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Gostei e colei: 300 discos importantes num livro

O Blog bembossa faz esta bela citação do Blog 300 Dias Importantes da Musica Brasileira. O livro “300 Discos Importantes da Música Brasileira”, de Charles Gavin, Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve, foi lançado em outubro de 2008

Mas agora eu repasso prá vocês:

Praticamente uma obra de arte é o filho que Charles Gavin pariu. Estou falando do livro “300 discos importantes da música brasileira“. Corrigindo: essa grande obra da literatura e da música brasileira não é só dele. Tem uma equipe anorme de pessoas que colaboraram pra reunir história e registros da MPB desde a década de 20.

Quilos de cultura
Posso comprovar que o peso do exemplar não é só físico (cerca de 6 KG), e sim de um imenso resultado no qual “foram procuradas gravadoras e criadores para obtenção das respectivas autorizações de reproduções publicação de cada uma das obras”, segundo Gavin. Imaginem só, garimpar de 1929 a 2007 os melhores e mais marcantes lançamentos da música brasilera. É óbvio que o músico pediu a ajuda de muitos pesquisadores! Já os textos ficaram a cargo dos jornalistas Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve.

Pra completar todos os relatos, fotografias e caprichos do livro, a produção nos brinda com dois CDs na contracapa: Elza soares com “Baterista Wilson das Neves” (1968) e Moreiura da Silva com “O Último Maladro” (1959). De Dolores Duran a Mutantes, de Nelson Cavaquinho a Tonico e Tinoco ou de Eumir Deodato a Eduardo Dusek, tuuudo é música brasileira pra ficar por dentro.

O livro pode ser comprado na Livraria Cultura e é muito bom. Primeiramente, porque é um prazer folhear um livro com tamanha qualidade gráfica – parece que estamos manuseando diretamente LPs. Em segundo lugar, a seleção dos 300 discos é surpreendente. Ao invés de se limitar ao conjunto de medalhões da nossa música (o que é comum neste tipo de seleção), os autores selecionaram muitos discos incomuns, gerando um painel muito bacana da nossa música. Na entrevista a seguir o Charles Gavin fala sobre isso:

A seleção me encantou desde o início e despertou minha curiosidade pelos discos que eu não tinha. O que notei, desde o início, é que a busca não seria fácil. A maioria dos títulos está fora de catálogo e, se não fosse pela existência de blogs de música que os disponibilizam, seria impossível consegui-los.

Para facilitar a vida de quem vem depois de mim, resolvi montar este blog. Nele, disponibilizarei os links que encontrei. Notem que eu não disponibilizo nenhum disco: apenas aponto para sites (geralmente blogs) onde outros os estão disponibilizando. Não encontrei todos os discos e espero que a existência deste blog permita encontrar o que está faltando. Os encontrados terão o marcador tenho. Os não encontrados terão o marcador não tenho. Vamos ver se até o final dessa viagem musical conseguirei, com a ajuda de vocês, esvaziar completamente a lista não tenho . Em 31/05/2009 terminei de disponibilizar os 300 discos. Em 27/07/2009 a lista não tenho foi esvaziada (o último disco que eu não tinha, o Manezinho Araújo, foi disponibilizado). Agora, estou disponibilizando os discos das listas adicionais. Para estes, há vários que ainda não tenho. Espero que vocês me ajudem a consegui-los, como ajudaram a conseguir vários dos que eu não tinha na lista dos 300!

Gravadoras, prestai atenção!
Tanta coisa imperdível em 435 páginas só tem um porém: a maioria dos discos que estão no livro, infelizmente, está fora de catálogo. De acordo com o músico, que também é colecionador de muitas raridades, não depende dele relançar os discos, mas talvez o livro estimule as gravadoras. Tomara!

