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Garoto de 15 anos vai cursar medicina

Um estudante de 15 anos aprovado em medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) obteve autorização do Conselho de Educação do Ceará para se matricular no curso. Tiago Saraiva havia feito o Enem no ano passado, quando tinha 14 anos, e soube da aprovação nesta semana. Na quinta-feira (17), ele soube da decisão que irá lhe permitir “pular” o 2º e 3º anos do ensino médio.

Para ser dispensado de concluir o ensino médio, ele teve de solicitar ao Conselho de Educação, que, por sua vez, recomendou ao colégio de Tiago, o Farias Brito, que elaborasse uma prova. O exame foi feito em dois dias, terça e quarta-feira, e media conhecimentos aplicados dos três anos letivos do ensino médio.

O estudante ainda não sabe se inicia os estudos no primeiro ou segundo trimestre deste ano. O diretor da escola de Tiago, Tales de Sá, chegou a recomendar que ele terminasse o ensino médio, mas após consultar a opinião da família e da psicóloga do colégio onde estuda, chegou à conclusão de que a matrícula prematura na faculdade vai trazer mais benefícios que aspectos negativos.

Médicos formados no exterior poderão revalidar o diploma

Estudantes de medicina que se formaram no exterior revalidarão diploma

Mais de 500 estudantes de medicina que se formaram no exterior farão um exame nacional para revalidar o diploma e poder trabalhar no país.

Polêmica, medida já recebe críticas por parte de quem ficou de fora da seleção.

As regras publicadas no Diário Oficial pelos ministérios da Saúde e da Educação trazem os conteúdos que serão exigidos dos formados no exterior. A matriz curricular –com as habilidades e competências exigidas para quem quer ser médico no país– foi formada com a ajuda de 16 universidades. “É como um guia de estudo. Fica claro que será cobrado do estudante”, avaliou Ana Estela Haddad, diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde.

Para participar do exame padrão, os recém-formados terão de se inscrever para a prova, organizada pelo Inep (órgão do MEC), e precisam ter passado por pelo menos 7.200 horas/ aula, que é a carga horária do currículo brasileiro.

O MEC ainda não definiu se o exame único será feito uma ou duas vezes ao ano. “Primeiro, vamos fazer o teste”, disse Maria Paula Dallari Bucci, secretária de Educação Superior do ministério. A estimativa é que de 2% a 5% do total de médicos que atuam no Brasil tenham feito graduação no exterior.

De acordo com o secretário Francisco Campos, um quarto dos médicos dos Estados Unidos, por exemplo, não passou por universidades americanas. No Reino Unido, um quarto da força de trabalho tem diploma de fora.

Para Edson de Oliveira Andrade, presidente do Conselho Federal de Medicina, a medida é um avanço. “Sempre defendemos que deveria haver uma regra nacional, uniforme. Os estudantes precisam saber quais são as regras do jogo, de forma clara”, afirmou.

No interior de Roraima, apenas um médico é responsável pelo cuidado da saúde de 10.306 habitantes — a região concentra o menor número de profissionais do país, proporcionalmente à população. A realidade do abandono verificada no Norte convive, no entanto, com uma contradição: mais de 600 brasileiros graduados em medicina não estão aptos a exercer a profissão no Brasil.
São pessoas que conquistaram o título de graduação no exterior, mas não têm o diploma revalidado no seu país de origem. Até agora, a única opção dos médicos formados fora do Brasil era requisitar a revalidação — pré-requisito para a conquista do registro profissional — em uma universidade pública brasileira que oferece o curso.
Esta, por sua vez, tem a liberdade de definir quando realizar o processo de avaliação e quanto cobrar por ele, que também pode ser diverso entre as instituições. A novidade, oferecida a partir de uma portaria interministerial dos ministérios da Educação e da Saúde, é um exame nacional para avaliação desses graduados. Ontem, 502 candidatos ao exame tiveram que efetivar a sua participação na seleção, marcada para o próximo dia 24.

