
Um escândalo atinge a alta cúpula do governo da França por causa do “desaparecimento”, em uma foto de jornal, de um anel de luxo de US$ 20 mil da mão da ministra da Justiça, Rachida Dati.
A foto acompanha uma entrevista exclusiva publicada pelo jornal Le Figaro, na qual a ministra responde publicamente a protestos escritos de 534 magistrados contra a política penal do governo Sarkozy.
Ocorre que o concorrente L’Express descobriu que a fotografia foi manipulada, maquiando a mão esquerda da ministra e fazendo sumir um anel Liens de ouro e diamantes, da marca Chaumet, que custa cerca de US$ 20 mil.
O “desaparecimento” vem poucas semanas depois de notícias de que o presidente Nicolas Sarkozy teria ordenado o primeiro escalão de seu governo a evitar “ostentação” diante da crise financeira internacional.
Dati foi nomeada pelo presidente Sarkozy como “representante” das minorias oriundas dos países árabes. Seu pai é argelino e sua mãe marroquina. A família é considerada pobre, segundo os padrões europeus.
O episódio foi interpretado como “prova evidente” de que o Le Figaro é “influenciado” pelo governo.
O sumiço do anel também abasteceu a mídia de fofocas da França: seria a jóia de ouro e diamantes na mão esquerda da ministra um anel de compromisso do pai – ainda desconhecido – do filho que Rachida Dati está esperando? Prato cheio pra mídia de lá.
Em nota oficial, o “Le Figaro” justificou por meio de sua editoria de fotografia: “Nós assumimos. Não queríamos que por causa desse anel fosse criada uma polêmica”.
Lurdete/NF
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