bembossa300 discos importantes em apenas um livro

Recuperado Edu Lobo volta 8 anos depois

Apesar de muitas baladas não se trata de um trabalho triste. Muito menos um disco de protesto, desse compositor que já se apresentou no EUA, como o Bob Dylan Brasileiro.
“Tantas Marés’, novo CD de Edu Lobo tem canções inéditas com Paulo César Pinheiro e antigas parcerias com Chico Buarque. Aos 66 anos, desde “Cambaio” havia oito anos que o músico não lançava um disco. Este é 25* disco de sua carreira, e a novidade fica para seis composições musicais de sua autoria feitas no ano passado e que ganharam letras por Paulo César Pinheiro.
Edu Lobo sofreu aneurisma cerebral há seis onde quase morreu além de um acidente sofrido em setembro de 2009,onde quebrou o osso escafoide – no cotovelo, que o impediu de compor para “Tantas Marés”. As faixas mais tristes do disco remontam esse período difícil de sua vida.
Das doze faixas do CD, algumas já são conhecidas do público como ” Dança do Corrupião”, original do disco homônimo de 1993, porém é inédita com letra de Paulo César Pinheiro. Outra parceria de Lobo e Pinheiro ” Primeira Cantiga”, além da participação especial de Mônica Salmaso. O elo frevo ” Angu de Caroço”, de Edu Lobo e Cacaso { 1944-1987}, apresenta as raízes nordestinas de Edu, e foi gravada no disco de 1980 ” Tempo Presente”. A linda faixa “Perambulando”, um choro em homenagem ao amigo e parceiro Tom Jobim, logo depois de sua morte, e saiu originalmente no disco de 1995 “Meia Noite”, e tem referências óbvias a obra de Jobim.
“Senhora do Rio”, é de domínio público, foi apresentada a Edu Lobo por Sérgio Rezende, para o filme Guerra de Canudos. As faixas “Ciranda da Bailarina”, A Bela e a Fera” e A História de Lily Braun ” são também conhecidas do público que aprecia os shows de Edu Lobo, pois ele sempre as canta. Apesar de muita gente já ter gravado “Ciranda da Bailarina”, entre elas Adriana Calcanhoto, Edu Lobo fez de modo muito especial, deu um ar mais simpático a canção. “Tantas Marés” não é um disco triste apesar de grande parte dele conter baladas, é um disco onde o compositor trabalha com várias linhas de sentimentos. Não espere canções de protesto em “Tantas Marés”, mesmo porque Edu Lobo afirma: “não sou compositor de protesto, sou compositor e ponto final”.

MPB – A alma do Brasil nossa história musical

imagem meramente ilustrativa do ilustrador Toni D'Agostinho

A história  das últimas quatro décadas da música popular brasileira, de 1967 a 2007, é tema do livro MPB – A alma do Brasil (ed. Imprinta Express, 2009). Ricamente ilustrada, a obra conta a trajetória de gêneros musicais pioneiros, como a marchinha e o lundu, da formação do samba, passando pela criatividade da bossa nova e pelos talentos revelados nos grandes festivais, além da rebeldia do rock dos anos 80 – BRock na expressão cunhada por Arthur Dapieve –e de uma análise sobre a produção contemporânea, que explora a contribuição do mangue-bit de Chico Science e do renascimento da Lapa.

Organizada pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin, a obra conta com o apoio conjunto da Faperj, da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia (Finep/MCT) e do Ministério das Relações Exteriores, por meio do seu braço acadêmico, a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag/MRE). Cinco autores se revezaram para contar a evolução musical brasileira no livro, que será distribuído gratuitamente para instituições de ensino e cultura.

Cravo Albin apresenta o preâmbulo e a introdução, em que explica o nascimento dos gêneros e a trajetória dos compositores, desde as primeiras manifestações de miscigenação cultural, oferecendo um passeio pelos pagodes nas casas das “tias” e pela época de ouro do rádio, marcada por grandes vozes, como a de Dalva de Oliveira.

– Escrevi uma grande introdução, que sedimenta a história da música popular desde suas raízes, enfatizando a saga do samba, até exatamente o começo dos anos 1960 – diz o presidente do Instituto Cravo Albin (ICCA) e ex-diretor do Museu da Imagem e do Som.

Em seguida, os jornalistas João Máximo, Artur Xexéo, Antônio Carlos Miguel e Luiz Antônio Giron assumem, respectivamente, a função de contextualizar, cada um, uma das quatro décadas apresentadas na obra.