Dos 628 inscritos no exame, 126 foram recusados por não cumprir requisitos básicos, como ter concluído uma graduação com carga horária mínima de 7.200 horas, das quais 35% desta deve ter sido destinada a treinamento em serviço/internato. O projeto piloto, porém, já causa polêmica antes mesmo de ser consagrado. Uma graduada na Argentina em 2004, desclassificada da seleção, por exemplo, conta que achou o impedimento injusto. “Informaram que eu não posso fazer as provas por não ter cumprido a carga de internato. Acontece que a universidade brasileira que negou meu pedido foi justamente onde eu fiz a maior parte do internato, a parte prática do curso, apesar de a graduação, como um todo, ter sido feita fora do país”, afirma a moça, que pediu para não ter o nome divulgado. De acordo com a nova possibilidade de revalidação, o médico deve escolher uma universidade que aderiu ao projeto para obter o diploma — atualmente, 24. A Universidade Federal do Ceará (UFC) foi a que recebeu o maior número de inscritos (99), seguida da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com 52; e da Universidade Federal do Acre (Ufac), com 48. Dos candidatos que tiveram a inscrição homologada, a maioria estudou na Bolívia (237) ou em Cuba (154).

Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, a implantação do exame nacional é positiva em todos os aspectos. “O fator fundamental para a aplicação desse projeto é a falta de uma oferta sistemática, justa e equânime. A falta dessa oferta, que agora deverá ser anual e padronizada, dá brechas para que apareçam propostas inaceitáveis de validação automática de diplomas”, aponta. Um outro fator mais crítico em relação à falta de unidade dos processos de avaliação diz respeito ao custo — segundo denúncias, enquanto algumas universidades não cobram taxa alguma, outras chegam ao valor de R$ 5 mil por diploma.

A médica formada na Argentina conta que, desde que voltou ao Brasil para exercer a profissão, já teve um gasto de mais de R$ 20 mil para ter a revalidação do seu diploma, sem sucesso. Na tentativa de conquistar o documento, a médica participou de processos em quatro universidades. No fim do ano, ela espera se formar em três cursos complementares exigidos pela Universidade Federal de Santa Catarina e obter o diploma. “Tive que fazer os cursos em uma universidade particular, e eles estão em custando R$ 16 mil. Nessa luta, eu já tive que vender meu carro e deixar meu filho com familiares por quatro meses. Eu já fui enganada por uma advogada que me cobrou R$ 3 mil, e também já fui enganada por universidades que não publicaram editais do exame de avaliação. Tudo isso para ter o direito de trabalhar no meu próprio país, onde mora minha família”, desabafa.

Larissa Leite/Correio Braziliense

Médicos residentes poderão ter gratificação natalina, bolsa alimentação e moradia

Gratificação natalina, licença gestante de 180 dias e bolsa alimentação e moradia são alguns dos direitos que os médicos residentes estão prestes a obter. Essas garantias estão previstas no Projeto de Lei 6.146/09, que tramita na Câmara dos Deputados apensado a outros dois projetos: o PL 7.055/10, de autoria do deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP) e o PL 7.328/10, do Deputado Vilson Covatti (PP/RS).

O Projeto de Lei recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), deputado Paulo César (PR-RJ), que ressaltou em seu parecer que os assuntos tratados pelas proposições fazem parte da pauta de reivindicações dos médicos-residentes. O deputado lembrou que no mês de abril os residentes realizaram, em âmbito nacional, uma mobilização a fim de assegurar alguns dos direitos já garantidos a outros profissionais.

“Consideramos o projeto de extrema oportunidade para reverter esta injustiça. Esses profissionais não apenas trabalham, mas desenvolvem duríssima jornada de 60 horas semanais, com 24 horas de plantão, sendo frequente que estas horas se multipliquem em muitas outras. Nada mais justo do que receberem também o 13º salário,” destacou o deputado em seu parecer, se referindo a primeira proposta.

Quanto a segunda proposta, referente a licença gestante de 180 dias, o relator ponderou que “as médicas, que devem orientar outras pessoas sobre o valor do aleitamento materno, não podem ser impedidas de usufruir do período mínimo de amamentação recomendado pela Organização Mundial da Saúde.”

Já em relação à terceira proposta, que prevê que as instituições responsáveis por programas de residência médica, que não proporcionem moradia ou alimentação, paguem mensalmente valores que correspondam a dez por cento da bolsa a título de auxílio alimentação e trinta por cento como auxílio moradia, Paulo Cesár analisa que esta permissão seja importante “para ampliar o número de vagas para médicos-residentes, fazendo com que mais instituições
possam candidatar-se a acolhê-los.”

