Arquivos de tags: Minas Gerais

Vox Populi Minas: Anastasia abre dez pontos sobre Hélio Costa

O governador e candidato à reeleição Antonio Anastasia (PSDB) abriu dez pontos de vantagem sobre o principal concorrente, Hélio Costa (PMDB), de acordo com pesquisa Vox Populi divulgada neste sábado. O candidato tem 42% da preferência do eleitorado e venceria no primeiro turno se as eleições fossem neste sábado. Hélio Costa aparece com 32%, uma queda de quatro pontos em relação ao último levantamento do instituto, divulgado em agosto. Na pesquisa espontânea, Anastasia tem 28% e Costa, 21%.

Vanessa Portugal (PSTU) manteve 1% das intenções de voto. Os candidatos Zé Fernando (PV), Edilson Nascimento (PT do B), Professor Luiz Carlos (PSOL) e Fabinho (PCO), não pontuaram. Os brancos e nulos somam 6% e os indecisos 19%.

Na disputa pelo Senado, Aécio Neves permanece como o favorito, com 71%, seguido por Itamar Franco (PPS), que tem 42%. Fernando Pimentel (PT) aparece com 30% das intençõesde voto. A pesquisa, encomendada pela Band e Portal Ig, ouviu 1.000 pessoas entre os dias 18 e 21 de setembro e pesquisa foi registrada no Tribunal Regional de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número 74.029/10.

Tribunal de Contas paga salários de até R$ 56 mil

Depois da descoberta, há três anos, de que os deputados estaduais recebiam salários de até R$ 120 mil por mês, a elite do serviço público mineiro voltou a dar mau exemplo na gestão dos recursos públicos, com a divulgação, na imprensa mineira, de que os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado estão ganhando salários de R$ 56 mil, quando o teto na administração direta do estado é de R$ 22 mil.

Os contracheques dos conselheiros Elmo Brás e Wanderlei Ávila, que são ex-deputados, subiram às redações dos jornais provavelmente por iniciativa de policiais federais que participaram da Operação Pasárgada, que apurava fraude na liberação do Fundo de Participação dos Municípios.

Para alcançar esses valores, os conselheiros incluíram em seus contracheques o pagamento de aposentadorias por tempo de serviço na Assembléia Legislativa.

A divulgação da folha salarial dos conselheiros comprova os boatos, referentes às mordomias dos conselheiros do Tribunal de Contas que tem a atribuição de zelar pela boa aplicação dos recursos que saem dos cofres do estado e de todas as prefeituras mineiras.

Segundo os documentos que chegaram às redações, em 2007,o então presidente do TCE, Elmo Brás recebeu do tribunal R$ 505 mil por ano. Do total, R$ 342 mil se referiam a rendimentos tributáveis, além de R$163 mil de verbas indenizatórias, que não são tributáveis. Somadas as duas remunerações, a média mensal é de R$ 42 mil.

Além dos vencimentos no Tribunal de Contas, o ex-deputado recebe R$ 14,8 mil do Instituto de Previdência da Assembléia Legislativa de Minas. O atual presidente, Wanderlei Ávila, recebeu valor ainda maior, totalizando R$552 mil. Os dois ex-parlamentares foram indicados na investigação da Polícia Federal por corrupção passiva, formação de quadrilha e prevaricação.

Ontem, o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno, informou que vai investigar os vencimentos recebidos pelos conselheiros do TCE nos últimos anos e pedir a devolução de tudo o que foi pago além do previsto na legislação.

Nota oficial

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais divulgou ontem nota oficial justificando os salários dos conselheiros. O texto afirma que o tribunal “não é uma instituição sem controle, que cumpre rigorosamente as suas obrigações constitucionais e presta anualmente suas contas, conforme prevê a legislação”. Diz ainda que “nos últimos cinco anos, as contas foram aprovadas pela Assembléia Legislativa, respectivamente, pelos projetos de resolução números 1.684/04, 2.388/05, 3.290/06, 1.399/07 e 2.492/08”. Ressalta também que o tribunal encaminha, trimestralmente, à Assembléia Legislativa, os relatórios de todas as suas atividades.

“O Tribunal de Contas do Estado é uma instituição que cumpre as determinações legais e paga remuneração a seus membros, obedecendo rigorosamente norma constitucional, que estabelece que os conselheiros têm os mesmos vencimentos e vantagens do desembargador, nos termos do parágrafo quarto do artigo 78 da Constituição Estadual”.