– Sintetizar 40 anos de MPB em um só livro foi uma missão difícil, que exigiu quase dois anos de dedicação a esse projeto. Por isso, convidei críticos musicais do mais alto nível para dividir a tarefa – conta Ricardo.

imagem meramente ilustrativa do ilustrador Toni D'Agostinho

Dois CDs, com 15 faixas cada, acompanham o livro. Entre as músicas eleitas, estão Andança, apontada como uma canção “emblemática” da época dos festivais, na voz de Beth Carvalho; As rosas não falam, clássico de Cartola; Samba da cabrocha bamba, raridade interpretada por Elizeth Cardoso; Explode Coração, por Maria Bethânia; e O que é o que é?, de Gonzaguinha.

– A idéia foi colocar o som do Brasil dentro do livro. Os discos têm fonogramas escolhidos a dedo, com o melhor da música brasileira nos últimos 40 anos – afirma Cravo Albin.

A pesquisa musical foi guiada pela força de composições decisivas na história da MPB. – Os compositores são a essência, o corpo: melodia, ritmo e harmonia. Os cantores são os vestidos, os chapéus, a beleza. Apesar de que o papel dos intérpretes é fundamental.

Xexéo destaca em seu texto, por exemplo, a cantora Maria Bethânia. Posso destacar aqui muitas outras vozes, como a da pioneira do axé, Daniela Mercury, a de Marisa Monte, que agregou valor à Portela, e de outras estrelas que, infelizmente, encontram hoje menos espaço na indústria, como Inezita Barroso – ressalva.

A edição em papel couché ganhou um ar cosmopolita com uma versão em inglês de todos os textos, apresentada no final. – A tradução em inglês, uma colaboração do embaixador Jerônimo Moscardo, presidente da Funag, alimentou o livro com a possibilidade de transformá-lo em um trabalho de percepção universal – avalia Cravo Albin, acrescentando que outra contribuição do Itamaraty será a distribuição da obra em visitas oficiais.

– Cinquenta exemplares do livro foram encaminhados para o Palácio do Planalto. Eles serão presentes especialíssimos do presidente Lula aos chefes de Estado – diz.

De acordo com Cravo Albin, o título de MPB – A alma do Brasil foi uma escolha natural diante da importância da música popular brasileira como expressão máxima da identidade nacional.

– A diversidade cultural oriunda da miscigenação brasileira faz da MPB o produto cultural número um de exportação do país. Essas quatro décadas representam a consolidação e a internacionalização da música popular – afirma Ricardo.

Ele destaca ainda a originalidade do carnaval e sua aceitação no exterior. – O Rio de Janeiro ainda pode se orgulhar em produzir o maior espetáculo do mundo: o desfile das escolas de samba. Esse fenômeno, que é um milagre de organização de massas a partir do canto e da dança no mundo, precisa de pesquisas acadêmicas mais aprofundadas, não apenas culturais, mas sociológicas e antropológicas – assinala.

– Ele mostra um temperamento de solidariedade coletiva do povo que é único.

Localizado na Urca, o Instituto Cravo Albin abriga um acervo musical em permanente atualização de mais de 30 mil peças – entre discos de vinil raros da MPB, de oito, dez e 12 polegadas, duas mil fitas sonoras em rolo, 700 fitas magnéticas em cassete e cerca de mil CDs. Além do acervo fonográfico, o instituto expõe peças de indumentária de personalidades da música popular, tais como os chapéus de Pixinguinha, de Tom Jobim e de Moreira da Silva.

Morre o grande músico Helvius Vilela

Morreu na madrugada de hoje o grande músico brasileiro Helvius Vilela.

O corpo foi velado na Capela 3 do Cemitério São João Batista e o sepultamento foi  às 17h.

Pianista, compositor e arranjador. Tocou e ou fez arranjos para artistas dos mais diversos estilos tais como: Elizeth Cardoso, Alceu Valença, Milton Nascimento, Nana Caymmi, Carlos Lira, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Tito Madi, Miucha, Marlene, Francis Hime, Chico Buarque, etc.

