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“… Marta Suplicy jogou uma casca de banana na outra calçada e correu ao outro lado da rua, para escorregar nela. ”
ELIO GASPARI
Os questionamentos sobre a vida pessoal do prefeito Gilberto Kassab (DEM) no programa de TV da candidata Marta Suplicy (PT) provocaram reações negativas até dentro da campanha petista. Nesta segunda-feira, o Comitê de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) da campanha de Marta anunciou a suspensão das atividades, em represália à peça publicitária que pergunta se Kassab é casado e tem filhos.
– Foi mais do que um tiro no pé. Foi um tiro de canhão no pé. Por sua trajetória de defesa dos direitos das minorias e vítima de ataques pessoais, Marta deveria ser a última a fazer este tipo de abordagem – condenou Julian Rodrigues, integrante do LGBT do PT e do comitê pró-Marta.
Pela manhã, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-marido da candidata, procurou Marta para recomendar que ela desista dos questionamentos pessoais sobre o adversário. O marido de Marta, Luis Favre, também criticou as referências à vida privada de candidatos.
– Com toda a história dela e com posicionamento que tem adotado ao longo da vida, Marta deveria saber que uma pessoa pode ser solteira a vida toda e ter um comportamento exemplar na vida profissional e política. Não é com isso que ela vai galvanizar maior simpatia. A população escolhe um candidato pelo que de positivo ele possa realizar – disse Suplicy.
O Comitê LGBT pró-Marta pediu, em nota, a retirada imediata das inserções que questionam a vida pessoal de Kassab. No texto, o comitê enumera cinco argumentos para condenar a propaganda: violação à privacidade, incentivo ao preconceito, moralismo, a história de vida pregressa de Marta e a própria desagregação do movimento gay.
“A mensagem subliminar é que ser gay seria um demérito e comprometeria a capacidade de governar. Kassab não é – ou será – mau prefeito em virtude de sua orientação sexual (qualquer que seja) ou pela forma como leva sua vida privada, mas, sim, porque é conservador, comprometido com as elites”, diz a nota.
O Globo/Estadao
O motorista que prestava serviço para a campanha da candidata petista à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, morreu depois de sofrer um ataque cardíaco na rua Coriolano, na região da Lapa, zona oeste da capital paulista.
A assessoria de imprensa da candidata informou que o motorista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Clínicas, mas não resistiu. O profissional, que não teve o nome divulgado, estava locado na região da Lapa e fazia serviços de transporte para a campanha.
JP
O ex-prefeito Paulo Maluf, candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, é o candidato que responde a mais processos judiciais entre os que disputam as prefeituras das capitais nos estados. São sete no total, entre ações penais, de improbidade administrativa ou eleitorais.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) começou a divulgar nesta terça-feira uma lista com os candidatos a prefeito e vice-prefeito que respondem a processos na Justiça, que ficou conhecida como ficha suja. São Paulo tem três candidatos na lista da AMB.
Maluf tem quatro processos tramitando no Supremo Tribunal de Federal (STF) e outras três ações de improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Entre os processos no STF, duas ações (477 e 483) são por crimes contra o sistema financeiro nacional.
Maluf responde ainda a um processo por crime de responsabilidade e outro por crimes contra a paz pública/quadrilha ou bando/crimes contra o sistema financeiro nacional/crimes de ocultação de bens, direitos ou valor.
Sua candidata à vice, Aline Corrêa (PP), também responde a um processo no STF por crimes contra a paz pública/quadrilha ou bando/crimes contra o sistema financeiro nacional/crimes de ocultação de bens, direitos ou valor, crimes contra o sistema.
Já a candidata do PT, Marta Suplicy, é alvo de dois processos. Um no Fórum Central da Barra Funda, e outra no STF, por crimes da lei de licitações.
A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), subiu quatro pontos percentuais e divide a liderança com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida à Prefeitura de São Paulo. É o que revela a nova pesquisa Datafolha.
Segundo o Datafolha, Marta aparece com 29%, em empate técnico com o tucano, que tem 28%, um ponto percentual abaixo do registrado no levantamento anterior (fevereiro). Até então, o tucano tinha “leve vantagem”, diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. “Hoje, não existe mais”, diz. Mas a simulação de segundo turno continua dando vitória de Alckmin sobre Marta (53% a 41%).
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) está com 13% da preferência –na pesquisa de fevereiro, aparecia com 12%. Na próxima segunda-feira (31), ele completa dois anos no cargo e registra a maior taxa de aprovação de sua administração (38%). A pesquisa mostra ainda Paulo Maluf (PP) com 8% (dois pontos a menos) e Luiza Erundina (PSB) com 7% (um ponto a menos).
O instituto ouviu 1.089 pessoas nos dias 25 e 26 de março. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.