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Uniban e a politica

A expulsão da estudante Geysi Arruda da Uniban, agora também chamada de UniTaleban, ganhou sites e jornais do mundo inteiro, sem contar blocos especiais da CNN e na CNN em espanhol. A instituição de ensino de Heitor Pinto e Silva Filho, com cerca de 30 mil alunos, tem cursos de Direito, mas nenhum de seus professores ousou fazer quaisquer comentários sobre a expulsão, à luz dos direitos constituídos.

O texto – mais do que surpreendente – divulgado e até publicado como matéria paga, teria sido mesmo de Heitor Pinto e Silva Filho, o todo-poderoso da Uniban: lá, nada se faz sem que ele tenha total conhecimento. Desta vez, o reitor se escondeu atrás de um assessor jurídico. Heitor, 61 anos, é famoso por suas roupas extravagantes e seus cabelos pintados em cores alternadas. Há dois anos, ele se casou com Eloísa Zits, 35 anos, que toma conta do teatro de lá.

Algo em comum
Ainda o episódio da truculência na Uniban: os 700 selvagens que perseguiam Geysi Arruda gritavam “Vamos estuprar, vamos estuprar”. O que faz lembrar famosa frase de Paulo Maluf, do qual Heitor Pinto e Silva Filho participou de chapa, candidatando-se a vice-prefeito de São Paulo em 2002. Na época, Maluf disse: “Estupra, mas não mata”. E a frase foi incorporada a seu currículo.
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A figura que veste redingote branco, botox em excesso, sapatilhas confeccionadas com prepúcio de baleia branca (que era a forração dos assentos do iate de Onassis), é o dono e reitor da Uniban, o “professor” Heitor Pinto da Silva… (A noiva é a que segura o bouquet).

Ex-formandos do PT
A Uniban, palco da selvageria contra a estudante que usava minissaia e acabou sendo expulsa, mantém cursos universitários de até R$ 250 por mês e foi lá que os petistas Vicente Paulo (Vicentinho) da Silva, deputado federal e o prefeito de São Bernardo e ex-ministro do Trabalho e da Previdência, Luiz Marinho, ex-presidente da CUT, se formaram em Direito. Vicentinho, aliás, se formou na mesma época em que permanecia quase toda a semana em Brasília. E os dois foram garotos-propaganda da Uniban.

Giba Um/e Blog do Fabio Campana

Prefeitura de SP vai reaver dinheiro desviado por Pitta e Maluf

A Prefeitura de São Paulo, o Ministério Público e o Deutsche Bank fecharam ontem valor e termos do primeiro acordo para devolução de dinheiro supostamente desviado dos cofres da administração durante as gestões de Paulo Maluf e Celso Pitta (1993 a 2000). O acordo que será assinado prevê que o banco devolva US$ 5 milhões, dos quais US$ 4 milhões à Prefeitura, US$ 500 mil à União e US$ 500 mil ao Estado.

A negociação foi feita pelos advogados do banco, pelo secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Cláudio Lembo, e pelo promotor de Cidadania Silvio Marques. A assinatura do documento deve ocorrer na segunda-feira.

A Prefeitura e o MPE devem ainda entrar com ações para o repatriamento de cerca de US$ 150 milhões supostamente desviados da Prefeitura que estariam no exterior. A primeira das ações deve ser tentada nos Estados Unidos, devido ao risco de se perder o prazo legal para que o município reclame os recursos.

“Já está tudo bem adiantado. O objetivo é reaver o dinheiro em Jersey”, disse Lembo. Jersey é a ilha no Canal da Mancha, onde o ex-prefeito teria depositado valores supostamente desviados. O dinheiro teria saído do Brasil por meio de contas no Banestado, passado por Nova York e Suíça antes de chegar a Jersey.

Foi por supostamente ter sido usado nesse processo que o Deutsche aceitou o acordo – inicialmente a Prefeitura e a promotoria queriam US$ 15 milhões. O JT procurou o Deutsche, mas não obteve resposta. Outros bancos também devem ser chamados em busca de um acordo.

Maluf sempre negou a existência de contas no exterior, assim como Pitta. Há um mês, ele esteve no escritório de Lembo. O hoje deputado federal do PP estava angustiado. Temia que o peso de uma história de brigas políticas com Lembo influenciasse a ação da Prefeitura.

Para os representantes do município e do MPE, no entanto, a prova contra Maluf é “excelente”. Contra o ex-prefeito e deputado há ação criminal em análise no Supremo Tribunal Federal (STF), por causa do foro privilegiado, em que Maluf é acusado de evasão de divisas.

No Brasil o Ministério Público deve entrar também com ação contra a Eucatex, empresa da família de Maluf, pedindo o bloqueio e a recuperação de recursos que vieram do exterior e foram aplicados em papéis da empresa.