Musicou poemas de C. Drummond de Andrade lidos pelo próprio no LP Duplo “ANTOLOGIA POETICA” – Polygram. Compôs a trilha da 1ª versão para cinema de “O CORONEL E O LOBISOMEM”, atuou com alguns dos artistas já citados em Nova Iorque, Cuba, Argentina, Uruguai, Chile, México (onde residiu por um ano), Los Angeles (onde também residiu por um ano), Espanha, Suíça (Festival de Montreux) e França.

Recebeu o “PRÊMIO SHELL” pela direção musical e arranjos para o musical “RÁDIO NASCIONAL”.

Memoria: a morte do músico Zé Gomes

Só hoje fiquei sabendo da morte do grande músico brasileiro, Zé Gomes, pai do também musico André Gomes, e um dos maiores talentos da musica brasilera de todos os tempos.

Zé Gomes começou sua vida artística tocando na década de 50, no grupo tradicionalista “Os Gaudérios” ao lado de Moraes Filho, Jarbas Cabral e do acordeonista Neneco. Sua marca revolucionária apareceria nos ousados arranjos que criava, desafiando os conceitos da época.

Dono de uma formação erudita – tocava Beethoven, Bach, Chopin – jamais procurou rótulos para sua música. Ao contrário, o dial de seu rádio buscava ansiosamente as emissoras argentinas e seu alvo preferido era um instrumentista desconhecido que tocava música criolla com o toque mágico da modernidade. Seu nome Astor Piazzolla. Entre os brasileiros, Jacó do Bandolim e Villa-Lobos eram os seus preferidos. “Nunca me deixei prender por certos pensamentos. Devemos exercitar nossa liberdade”, é uma frase que define o espírito inquieto do músico gaúcho, que logo deixou Ijuí para trás e veio para a capital.

Em Porto Alegre, ingressou na OSPA e tocava Vivaldi com a Orquestra de Câmara da Escola de Artes. A principal característica sempre mantida: não perder de vista a universalidade das harmonias.

O arranjo feito para o clássico regionalista “Os homens de preto” se ouvida hoje, passa a sensação de ter sido gravada ontem, soa atual, nova, renovada, ousada para a época. Com “Os Gaudérios”, ficou oito anos, depois procurou conhecer o Brasil. O interior do Brasil.

O corpo foi cremado em São Paulo, onde vivia, este compositor, arranjador, luthier, maestro e pesquisador gaúcho José Kruel Gomes, internacionalmente conhecido como Zé Gomes. Ele faleceu dia cinco de junho vítima de infarto, aos 72 anos.

Zé Gomes começou a tocar profissionalmente aos 14 anos. Natural de Ijuí, aos 17 muda-se com a família para Porto Alegre e ingressa no Movimento Tradicionalista, com o grupo “Tropeiros da Tradição”, com Paixão Cortes. A formação serviria de modelo a todos os conjuntos que os sucederam.

No início da década de 1950, integrou o conjunto “Os Gaudérios” junto com Barbosa lessa. Aos 18 anos,  viaja com o conjunto à França, para participar do Festival Internacional de Folclore promovido pela Universidade Sorbonne, e volta ao Brasil com o primeiro prêmio.

Em 1955 trabalhou com João Gilberto, juntamente com Luis Bonfá, compositor da música do filme Orfeu no Carnaval, que já tinha elementos da Bossa Nova.

Em 1958 criou o Curso de Violão José Gomes, no qual ensinou mais de 1.500 alunos em uma década de funcionamento, época em que freqüentemente palestrava em seminários culturais ou integrava a OSPA.

Em 1966, Zé Gomes funda, com Bruno Kieffer e Armando Albuquerque, o Seminário Livre de Música (Selim), que dois anos depois vira o Centro Livre de Cultura. Em 1969, por concurso público, torna-se professor na Escola de Artes da UFRGS.

De 1968 a 1971 participa, como arranjador, de vários festivais. Muda-se para São Paulo no início dos anos 70, onde, além de continuar lecionando, compõe músicas para teatro, trilhas para cinema,  fábulas infantis, quartetos, trios e duos instrumentais, corais, peças para viola e rabeca (instrumento que mais tarde viria a construir), e música sacra.

