Lula – o Filho do Brasil será o filme que representará o Brasil no Oscar de 2011. É o que anunciará dentro de instantes a comissão convocada pelo Ministério da Cultura para escolher, entre 23 opções, a produção nacional que participará do processo seletivo da mais famosa premiação do cinema mundial.
A equipe de Lula – o Filho do Brasil ainda terá um longo caminho a percorrer antes de pisar no tapete vermelho. A Academia americana de cinema definirá no dia 25 de janeiro as cinco obras que disputarão o prêmio de melhor filme em língua estrangeira. A cerimônia de premiação do Oscar será realizada no dia 27 de fevereiro.
A última produção nacional a disputar a categoria foi Central do Brasil, em 1999. No entanto, a participação brasileira indireta mais recente foi de Fernando Meirelles, diretor de O Jardineiro Fiel, em 2006. O filme concorreu ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, edição, música e roteiro adaptado.
O final do longa “Lula, o Filho do Brasil” sofrerá alterações em sua versão para os cinemas do exterior. Uma delas é a troca das legendas e fotos nos créditos por dados e imagens mais recentes.
Conforme a produtora LC Barreto, o pedido teria sido feito pelos distribuidores dos EUA. A ideia é destacar a consagração do presidente brasileiro no cenário mundial.
“Em vez das fotos no Nordeste, com a família, eles querem fotos com o Obama e com a rainha da Inglaterra. Nós tínhamos isso disponível, mas evitamos na versão original para não ficar muito ufanista”, explica Luiz Carlos Barreto, fundador da produtora.
O filme estreia nesta quinta-feira, dia 22, na Argentina, com expectativas discretas por parte de produtores e distribuidores. O projeto inicial, que previa lançamento simultâneo em 50 salas, foi reduzido para 20 cópias distribuídas entre Buenos Aires, La Plata e Mar del Plata.
Nos Estados Unidos, a estreia está prevista para fevereiro ou março de 2011. A distribuição ficará a cargo da New Yorker Films, sendo que a exibição está assegurada, de acordo com a produtora Paula Barreto.
O exibidor Dan Talbot, que havia desistido do filme após a articulação política de Lula com o Irã, voltou atrás. Dono de um complexo em Nova York, ele havia hesitado por temer baixa bilheteria, uma vez que boa parte de seu público é judeu.