François Houtart, adepto da teologia da libertação e figura conhecida do movimento antiglobalização, admitiu ter cometido atos de pedofilia contra um menor há 40 anos, após ter sido denunciado, informou nesta quarta-feira (29) o jornal belga “Le Soir”.

François Houtart, de 85 anos, disse ao jornal que ele é o “canônico A”, acusado por uma das 475 denúncias apresentadas este ano perante uma comissão criada pela Igreja belga para tratar casos de sacerdotes pedófilos.

Apelidado de “o papa da antiglobalização”, Houtart foi inscrito por seus partidários em outubro como candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 2011. A campanha a seu favor perdeu força logo depois das denúncias.

Em outubro, depois que partidários deram início à campanha apoiando o sacerdote para o Nobel da Paz, uma mulher entrou em contato com a ONG que ele fundou, a Cetri (na sigla em francês) e disse que ele teria abusado sexualmente de seu irmão há 40 anos, de acordo com o diretor da organização, Bernard Duterme. No e-mail que enviou à ONG e ao comitê que fazia campanha pela nomeação de Houtart ao Nobel da Paz, a irmã da vítima fornece detalhes sobre os supostos abusos. Segundo ela, Houtart – que era amigo de seu pai – entrou no quarto de seu irmão duas vezes “para estuprá-lo”.

“A. entrou duas vezes no quarto do meu irmão para estuprá-lo”, conta a autora da denúncia, uma prima de François Houtart que o hospedou em casa certa vez. Na época, o menino tinha 8 anos de idade, segundo a denúncia.

O padre, considerado um dos mais influentes do mundo católico belga, confessou parcialmente seu crime.

“Ao atravessar o quarto de uma das crianças da família, de fato toquei suas partes íntimas por duas vezes, o que o acordou e assustou”, declarou. Sua prima, no entanto, fala claramente em “estupro”.

“Evidentemente foi um ato impensado e irresponsável”, admitiu, afirmando jamais ter abusado de outros menores.

Ex-professor da Universidade Católica de Leuven (UCL) e especialista do Concílio Vaticano II, François Houtart foi um dos arquitetos do Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2001.



Nobel da Paz vai para ex-presidente da Finlândia

Vencedor é um experiente mediador de conflitos internacionais. Escolhido entre 197 indicados, ele vai receber prêmio de US$ 1,4 milhão.

Martii Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia, ganha o Nobel da Paz

Martii Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia e mediador da ONU, é o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2008, informou nesta sexta-feira (10) em Oslo, na Noruega, o comitê do prêmio.

O ex-líder finlandês foi premiado “por seus importantes esforços, em vários continentes e durante mais de três décadas, para resolver os conflitos internacionais”, disse o presidente do comitê do prêmio, Ole Danbolt Mjoes. “Seus esforços contribuíram para um mundo mais pacífico e para a fraternidade entre as nações, no espírito de Alfred Nobel.”

“Naturalmente, estou muito feliz com a decisão”, disse Ahtisaari à rádio estatal norueguesa NRK. Ele disse que vai usar o dinheiro do prêmio para financiar seu instituto de gerenciamento de crises internacionais .

Ahtisaari presidiu a Finlândia de 1995 a 2000, levando seu país a ingressar na União Européia em 1995. No fim de seu mandato, ele deixou de lado a política nacional para liderar várias instituições e projetos dedicados a promover a paz, a democracia e a resolução de conflitos pelo mundo.

Entre seus principais feitos em uma longa carreira de mediador, estão o acordo de paz de 2005 entre o governo da Indonésia e os rebeldes da província de Aceh, que encerrou mais de 30 anos de conflitos armados. Um porta-voz do presidente da Indonésia,Susilo Bambang Yudhoyono, saudou a premiação.

Ahtisaari começou sua carreira na diplomacia internacional no âmbito da União Européia, quando convenceu o então presidente iugoslavo Slobodan Milosevic a aceitar as condições da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para encerrar os ataques aéreos ao Kosovo em 1999.

Até março de 2007, Ahtisaari mediou as conversações entre sérvios e albaneses no Kosovo como enviado especial das Nações Unidas.

Ele esboçou um plano que previa a independência da região, sob supervisão da União Européia, com ampla autonomia para a minoria sérvia. Mas o Kosovo declarou unilateralmente a sua independência da Sérvia em fevereiro de 2008.

A atuação no Kosovo, apesar de interpretada por alguns como um fracasso diplomático, levou Ahtisaari a ser nomeado para o Nobel. Em 2006, ele foi novamente citado como favorito ao prêmio após as bem-sucedidas negociações na Indonésia. Agora, em 2008, não era citado nas principais listas de favoritos.

O ex-líder finlandês também teve destaque no cenário internacional quando agiu pelas Nações Unidas nas negociações da independência da Namíbia, que estava sob controle da África do Sul até 1990.

Ele serviu também como inspetor independente de armas na Irlanda do Norte em 2000 e 2001 e, em 2000, foi um dos três “sábios” escolhidos para fiscalizar o compromisso do governo da Áustria em promover os direitos humanos e combater o racismo no país.

Desde então, ele também foi o enviado especial da ONU para a crise humanitária na região do Chifre da África e, em 2002, liderou uma equipe que foi investigar os ataques de três semanas de Israel a Jenin, na Cisjordânia.

Escolhido entre 197 candidatos, Ahtisaari, de 71 anos, vai receber um prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,4 milhão, e uma medalha. As honrarias vão ser entregues em Oslo, em 10 de dezembro, data de aniversário da morte de Alfred Nobel, inventor da dinamite e fundador do prêmio em 1895.

Reuters/G1

García Márquez publicará novo livro sobre amor

O prêmio Nobel colombiano de literatura Gabriel García Márquez, 81, publicará antes do fim de 2008 um novo livro sobre o amor, afirmou uma fonte ligada ao escritor.

“Tive a felicidade de estar neste fim de semana no México com o escritor e posso garantir que ele está dando os últimos retoques em seu novo romance”, disse o jornalista Darío Arizmendi, diretor da rádio Caracol.

De acordo com Arizmendi, o livro está pronto e será lançado em agosto ou setembro.

Segundo o jornalista, a nova obra do Nobel colombiano terá 250 páginas e será uma evidência de que está “lúcido” e plenamente produtivo em sua ampla carreira como escritor.

García Márquez recebeu o Nobel de literatura em 1982.

Na época, a instituição afirmou que o mérito era concedido “por suas novelas e histórias curtas, onde o fantástico e o real são combinados em um tranqüilo mundo de imaginação rica, refletindo a vida e os conflitos de um continente”.

France Press/Bogotá

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