ZM

Corregedor da Câmara tem castelo não declarado

A polêmica envolvendo o novo corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira (DEM), que defende o fim do julgamento dos parlamentares no Conselho de Ética , trouxe à tona uma velha pedra no sapato: a origem do dinheiro para a construção do Castelo Monalisa, na Zona da Mata mineira.

Há mais de 10 anos a venda por cerca de U$ 25 milhões – cerca de R$ 58 milhões – , segundo especulações imobiliárias, o dono do palácio não declarou o imóvel à Justiça Eleitoral em 1998, 2002 e 2006.

O último documento apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registra um patrimônio de mais de R$ 9,5 milhões e constam imóveis no interior de São Paulo, Juiz de Fora e uma casa e um terreno na Praça João Teodósio de Araújo em Carlos Alves no valor de R$ 17,5 mil. Nada que se compare ao castelo de 7,5 mil metros quadrados de área construída, maior que o Castelo de Neuschwanstein, nos Alpes da Baviera, que inspirou o castelo da Cinderela de Walt Disney.
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG), afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (5) que o castelo de valor milionário alvo de polêmica por não ter sido declarado à Justiça Eleitoral, foi passado para o nome de seus filhos, Leonardo e Júlio, em 1993.

“Não posso declarar bem que não é meu”, afirmou.

Com área construída de 7,5 mil metros quadrados, a obra foi feita entre 1982 e 1990 e a suposta omissão do deputado causou mal-estar em seu partido.  A Executiva Nacional do DEM estuda punir o deputado eleito corregedor da Câmara devido ao caso. Ele assumiu a corregedoria da Câmara na última segunda-feira. Na eleição de 2006, Edmar Moreira declarou à Justiça Eleitoral possuir bens no valor total de R$ 9,5 milhões.

Seu filho Leonardo Moreira, deputado estadual eleito pelo DEM-MG, declarou bens de R$ 4,175 mil. O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse nesta quinta que a denúncia não pode ser “transferida para os ombros do DEM” uma vez que Moreira não era o candidato da legenda para ocupar a corregedoria.

Moreira lançou sua candidatura à uma das vice-presidências da Mesa Diretora da Câmara (no caso, a de forma independente, sem apoio do partido.

O deputado descarta deixar a corregedoria por causa da publicidade em torno do caso. “Estou absolutamente tranquilo no meu cargo de corregedor”, disse Edmar, que tem a atribuição de acatar ou não denúncias sobre seus pares na casas. “Lógico que eu me sinto à vontade para julgar outros políticos.”

UAI

Aprovada redução do Parque da Serra da Canastra

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou a transformação de 47.628,51 hectares do Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) em área de proteção ambiental (APA). A medida foi aprovada na forma de substitutivo do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) aos projetos de lei 1448/07 e 1517/07, dos deputados Odair Cunha (PT-MG), Maria do Carmo Lara (PT-MG), Geraldo Thadeu (PPS-MG) e Rafael Guerra (PSDB-MG) e do ex-deputado Carlos Melles (DEM-MG).

O Projeto de Lei 1448/07 redefine os limites do parque. Com a mudança, a área total do parque, que hoje é de 197.797,05, será reduzida para 150.168,54. O Projeto de Lei 1517/07 cria a APA com a área desmembrada do parque.

De acordo com o relator, o objetivo é solucionar conflitos surgidos desde a implantação da reserva, há 30 anos, e permitir o desenvolvimento de atividades econômicas. Diferentemente dos parques nacionais, as APAs são unidades de conservação, nas quais é possível manter da propriedade privada e desenvolver atividades econômicas, desde que respeitados o princípio da sustentabilidade.

O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972 para proteger espécies do cerrado e nascentes das bacias do Paraná e do São Francisco. Até hoje, no entanto, foram regularizados apenas 71,5 mil hectares. Uma das propostas do grupo para solucionar os problemas foi a revisão dos limites do parque.

Além de unificar os dois projetos em um único texto, o substitutivo do relator também muda as coordenadas do memorial descritivo do parque para excluir área urbana do distrito de São Roque de Minas do polígono da unidade de conservação.

As propostas, que tramitam em caráter conclusivo, ainda serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Vania Alves/PCS

%d blogueiros gostam disto: