
Na tentativa de ampliar a taxa de ocupação dos apartamentos funcionais, Câmara oferece a deputados mobiliário completo, que inclui eletrodomésticos, cortinas, espelhos e até lâmpadas
Além das despesas pesadas com reformas, conservação e manutenção dos apartamentos funcionais, a Câmara oferece uma série de mordomias aos deputados para ampliar a taxa de ocupação dos imóveis e economizar auxílio-moradia.
Os gastos com reparos, conservação e mobiliário totalizaram R$ 8,9 milhões no ano passado. Devem ser computados ainda os salários com os cerca de 50 servidores que integram o Departamento de Habitação. Seriam mais R$ 6 milhões ao ano, segundo cálculos do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), que defende a venda dos imóveis.
Para garantir a conservação dos imóveis, foram gastos R$ 216 mil com fornecimento e instalação de carpete de madeira, R$ 206 mil com pintura, R$ 159 mil com instalação de persianas, R$ 100 mil com lavagem e reforma de móveis e R$ 71 mil com aplicação de sinteco. A aquisição de lâmpadas gerou despesa de R$ 20 mil. A conta de água e de coleta de esgoto, também paga pelo contribuinte, ficou mais salgada: R$ 368 mil. Os ocupantes dos imóveis só pagam mesmo a luz, o gás e telefonemas que superam a cota normal.
O levantamento foi feito pelo Correio a partir de uma base de dados colhidos no Siafi (sistema que registra os gastos do governo) pelo site Contas Abertas.
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