Ao final de seu relatório o relator propôs um substitutivo, a fim de aglutinar todas as propostas. “Em suma, consideramos as três proposições de grande justiça para uma classe que, ainda que em período de especialização, presta serviços extremamente relevantes para a saúde dos brasileiros e para o bom andamento de incontáveis serviços de saúde,” finalizou o deputado.

O voto do relator será analisado na Comissão Seguridade Social e Família. Se aprovado, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

Bolsa auxílio em R$ 2.658,11

Outro projeto que tramita na Câmara e que também beneficia os médicos residentes é o PL 7.567/10 , do deputado federal gaúcho Vilson Covatti (PP), cujo texto estabelece o valor de R$ 2.658,11 para a bolsa auxílio dos profissionais.

Na justificativa, o parlamentar afirma que “trata-se de medida equitativa e de justiça com os médicos residentes, que tem o valor da sua Bolsa de Auxílio mantido inalterado há quase quatro anos”. Ele ressalta ainda que o reajuste não fere a lei eleitoral, regulamentada pela Lei nº 10.332, de 2001, uma vez que esta não proíbe a reposição salarial desde que não exceda à inflação anual. “Queremos recuperar o poder aquisitivo dos pós-graduandos da Medicina”, relata.

Taciana Giesel

Saúde: internet vira consultório

Estudantes de medicina trocam livros por ferramentas virtuais para auxiliar seus diagnósticos. No entanto, a divergência de informações em páginas como a ‘Wikipédia’ pode ser uma ameaça para profissionais e pacientes.

A internet invade os consultórios Estudantes de medicina vêm usando páginas como a Wikipédia e o Google como fonte de pesquisa para assuntos médicos (foto: Júlia Dias Carneiro).

A internet tem servido a cada dia mais como importante instrumento de pesquisa, principalmente entre os alunos. Recente estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, avaliou a relação de estudantes de medicina com a internet, procurando entender os impactos desse novo comportamento.

Os resultados mostram que páginas como Google e Wikipédia são as mais acessadas, apesar de serem consideradas as menos confiáveis. No Brasil, especialistas garantem que a situação é similar e sugerem que a solução está em páginas avaliadas pelos próprios profissionais.

O artigo, publicado no British Journal of Educational Technology pelos pesquisadores Terry Judd e Gregory Kennedy, observou a maneira como os estudantes de diferentes períodos acadêmicos utilizam as ferramentas em questão. Esses jovens, classificados por eles como a “Geração Internet”, vêm desenvolvendo uma conduta autodidata, recorrendo à busca de informações na rede mundial de computadores. Um dos problemas apontados está na distância entre essa geração e a anterior, de seus professores, menos acostumados a essa prática.

Periódicos on-line são fontes menos procuradas, enquanto o Google e Wikipédia ocupam o topo da lista

Os pesquisadores analisadas aproximadamente quatro mil sessões de navegação na internet, coletadas a partir dos computadores da universidade e referentes às consultas feitas por cerca de 840 estudantes.

A conclusão foi de que os periódicos on-line são as fontes menos procuradas, enquanto endereços como Google, Wikipédia e eMedicine ocupam o topo da lista. Ao contrário dos periódicos, que têm conteúdo analisado por pesquisadores de áreas específicas, essas páginas fornecem informações sem qualquer garantia sobre a qualidade do conteúdo.

Prejuízo na formação dos médicos

Judd e Kennedy explicam, em seu artigo, que a preocupação é de que essas fontes generalizadas possam alterar a informação mais especializada, interferindo em futuros diagnósticos e na formação desses estudantes.

“Os estudantes de medicina devem receber orientações sobre como apurar as fontes e selecionar dados, de modo que possam usar as informações disponíveis na internet da melhor forma”, alertam os autores.

Os questionários revelaram que os estudantes têm acesso amplo a várias fontes de pesquisa relacionadas à medicina. No entanto, na análise das sessões de navegação, elas geralmente apareceram como sugestões apontadas pelas páginas de pesquisa mais genéricas. A tese é de que há uma preocupação maior com a praticidade do que com a qualidade e confiabilidade dos recursos.

