O mercado de fusões e aquisições deu uma disparada de 81,9% de janeiro a setembro de 2010, aponta levantamento da Thomson Reuters. No período, o giro financeiro totalizou US$ 88,8 bilhões.
Segundo a consultoria, o avanço se deu em função do acesso a capital internacional por grandes empresas domésticas, interesse de estrangeiros pelo Brasil e consolidação em vários setores da economia.
Entre os mercados emergentes, o Brasil ficou em posição de destaque ao lado de China e México.
As fusões e aquisições anunciadas em países em desenvolvimento totalizaram US$ 480,7 bilhões de janeiro a setembro, aumento de 63 por cento contra um ano antes.
Para especialistas, o Brasil é uma das poucas alternativas para grandes empresas globais para continuar expandindo suas atividades, já que a perspectiva para economias desenvolvidas é de baixo crescimento por um período prolongado.
Conforme a agência Reuters, isso que explicaria, por exemplo, a compra da fatia na operadora móvel Vivo que pertencia à Portugal telecom pela espanhola Telefónica, a anunciada Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações preferenciais da empresa de TV por assinatura Net pela Embratel (do grupo mexicano América Móvil) ou ainda as seguidas compras feitas por fundos de private equity.
Em todo o mundo, a atividade de fusões e aquisições totalizou 1,75 trilhão de dólares nos nove meses iniciais de 2010, alta de 21 por cento contra um ano antes. A quantidade de operações cresceu 3,8 por cento, para 29 mil transações.