
A Região Nordeste, sempre relegada à condição de uma das áreas mais pobres do Brasil, registra atualmente o maior avanço do país quando o assunto é consumir.
Embalados pelo crescimento econômico, os consumidores nordestinos foram às compras e desbancaram a Região Sul, que sempre ocupou a segunda posição no ranking nacional de consumo.
O volume de compras dos nordestinos teve alta de 25,42%. No mesmo período, o aumento de consumo na Região Sul foi de 15,26%, enquanto o Sudeste registrou 12,56%.
Esses resultados fazem parte de pesquisa inédita da consultoria paulista Target, que mediu o gasto em todos os municípios do Brasil usando o Índice de Potencial de Consumo (IPC).
Em termos absolutos, a liderança continua com o Sudeste: R$902,908 bilhões em compras. O Sul tem potencial de R$291,892 bilhões, contra os R$253,254 bilhões do ano passado.
O Brasil vive uma redistribuição do consumo alimentada pelo avanço do nível de emprego, pela melhora da renda familiar e pelos programas sociais do governo federal, analisa Marcos Pazzini, da Target.
Com o avanço do Nordeste – cuja participação de tudo que é consumido no país subiu, em dois anos, de 16,8% para 18,2% -, o Sudeste recuou de 53,2%, em 2007, para 51,8%, este ano. A Região Sul ficou estacionada em 16,8%.
Para o diretor de Gestão do Desenvolvimento do Banco do Nordeste do Brasil, Pedro Lapa, os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, estão viabilizando uma transferência de renda na região. Dos 60 milhões de beneficiários, 50% deles se encontram no Nordeste.
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