O caso brasileiro e a solução

O perigo do acesso imediato à informação está na falta de análise criteriosa da qualidade

No Brasil, a mesma situação tem sido observada nas aulas de medicina. Mauro Schechter, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que o perigo do acesso imediato à informação está na falta de uma análise criteriosa em relação à qualidade. “Assim como as revistas impressas avaliam e publicam as produções médicas mais relevantes, é preciso pensar em adaptações para analisar o que circula na internet”, salienta.

As consequências de se usar a internet como fonte para diagnósticos são observadas inclusive nas próprias consultas, às quais os pacientes já chegam com uma série de informações. Pensando na nova relação entre os profissionais de saúde e pacientes, a Fundação Oswaldo Cruz criou, no fim do ano passado, o Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Laiss), com o objetivo de indicar páginas eletrônicas que possam servir de referência na área da saúde.

Ao contrário de ferramentas como o MedPedia, uma espécie de Wikipédia restrita a conteúdo médico, a proposta do laboratório é desenvolver mecanismos que ajudem a selecionar informações, sobretudo para portais de saúde.

Ferramentas para analisar conteúdo, transparência e clareza na abordagem dos temas

André Pereira, que coordena o Laiss, explica que essas páginas seriam destinadas àqueles que já são filiados às sociedades médicas, que repassariam os resultados aos pacientes.

Essas ferramentas de avaliação devem analisar aspectos como conteúdo, transparência das fontes, facilidade de navegação dos usuários e clareza na abordagem dos temas. Dessa forma, André Pereira garante que médicos e pacientes serão bem informados.

“O médico do futuro precisa indicar não apenas os remédios ou diagnósticos, mas também páginas de internet a serem consultadas”, reflete.


Larissa Rangel

Ciência Hoje On-line

Mil bolsas para pesquisa em Medicina

Os ministérios da Saúde e da Educação anunciaram hoje o investimento de R$ 7 milhões em dois projetos de pesquisa e qualificação do ensino da Medicina.

Ao todo, mil bolsas de estudo serão distribuídas a estudantes, professores de ensino superior e profissionais de saúde. Um dos projetos, o PET-Saúde, até agora especializado em pesquisa sobre Saúde da Família, será ampliado para fazer trabalhos também em Vigilância e Saúde.

O segundo projeto, o Apoio ao Internato Médico em Universidades Federais, vai oferecer bolsas para estudantes, professores e profissionais de saúde vinculados à supervisão do estágio feito durante a graduação.

Será dada prioridade para projetos de pesquisa apresentados pelas faculdades de Medicina das instituições federais de ensino superior que não tenham hospitais universitários próprios. O valor da bolsa será de R$ 1.045 mensais para profissionais de saúde (preceptores) e professores (tutores). Estudantes monitores receberão R$ 300.

AE

Médicos formados em Cuba pedem regularização a Lula

O presidente Lula saiu hoje do carro oficial, quando chegava ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), para cumprimentar um grupo de aproximadamente 30 médicos brasileiros recém formados em Cuba.

Eles fazem parte da Comissão Nacional de Médicos e Médicas Formados em Cuba que reivindicam rapidez na aceitação do Brasil de seus diplomas. Segundo a médica Ana Marta, o presidente disse que vai conversar com o Ministério da Saúde para tentar acelerar o processo de reconhecimento.

De acordo com Ana Marta, hoje existe uma portaria, que ainda não entrou em vigor, que prevê a exigência de uma prova para aceitar os novos profissionais. Os médicos defendem outros critérios de avaliação desse exame e sua aplicação duas vezes ao ano, para permitir a entrada de novos profissionais. Segundo a médica, o presidente foi receptivo ao pedido

Morre médico que defendia parto de cócoras

Foi enterrado em Curitiba, neste domingo (27), o corpo do médico Moysés Paciornik, conhecido como um dos principais defensores do parto de cócoras. Cerca de 100 pessoas participaram da cerimônia no Cemitério Israelita Santa Cândida.

Paciornik morreu aos 94 anos na tarde de sexta-feira (26). Ele teve uma parada cardíaca após passar por uma cirurgia, em São Paulo.

Segundo Ernani Paciornik, filho do médico, mais de 60 mil partos foram realizados por ele em 70 anos dedicados à profissão. Nos anos 70, Paciornik percorreu aldeias e descobriu que as índias, mesmo com mais filhos, tinham uma musculatura mais firme que as mulheres da cidade. Surgia então o maior defensor do parto de cócoras.

