O maestro John Neschling foi demitido na noite desta quarta-feira da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Em 2007, o maestro sofreu pressão do governador José Serra, que queria tirá-lo do cargo. Neschling, então, comunicou ao conselho da Fundação Osesp que não renovaria o seu contrato.
A demissão de Neschling foi divulgada no site oficial da instituição. O documento assinado pelo presidente da Fundação do Conselho de Administração da Fundação Osesp, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirma que a demissão veio como resposta a declarações dadas por Neschiling, em dezembro, ao jornal “O Estado de São Paulo”, que FHC classificou como “conduta indesejável e inconciliável com o desempenho das atribuições contratuais.”
Por meio de assessor, Neschling, que está na Grécia, afirmou que recebeu a carta por e-mail ontem à tarde, que vai conversar com algumas pessoas para entender melhor a situação e que não vai se pronunciar sobre a demissão até seu retorno, no final da próxima semana.
No governo de SP é dado como certo que o maestro John Neschling acionará a Justiça por causa da ruptura do contrato com a Fundação Osesp.
Ainda que não recorra à Justiça, Neschling deve receber indenização pela ruptura do contrato com a Osesp. O maestro, que recebia R$ 100 mil por mês, tinha ainda mais 21 salários a receber -ou R$ 2,1 milhões. A Fundação diz que o contrato é “sigiloso” e não confirma a informação.
JP