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Parada a obra de transposição do S.Francisco

A transposição do rio Francisco em Petrolina, Monteiro (PE) e São José das Piranhas (PB) foi suspensa desde a semana passada, e mais de 90% dos trabalhadores – cerca de quatro mil –, dispensados. Os consócios envolvidos na obra alegam “falta de dinheiro”. O Exército também parou.

Dos três mil operários trabalhando no ponto de captação das águas em Cabrobó (PE) restam 380 nas obras dos lotes I e II do eixo norte.

O Ministério da Integração Nacional, por sua vez, nega a paralisação das obras do São Francisco por causa de atraso de pagamentos do governo federal. Segundo o governo, as obras estariam em ritmo acelerado.

CH

Campanha para reduzir turismo sexual

O governo federal, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) e Ministério do Turismo, e a Fundação Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI-NE) lançam a campanha Welcome to Brazil, dentro do programa federal Turismo Sustentável & Infância.

Em mais de 900 municípios do País há vítimas do chamado turismo com motivação sexual infanto-juvenil. Desses, 436 são destinos turísticos do Nordeste. Os números foram levantados pela Unicef, SEDH e Universidade de Brasília.

Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostram que 1,8 milhão de crianças e adolescentes são abusados sexualmente no mundo, a cada ano. No Brasil, as cifras mostram que 100 mil meninos e meninas são vítimas de exploração sexual.

A Welcome to Brazil atua em duas frentes distintas: a nacional e a internacional. Nacionalmente, serão ministradas palestras nas nove capitais nordestinas, sensibilizando os profissionais que compõem a rede turística para o enfrentamento a essa prática. A próxima capital a receber os consultores será Fortaleza (CE), no dia 11 de fevereiro. A expectativa é reunir até 70 pessoas ligadas ao trade turístico para sensibilizar sobre o assunto.

No Exterior, a campanha será apresentada em oito feiras de turismo. Argentina, Inglaterra, Portugal e Holanda já receberam a equipe brasileira, que distribui material de divulgação mostrando que o Brasil é contrário à prática do turismo com motivação sexual infanto-juvenil.

A meta do projeto é sensibilizar também para a denúncia dos casos de exploração sexual infanto-juvenil. O Disque Denúncia 100 é uma das ferramentas de combate divulgadas na campanha. Até novembro do ano passado, quase seis mil denúncias dessa natureza foram registradas em todo o País. Informações sobre o projeto podem ser vistas no site http://www.turismoeinfancia.com.br.

Memorial Jackson do Pandeiro

O maior ritmista do Brasil

O maior ritmista do Brasil

O Memorial Jackson do Pandeiro abriu suas portas no dia 19 de dezembro, na Rua Apolônio Zenaide 687, no centro de Alagoa Grande, Terra natal do músico e compositor.

O local reúne em exposição permanente documentos, discos, vestuários, objetos, fotografias, entre outras centenas de peças de familiares, colecionadores e amigos do artista. Um casarão de 1898, onde funcionava a antiga prefeitura, foi restaurado e adaptado ao equipamento, que também vai abrigar os restos mortais de Jackson do Pandeiro, ora enterrado no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro, e será traslado para sua terra natal, após 26 anos do falecimento.
A cidade na ganha somente o memorial, ganha também um gigantesco pórtico em forma de pandeiro, instalado na entrada do município. O instrumento tem os dizeres ” “Alagoa Grande – Terra de Jackson do Pandeiro”.O paraibano Jackson do Pandeiro foi o maior ritmista da história da música popular brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, o responsável pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Pelas cinco gravadoras que passou em 54 anos de carreira artística estão registrados sucessos como Meu enxoval, 17 na corrente, Coco do Norte, O velho gagá, Vou ter um troço, Sebastiana, O canto da Ema e Chiclete com Banana.
O compositor morreu em 10/07/1982

Pêra é aposta no calor do semi-árido do nordeste

A pêra pode se estabelecer como alternativa de plantio comercial nas áreas irrigadas do Submédio do Vale do São Francisco, na Região Nordeste, clima quente e com pequenas variações ao longo do ano. A Embrapa Semi-Árido realiza estudos para superar a necessidade de frio que a pêra requer para ser cultivada. Assim como aconteceu com a uva, há cerca de 30 anos, as pesquisa buscam formas de manejo das pereiras e sua adaptação às condições ambientais do sertão nordestino.

De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes, bons resultados ampliaram os objetivos da pesquisa. Inicialmente eram duas variedades testadas, atualmente são 18 novas cultivares, dentre elas algumas das mais cultivadas e comercializadas mundialmente.

Se até meados de 2009 for comprovada a viabilidade desses novos materiais, o pesquisador acredita que terá um bom indicativo para recomendar o plantio de pêra nas áreas irrigadas do Submédio do Vale do São Francisco.

A pêra é a terceira mais consumida e mais importada pelo Brasil, entre as frutas de clima temperado. O consumo atual é de mais de 150 mil toneladas. A produção nacional anda é insignificante e não alcança sequer 10% do total consumido. As áreas cultivadas estão concentradas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Embrapa

CONSUMO: NORDESTE PASSA O SUL É 2º NO PAÍS

A Região Nordeste, sempre relegada à condição de uma das áreas mais pobres do Brasil, registra atualmente o maior avanço do país quando o assunto é consumir.

Embalados pelo crescimento econômico, os consumidores nordestinos foram às compras e desbancaram a Região Sul, que sempre ocupou a segunda posição no ranking nacional de consumo.

O volume de compras dos nordestinos teve alta de 25,42%. No mesmo período, o aumento de consumo na Região Sul foi de 15,26%, enquanto o Sudeste registrou 12,56%.

Esses resultados fazem parte de pesquisa inédita da consultoria paulista Target, que mediu o gasto em todos os municípios do Brasil usando o Índice de Potencial de Consumo (IPC). 

Em termos absolutos, a liderança continua com o Sudeste: R$902,908 bilhões em compras. O Sul tem potencial de R$291,892 bilhões, contra os R$253,254 bilhões do ano passado.

O Brasil vive uma redistribuição do consumo alimentada pelo avanço do nível de emprego, pela melhora da renda familiar e pelos programas sociais do governo federal, analisa Marcos Pazzini, da Target.

Com o avanço do Nordeste – cuja participação de tudo que é consumido no país subiu, em dois anos, de 16,8% para 18,2% -, o Sudeste recuou de 53,2%, em 2007, para 51,8%, este ano.  A Região Sul ficou estacionada em 16,8%.

Para o diretor de Gestão do Desenvolvimento do Banco do Nordeste do Brasil, Pedro Lapa, os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, estão viabilizando uma transferência de renda na região. Dos 60 milhões de beneficiários, 50% deles se encontram no Nordeste.

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