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Dualib aos 90 anos em dreprê corinthiana

Dualib, 90 anos
Ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib, não imaginava que chegaria aos 90 anos de idade, em situação tão adversa: responde hoje na Justiça por processos de formação de quadrilha, evasão de divisas e outros delitos, Devido a parceria feita com o MSI.

Dualib não tem mais empresas (chegou a ter 1,500 funcionários), vendeu imóveis e perdeu uma casa que tinha, há mais de 30 anos, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, por decisão da Justiça.

Hoje, mora numa chácara que Possui em Itapecerica da Serra, perto de São Paulo.

Alberto Dualib foi eleito presidente do Corinthians em 1993 e reninciou ao cargo em 2007.  Sua administração, em campo, foi vitoriosa, conquistando os mais importantes títulos da história do Corinthians, entre eleso Campeonato Munidal de Cluibes da Fifa 2000. Porém, nos últimos anos de mandato, teve sua popularidade com a torcida corintiana reduzida, devido a escândalos financeiros e repetidas crises internas.

GB1

Forças Armadas: clima de indignação

Militares classificam evento de “puro revanchismo”

Causou revolta e indignação entre militares da ativa e da reserva a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de instalar audiência pública para definir responsabilidades civis e criminais de agentes do Estado que mataram e praticaram torturas durante o governo militar.

Para eles, isso “é puro revanchismo” e significa reabrir feridas de um problema que foi resolvido com a Lei de Anistia. Mas advertem que, se querem reabrir feridas, que reabram todas, dos dois lados, julgando também autoridades que estão hoje no governo e que praticaram, na avaliação dos militares, atos de tortura e terrorismo.

“Será que quem seqüestrou o embaixador norte-americano e o prendeu dizendo, todo dia, que ia matá-lo não cometeu ato de tortura da mesma forma, igualmente condenável?”, desabafou ao Estado o presidente do Clube Militar, general-de- Exército da reserva Gilberto Barbosa de Figueiredo, que marcou para o dia 7 de agosto fórum de debates semelhante ao organizado por Tarso, na sede da instituição, no Rio.

“Se for para julgar quem torturou, vamos julgar todos, inclusive muitos que estão na cúpula do governo hoje e tem até ministro de Estado”, prosseguiu. O ministro da Comunicação de Governo, Franklin Martins, foi um dos idealizadores do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick.

O general Figueiredo ressaltou que “tortura é reprovável em qualquer situação” e emendou: “Existe uma lei de anistia e a única forma de se punir os militares que praticaram estes atos de tortura, que considero reprováveis, é anular a lei, porque o outro lado também cometeu atos hediondos, em diversas ocasiões, que precisam ser julgados da mesma forma.”

No Palácio do Planalto, o assunto é tratado com muita cautela. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta evitar polêmica e prefere que o tema não volte à baila. Apesar de saber que, além de Tarso e Paulo Vannucci (Direitos Humanos), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, endossa o debate, Lula não gostaria de ver aberto novo flanco de batalha no governo e teme que, por causa disso, o Brasil vá para julgamento no Tribunal Penal Internacional. O presidente, no entanto, não interferiu diretamente no caso.

No Planalto, o entendimento é que o assunto, em alguma hora, terá de ser enfrentado para ser superado. A maior dificuldade, segundo interlocutores, é que os dois lados têm razão. No governo, porém, todos fazem questão de dizer que não há quem acredite que os arquivos do regime militar tenham sido queimados, como alegam militares.

Embora na cúpula do Exército haja oficiais-generais defendendo que o comandante da Força, general Enzo Martins Peri, se pronuncie contra o posicionamento de Tarso, ele optou por não falar ontem. Hoje, o ministro da Defesa, Nelson Jobim – que também não quis comentar – e o general Enzo viajarão juntos para o Recife, onde participam da posse do novo comandante militar do Nordeste, general Marius Teixeira Neto. No vôo, debaterão o assunto e podem tomar decisão.

FERIDAS

Ontem, a cúpula militar fazia perguntas sobre a atitude de Tarso e queria saber a quem interessa a polêmica. “Onde querem chegar, ao nosso julgamento?”, indagavam oficiais-generais, que ironizavam dizendo que, se entendem que é preciso “lamber as feridas, que procurem as suas também, entre os que assaltaram e mataram inocentes, seqüestraram embaixadores e outros diplomatas e praticaram atos de terrorismo matando civis”.

O presidente do Clube Militar ressaltou ainda que, ao tentar reabrir a discussão, os que estavam “do outro lado” e também praticaram crimes “vão se dar mal”. Segundo o general, quem cometeu ato de tortura certamente não deixou isso registrado em papel nenhum. “Mas os assassinatos, os assaltos a banco, os seqüestros, estão todos registrados”, disse, acentuando que os crimes praticados pelo “outro lado” foram tão abomináveis como os outros.

Tânia Monteiro, BRASÍLIA/Estadao

Rico vai prá cadeia?