Maluf será ouvido por juiz francês

O deputado Federal e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Salim Maluf, ficará frente a frente com o juiz que o deteve por onze horas em Paris, em 2003, para que ele e sua esposa, Silvia Maluf, explicassem a origem de US$ 1,8 milhões depositados na França. Maluf e a esposa, o filho do casal Flávio e a ex-mulher dele, Jacqueline, serão ouvidos em processo, movido pelos magistrados Henri Pons e Jean-Marie d’Huy, do Tribunal de Grande Instância de Paris, por lavagem de dinheiro.

O depoimento será realizado pela juíza Sílvia Maria Rocha, titular da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O interrogatório foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal, e será realizado por carta rogatória. O juiz Pons e dois policiais franceses poderão fazer perguntas a Maluf por meio do procurador da República, Rodrigo De Grandis.

Maluf: candidato com mais processos na Justiça

O ex-prefeito Paulo Maluf, candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, é o candidato que responde a mais processos judiciais entre os que disputam as prefeituras das capitais nos estados. São sete no total, entre ações penais, de improbidade administrativa ou eleitorais.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) começou a divulgar nesta terça-feira uma lista com os candidatos a prefeito e vice-prefeito que respondem a processos na Justiça, que ficou conhecida como ficha suja. São Paulo tem três candidatos na lista da AMB.

Maluf tem quatro processos tramitando no Supremo Tribunal de Federal (STF) e outras três ações de improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Entre os processos no STF, duas ações (477 e 483) são por crimes contra o sistema financeiro nacional.

Maluf responde ainda a um processo por crime de responsabilidade e outro por crimes contra a paz pública/quadrilha ou bando/crimes contra o sistema financeiro nacional/crimes de ocultação de bens, direitos ou valor.

Sua candidata à vice, Aline Corrêa (PP), também responde a um processo no STF por crimes contra a paz pública/quadrilha ou bando/crimes contra o sistema financeiro nacional/crimes de ocultação de bens, direitos ou valor, crimes contra o sistema.

Já a candidata do PT, Marta Suplicy, é alvo de dois processos. Um no Fórum Central da Barra Funda, e outra no STF, por crimes da lei de licitações.

Sabe quem sou eu?


Paulo Maluf bateu boca quinta no Aeroporto de Congonhas. É que teve dificuldade de passar nos raios X, mesmo depois de tirar dos bolsos moeda, celular e outros objetos metálicos.
O funcionário pediu a Maluf para tirar o paletô e ser revistado por detector manual.

O deputado não só se recusou, como emendou:
– Você sabe quem sou eu?
O rapaz sabia, mas insistiu: “É meu dever.” Final: Maluf embarcou sem ser molestado, claro.

Ancelmo

Livro: Paulo Maluf conta sua história

O deputado Paulo Maluf (PP – SP) é um dos políticos mais controvertidos do País e um dos principais protagonistas da história recente do Brasil. Boa parte do que viveu ao longo de 41 anos de vida pública Maluf relata, agora, em Ele, Paulo Maluf, trajetória da audácia, livro escrito pelo jornalista Tão Gomes Pinto a partir de depoimentos feitos pelo deputado.

Na maior parte do livro de 240 páginas Maluf tenta desfazer a imagem de preposto do regime militar. Não é tarefa fácil. Durante os 21 anos em que os generais ditaram os destinos do País, Maluf sempre esteve no poder, como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), secretário de Estado, prefeito nomeado e governador de São Paulo eleito indiretamente.

Maluf nunca subiu nos palanques que exigiam o fim da ditadura e foi o candidato do partido do governo contra o oposicionista Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.

Ao descrever os conchavos promovidos pelos generais, muitos deles sem prova testemunhal, Maluf procura transparecer que sua trajetória política devese mais à insistência pessoal do que propriamente aos laços que mantinha nos altos escalões da caserna.

“Paguei alto o preço de ser rotulado como o candidato dos militares sem nunca tê-lo sido efetivamente”, diz Maluf, referindo-se à disputa no Colégio Eleitoral em 1985. O deputado relata no livro que várias vezes ouviu de Delfim Netto de que em reuniões com ministros o general presidente, João Figueiredo, dizia: “Esse turco não sentará em minha cadeira.” Segundo Maluf, o candidato de Figueiredo era o próprio Figueiredo, mas os militares jogavam suas fichas no ex-ministro Mário Andreazza.

Maluf conta que enfrentou o general e acabou impondo a sua candidatura pelo PDS. “Percorri o Brasil, derrotei Andreazza na convenção do partido e acabei abandonado por meus próprios companheiros, que liderados pelo presidente apoiaram silenciosamente Tancredo. Eu tinha idéias mais arrojadas que o Tancredo, mas ele ficou com o marketing da Nova República e eu com o rótulo de candidato dos militares”, diz Maluf.

Isto É

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