Zé Gomes participou de mais de 200 gravações, com Chico Buarque, Heraldo do Monte, Arthur Moreira Lima, Diana Pequeno, Grupo Tarancon, Renato Teixeira, Elomar, Pena Branca e Chavantinho, Paulino Pedra Azul, Marluí Miranda, Alzira Spíndola, João do Valle, entre muitos outros. Ultimamente, gravava discos independentes com suas prórpias composições.

É considerado um dos maiores intérpretes de Villa-Lobos, cuja obra estudou profundamente. Dedicou-se ao estudo da rabeca e da viola de cocho.

Com os parceiros Almir Sater e Paulo Simões, viajou a cavalo mais de mil quilômetros pelo Pantanal, para fazer um filme sobre o homem pantaneiro e pesquisar a música da região.

Criou inúmeros projetos de artesanato e fabricação de instrumentos musicais, tais como rabeca acústica,  chorongo ou baixo acústico, calimba cromática, violino mudo.

A última vez que se apresentou em Porto Alegre foi ao violino, acompanhando Almir Sater no Projeto Acorde Brasil, do Sesc, em 2007

Mais sobre Zé Gomes aqui, no belo texto de Juarez Fonseca

Jornal Já

Simonal: documentário e caixa com CD ‘perdido’

Cena do documentário sobre Wilson Simonal

Wilson Simonal na Odeon: 1961-1971’ é o nome da caixa com nove CDs de Simonal que vai ser relançada pela EMI. A caixa que saiu pela primeira vez em 2004, virá com um disco “perdido”, chamado ‘México-70’.

“É um álbum que foi descoberto depois que a caixa foi lançada”, explica Max de Castro, filho do cantor. “Nunca foi lançado no Brasil. Tem versões de ‘Rain Drops Keep Falling on My Head’, ‘Aquarius’ que saíram apenas nesse disco, nem sabíamos que ele tinha gravado”, completou Max.

Ele também está envolvido no projeto da gravadora Som Livre, de lançar uma coletânea com faixas de Simonal. “Já fizemos uma pré-seleção das músicas. Será um CD duplo, cobrindo toda a trajetória dele”.

Confira aqui Wilson Simonal com ‘País Tropical’: Ouvir Playlist

Documentário

Ninguém Sabe o Duro Que Dei’, é o nome do documentário que está previsto para ser lançado em meados de maio.  Um dos atrativos do filme é a localização do contador Raphael Viviani, espancado por Simonal em um episódio que impulsionou as acusações de que o cantor fora informante do regime militar. O documentário é de Claudio Manoel e Calvito Leal.
Veja aqui o trailer do documentário ‘Ninguém Sabe o Duro Que Dei’:

Ainda de acordo com Max Castro, os produtores do espetáculo ‘Tom e Vinicius’ estão interessados em criar um musical sobre a vida do cantor de ‘Meu Limão, Meu Limoeiro’.

Luciano Borborema

Morre o compositor Candeias Jr

O compositor Candeias Junior, coautor de marchinhas de carnaval clássicas, como Lata D”Água e Sassaricando, morreu ontem, aos 85 anos, no Rio.

Seu corpo foi velado hoje e foi cremado à tarde. Candeias Junior tinha um imóvel em Conservatória, na região fluminense do médio Paraíba, e passou mal quando dirigia seu carro de lá em direção à capital fluminense. A causa da morte seria edema pulmonar.

Joaquim Antonio Candeias Junior nasceu em 1923, em Belém (PA). Era violonista autodidata e começou a compor sambas ainda menino. O primeiro foi aos doze anos, Agora é tarde.

Adulto, foi diretor da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais, criada em 1962. Antes, na década de 40, frequentou os corredores da campeã de audiência Rádio Mayrink Veiga, na Praça Mauá, responsável por projetar os mais importantes nomes da música brasileira então. Lá conviveu com músicos com os quais trabalharia.