Golpe do Papa-Tudo está na Justiça há nove anos

O processo judicial de Artur Falk, 60 anos, ex-administrador da Interunion, empresa dos títulos de capitalização Papa-Tudo, já dura nove anos. Ele foi denunciado em 1999 e condenado em abril de 2005 a 13 anos e quatro meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro. Na apelação, julgada em 2006, o TRF reduziu a pena para cinco anos e dois meses pelo crime de gestão fraudulenta e para quatro anos pela emissão de título sem lastro.

Falk recorreu ao STJ e ao STF. Um crime prescreve daqui a cinco anos, e o outro, em nove anos. Enquanto isso, espera o desfecho do caso em seu apartamento com vista panorâmica para o mar do Leblon, na Avenida Delfim Moreira. “A liquidação da empresa ocorreu dois anos após Artur se afastar. A quebra não ocorreu em sua gestão”, alega o advogado de Falk, Ranieri Mazzili Neto.

Fiscais do Propinoduto seguem livres

O caso Propinoduto estourou nos primeiros dias do governo Rosinha Garotinho, em 2003. Cinco fiscais de renda, entre eles Rodrigo Silveirinha, e sete auditores federais foram acusados de manter mais de 33,4 milhões de dólares em contas na Suíça. Os recursos seriam de propinas e irregularidades na fiscalização de empresas do estado. Silveirinha havia sido subsecretário de Administração de Anthony Garotinho e foi promovido por Rosinha a presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial.

Ainda em 2003, servidores, doleiros e representantes do banco suíço no Brasil foram condenados em primeira instância por lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e a ordem tributária, falsidade ideológica e formação de quadrilha. O Tribunal Regional Federal confirmou as punições da maioria dos condenados, em setembro. A defesa entrou com embargos de declaração, que aguardam julgamento. Os acusados seguem soltos e vivendo em mansões, e ainda podem recorrer ao STJ e ao STF. Metade das penas prescreve em três anos e três meses. A outra metade, em sete anos e três meses.

“A defesa espera que a sentença seja cancelada. Não trabalhamos com a perspectiva da prescrição”, explicou Clóvis Sahione, que representa Carlos Eduardo Pereira Ramos, acusado de ter US$ 18,1 milhões na Suíça.

Ex-senador comanda time no DF

O empresário brasiliense Luiz Estevão de Oliveira Neto foi o primeiro senador da República cassado. Ele se envolveu no escândalo do desvio de verbas do Tribunal Regional do Trabalho paulista (TRT) – o mesmo do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau. Com patrimônio superior a R$ 100 milhões, o ex-senador diverte-se nos treinos do Braziliense, time que fundou na capital federal. Luiz Estevão foi condenado quatro vezes e recorre em liberdade. A última condenação foi em 2007, quando o TRF da 3ª Região anulou a sentença da primeira instância que o absolveu e fixou pena de 31 anos de prisão, pelo desvio de verbas do TRT.
O advogado do ex-senador, Marcelo Bessa, sustenta que ele é inocente das acusações e que os tribunais superiores vão anular as decisões. Uma das condenações, de oito anos de prisão, já passou pelo STJ e foi mantida. O ex-senador recorreu ao STF, que tem quatro anos para se manifestar, caso contrário, ele também se livrará.

O Dia

Acusado, Genro diz que Yeda está ‘tensa’

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), está “excessivamente tensa e instável” em função da crise política que enfrenta. Ele se referia às acusações feitas pela tucana em entrevista à revista “Veja” sobre a existência de uma suposta conspiração para derrubá-la do governo gaúcho, liderada pelo ministro.

“Isso é coisa da República de Santa Maria”, disse a governadora, de acordo com a revista, numa alusão à cidade onde Genro começou a carreira política, onde nasceu a filha dele, a deputada federal Luciana Genro (P-SOL), que protocolou pedido de impedimento de Yeda na Assembléia Legislativa gaúcha, e também onde o superintendente da Polícia Federal no Estado, Ildo Gasparetto, que comanda as investigações de fraudes no Detran, iniciou sua trajetória profissional.

Na entrevista de ontem, Genro disse que “pessoalmente” não vê motivos para um pedido de impedimento contra a governadora e afirmou que a Polícia Federal age “estritamente” dentro da lei. De acordo com ele, a governadora está equivocada na escolha dos alvos de suas acusações.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), disse que é preciso levar em conta, na crise que se abate sobre o governo de Yeda Crusius (PSDB), o fato de se tratar de um ano eleitoral.  Ele acredita que as denúncias do governo de Yeda poderão interferir nas campanhas eleitorais municipais de outubro. “É natural que todo esse processo interfira nas eleições municipais. Mas isso depende do resultado das investigações”, afirmou.

Rigoto também voltou a criticar a forma precipitada como a governadora vem sendo julgada. “Acho que não pode, antes de terminar a investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa, partir para o impeachment”, disse.

Há poucos dias, o P-SOL pediu o impeachment da governadora gaúcha. “Ela foi eleita de forma legítima pelo voto e isso tem que ser respeitado. Tem pessoas do governo que podem estar envolvidas, mas que têm ser separadas das demais que podem não estar”, defendeu.

Valor

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