Apesar de uma Eurocopa-2008 decepcionante, o português Cristiano Ronaldo mereceu a Bola de Ouro, um prêmio entregue anualmente pela conceituada revista France Football para recompensar o melhor jogador do mundo.
Consagrado com 23 anos e 10 meses, o astro do Manchester United, que começou a jogar profissionalmente com apenas 16 anos, é o quinto premiado mais novo da história, depois de outro Ronaldo, o ‘Fenômeno’, que recebeu a Bola de Ouro com 21 anos e três meses em 1997, do inglês Michael Owen (21 anos e 11 meses em 2001), do norte-irlandês George Best (22 anos e seis meses em 1968) e do ucraniano (então da União Soviética) Oleg Blokhin (23 anos e um mês em 1975).
Esta recompensa é lógica, uma vez que Cristiano Ronaldo realizou uma temporada realmente excepcional com os ‘Red Devils’. O português foi o maior artilheiro europeu em todas as competições com 42 gols marcados, além de campeão da Europa e da Inglaterra ao término de um duelo com o Chelsea na final da Liga dos Campeões e até a última rodada da Premier League.
Rei do drible e das pedaladas, veloz, habilidoso e versátil, o português confirmou em 2008 todo o potencial percebido há cerca de oito anos pelos olheiros do Sporting Portugal, onde iniciou sua carreira profissional.
O Manchester United pagou 18 milhões de euros para contar com o então adolescente.
Nascido na ilha de Madeira, batizado em homenagem ao presidente americano Ronald Reagan, o playboy dos gramados acabou se impondo no clube de Manchester graças a seu imenso talento, apesar de o público de Old Trafford preferir jogadores “da casa”, como Ryan Giggs e Paul Scholes, ou o “pitbull” Wayne Rooney.
O português é, de fato, um jogador brilhante, mas ainda peca por sua irregularidade e seu individualismo. Sábado, no clássico contra o Manchester City, ele foi expulso de campo ao receber o segundo cartão amarelo por cortar inexplicavelmente a bola com a mão dentro da área adversária.
Além de seu individualismo, Cristiano Ronaldo é criticado por sua tendência à simulação e a “cavar” faltas e pênaltis, um defeito que, porém, está corrigindo aos poucos.
Para entrar na categoria dos melhores jogadores de todos os tempos, Cristiano Ronaldo, favoritíssimo ao prêmio Fifa de Melhor do Mundo em 2008, ainda tem que ganhar um título com a seleção portuguesa. Ele já chegou perto duas vezes, quando o brasileiro Luiz Felipe Scolari ainda comandava a seleção lusa, ao ser vice-campeão da Eurocopa-2004 e quarto colocado da Copa do Mundo de 2006. Com 23 anos, o habilidoso português tem tempo de sobra.
AFP
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