Candeias Junior teve canções gravadas pelas maiores cantoras do rádio: Elizeth Cardoso, Marlene, Dircinha Batista e Emilinha Broba e Virginia Lane. Entre seus parceiros, estão Braguinha, Alcyr Pires Vermelho, David Nasser, Luiz Bandeira, Humberto Teixeira, Jackson do Pandeiro e Luis Antonio.

Tanto Candeias Junior quanto Luis Antonio eram militares, como outros colegas compositores de marchinhas (Klecius Caldas, Armando Cavalcanti). Candeias Junior era conhecido por sua personalidade discreta e pela boa forma física (caminhava na praia mesmo com idade avançada). Muitas vezes, era confundido com o compositor portelense Candeia (de Preciso me encontrar, Filosofia do Samba).

Já aos 77 anos, ele lançou, de forma independente, a retrospectiva Candeias Jota Jr. canta suas músicas (dois volumes). A última homenagem foi em 2002, feita por Marlene, no espetáculo Marleníssima. Neste mesmo ano, ele ainda lançou o terceiro volume de Candeias Jota Junior canta suas músicas e cantou com Ademilde Fonseca por ocasião de seus 80 anos.

Memorial Jackson do Pandeiro

O maior ritmista do Brasil

O maior ritmista do Brasil

O Memorial Jackson do Pandeiro abriu suas portas no dia 19 de dezembro, na Rua Apolônio Zenaide 687, no centro de Alagoa Grande, Terra natal do músico e compositor.

O local reúne em exposição permanente documentos, discos, vestuários, objetos, fotografias, entre outras centenas de peças de familiares, colecionadores e amigos do artista. Um casarão de 1898, onde funcionava a antiga prefeitura, foi restaurado e adaptado ao equipamento, que também vai abrigar os restos mortais de Jackson do Pandeiro, ora enterrado no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro, e será traslado para sua terra natal, após 26 anos do falecimento.
A cidade na ganha somente o memorial, ganha também um gigantesco pórtico em forma de pandeiro, instalado na entrada do município. O instrumento tem os dizeres ” “Alagoa Grande – Terra de Jackson do Pandeiro”.O paraibano Jackson do Pandeiro foi o maior ritmista da história da música popular brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, o responsável pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Pelas cinco gravadoras que passou em 54 anos de carreira artística estão registrados sucessos como Meu enxoval, 17 na corrente, Coco do Norte, O velho gagá, Vou ter um troço, Sebastiana, O canto da Ema e Chiclete com Banana.
O compositor morreu em 10/07/1982

Bethania entre os melhores do ano no The Times

Maria Bethânia foi o único nome brasileiro a entrar na lista dos 100 melhores discos do ano, segundo votação do jornal britânico “The Times”. Por conta de seu ótimo trabalho em dupla com a cubana Omara Portuondo, Bethânia ficou em sexto lugar na categoria World Music e foi chamada de “a cantora mais serena do Brasil”.

Outros vencedores nessa categoria foram os lançamentos da espanhola Buika, da portuguesa Mariza e dos Cubanos do Buena Vista Social Club, da qual a própria Omara faz parte.

Para ver a lista completa, com todos os vencedores em todas as categorias, clique aqui.

The Times/Glamurama

Jazz: brasileiros entre os melhores do mundo

A revista norte americana “Down Beat” está lançando a lista dos melhores musicos e intérpretes do jazz.

Dois brasileiros emplacaram nos ranking dos melhores cantores do mundo, divulgada anualmente pela revista “Down Beat” – referência quando o assunto é jazz.

João Gilberto ficou com o quarto lugar, repetindo a posição conquistada em 2007.

Já a carioca radicada em Los Angeles, Ithamara Koorax, levou o bronze na categoria Melhor Cantora. Ano passado Itamara havia ficado como como a quarta melhor cantora do mundo – atrás apenas de Cassandra Wilson, Diana Krall e Dianne Reeves.  E este ano ela perdeu apenas para Diana Kral e Cassandra Wilson.  O posto dela, inclusive, é o melhor alcançado por uma brasileira desde 1978.

Glamurama

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