O médico era reconhecido em todo o mundo por suas descobertas científicas. Foi ele também um dos primeiros médicos do país a começar o trabalho de prevenção contra o câncer ginecológico.

Gazeta do Povo

Estudo: lembranças dolorosas podem ser apagadas

Reuters

Um estudo americano abriu caminho para que um dia seja possível apagar aquelas lembranças dolorosas que muitos carregam durante a vida. Em um experimento realizado com ratos, pesquisadores liderados por Joe Z. Tsien, do Colégio Médico da Geórgia, conseguiram eliminar memórias específicas de ratos, sem eliminar outras lembranças importantes para os roedores.

O estudo foi publicado nesta quinta-feira na revista científica Neuron. Os cientistas descobriram que o excesso de uma proteína reguladora da memória, conhecida pela sigla αCaMKII, é capaz de eliminar lembranças no momento em que elas são resgatadas no cérebro. Com base nessa informação, os cientistas desenvolveram um rato transgênico e o submeteram a uma droga especial, que inunda o cérebro com a αCaMKII. Qualquer eventual memória que for lembrada neste momento, é imediatamente suprimida.

Neuron

Célula-tronco da gordura do abdome recupera coração

Pela primeira vez, São Paulo vai usar células-tronco extraídas da gordura abdominal em cirurgias cardíacas. O objetivo é verificar se elas são capazes de recuperar músculos de corações lesionados em enfartes.
Realizado pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, o estudo contará com 200 pacientes, entre 40 e 75 anos, que precisam de cirugia de ponte de safena em razão de lesões coronarianas e enfraquecimento do músculo cardíaco. Metade fará a cirurgia convencional e a outra metade receberá a injeção da célula-tronco no coração.

“A expectativa é que a célula-tronco se transforme em vasos sangüíneos e em células cardíacas, para aumentar a força do batimento na parede do coração que estava parada”, afirma o médico Marcelo Sampaio, responsável pelo Laboratório de Biologia Molecular do Dante.

Cerca de 200 pacientes entre 40 e 75 anos serão envolvidos no estudo. São pessoas que precisam passar por uma ponte de safena em razão de lesões coronarianas e do enfraquecimento do músculo cardíaco. Metade dos pacientes fará a cirurgia convencional e a outra metade receberá a injeção da célula tronco no coração.

As cirurgias experimentais deverão começar já em novembro. Segundo o cardiologista, a retirada de células-tronco da barriga é um processo simples, que pode ser feito juntamente com a cirurgia.

Polêmica: Médico nao é Dr. mas bacharel?

Os estudantes de Medicina gaúchos são contra a troca de diploma de médico pelo de bacharel em Medicina. A posição foi aprovada em assembléia no Sindicato Médico do RS (SIMERS). Eles decidiram deflagrar um grande ato nesta sexta ( 17 ), na capital, que marcará o Dia do Médico, comemorado no dia 18 deste mês, e a luta pela reversão de resoluções de universidades que já mudam a titulação.

Foi feito um documento contra a mudança, que segundo eles, só desqualifica a formação do médico e não se ajusta ao caráter de atuação da área. O documento será enviado a todos os deputados federais e senadores.

Estão mobilizados Diretórios Acadêmicos das faculdades da UFRGS, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), da PUCRS e da Ulbra, além de estudantes de diversas anos e ATMs (Associações de Turmas de Medicina).

O SIMERS e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) vão solicitar audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para mostrar o prejuízo aos estudantes e a médicos já formados que receberam diploma com bacharel em Medicina. No RS, as faculdades de Medicina da UFRGS e da UFCSPA já alteraram o nome. Acadêmicos cobraram justificativa. A desculpa foi que o MEC exigiu.

Um abaixo-assinado está percorrendo as 11 escolas médicas do Estado em busca de apoio ao movimento, que é inédito no País.  Amanhã haverá passeata e ato para mostrar à população a importância de manter o diploma de médico e que o foco deve ser a maior qualidade do atendimento e mais recursos para o SUS.

O SIMERS ingressará com ações judiciais para restabelecer o diploma para formados em 2007 e 2008 e para assegurar que quem fez vestibular e ainda cursa a faculdade não tenha de receber a denominação de “bacharel em medicina”. As ações serão impetradas nas próximas semanas pela assessoria jurídica da entidade.

Cremers

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