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Após 30 anos, Christiane F. luta contra as drogas

Christiane Vera Felscherinow ( na foto aos 15 anos durante primeiro julgamento por uso de drogas) ainda não se livrou da guerra particular iniciada em 1975 contra as drogas. Aos 43 anos, a alemã chegou a um estado que alguns médicos consideram “irreversível”: sofre de hepatite tipo C e de graves problemas circulatórios. A senhora Felscherinow é, para o mundo, Christiane F., drogada e prostituída aos 13 anos. Seu drama de vício da heroína virou best seller e filme cultuado na década de 80.

Hoje, 27 anos depois do livro, Christiane é um retrato, ainda vivo, do poder destruidor das drogas. Apenas em dezembro de 2005, o serviço público de saúde alemão registrou duas internações da paciente, que há anos passa por inúmeros tratamentos de desintoxicação. Todos, invariavelmente, não a livraram do uso de heroína.

A iminência de um “colapso circulatório com potencial risco às funções vitais” é descrita em pelo menos um relatório médico. Christiane tem de passar regularmente por sessões de hemodiálise. Mas além das agulhas e injeções hospitalares, ela sempre recorreu ao “pico” da heroína.

Sem emprego fixo, Christiane ( em foto de 2006 ) sobrevive dos royalties das obras às quais empresta sua história. A vendagem de livros e a exibição do filme, porém, têm sido cada vez mais escassos. Sua situação financeira é limítrofe: vive com dois tios e o filho de 9 anos, Jan-Nicklas, num apartamento modesto em Berlim. É seu sétimo endereço em 15 anos.

Desde que se tornou famosa ao ser “descoberta” por dois jornalistas alemães, que publicaram suas memórias em série na prestigiosa revista Stern, em 1979, Christiane tentou reconstruir a vida, sem sucesso. Chegou a anunciar que estava “limpa”, livre das drogas. Anos depois, admitiu que isso nunca ocorreu, a não ser por um período máximo de cinco meses.

Fez curso de contabilidade, mas quando começou a trabalhar num escritório acabou presa por posse de droga, em 1983. Depois, tentou ser vendedora de livros: durou três semanas na profissão. Christiane brincou de atriz (interpretou uma dançarina de boate num filme B) e foi cantora de banda punk. Nada sério.

Convicta, ela sempre diz que não se considera uma vítima das drogas. Pelo contrário, garante que faz tudo de forma absolutamente consciente.

Em entrevista ao semanário holandês De Limburger, Christiane deu um recado às milhares de pessoas que se chocam (mas que também admiram) com a sua história. “Eu nunca quis ser exemplo de nada a ninguém, acho que cada um deve saber o que está fazendo “.

O inferno de Christiane Vera Felscherinow começou em 1973, quando seus pais se divorciaram. Freqüentadora da discoteca Sound, conheceu Detlef, que se tornaria seu namorado.

Viciado em heroína e garoto de programa, Detlef introduz Christiane na “gangue do Zôo”, grupo de jovens berlinenses que usavam drogas numa famosa estação de metrô da cidade alemã.

No local, ela se prostituiu dos 13 aos 15 anos, necessitando de três “picos” (doses da droga) por dia na reta final. No início, fazia programas para completar o valor do “pico”.

Os jornalistas Kai Herman e Horst Rieck, da revista Stern, notaram a presença da garota durante uma reportagem e escreveram uma série de reportagens na publicação. Foi a origem do livro.

O ex-namorado Detlef ainda está vivo e mora em Berlim. Com filho e mulher, ele se diz limpo.

Terra

J.K. Rowling lança em dezembro o primeiro livro ‘pós-Harry Potter’

O fim da saga de Harry Potter não significou que a autora J.K. Rowling tomaria distância de histórias fantásticas envolvendo seres mágicos. Seu primeiro livro após o fim da história do bruxinho passeia pelo mesmo universo.

. Confira o trailer do novo filme de Harry Potter

Com lançamento previsto para o mês de dezembro nos Estados Unidos, “The Tales of Beedle the Bard” (sem tradução ainda para o português) traz 157 páginas de histórias sobre feiticeiros, fadas e afins. Embora seja inédito, o livro já tinha sido mencionado em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, último volume sobre o jovem bruxo.

Segundo a revista “People”, J.K. Rowling já havia feito sete cópias manuscritas do livro, que serão reproduzidas em 100 mil volumes e vendidas por US$ 100. Parte do lucro das vendas  será repassado a uma entidade que cuida de crianças em situação de risco.

People

Jayme Ovalle: Biografia de um excêntrico

Este é o primeiro livro sobre o compositor paraense Jayme Ovalle (1894-1955), personagem extraordinário do modernismo brasileiro. Sua obra musical, impregnada dos cantos amazônicos e do candomblé, tem no clássico Azulão (“Vai, azulão, azulão, companheiro…”), com letra de Manuel Bandeira, uma pequena jóia gravada até hoje por intérpretes de todo o mundo. Um folclore peculiar girava em torno da figura de Ovalle.

Excêntrico em seus modos, Jayme Ovalle (1894-1955) teve uma vida que merece ser eternizada.

Ciente disso, o jornalista e escritor Humberto Werneck se jogou na vida do compositor paraense e lança a biografia “O Santo Sujo – A vida de Jayme Ovalle”. O trabalho levou mais de 15 anos, mais de 50 entrevistas. O livro recupera sua vida familiar e amorosa, a boemia na Lapa e seu trabalho como servidor público da Alfândega, no Rio. A edição, ilustrada com 111 imagens, muitas delas inéditas, inclui discografia de suas músicas no Brasil e no mundo.

O tempo foi suficiente para retratar a vida do homem que ficou conhecido por “O místico” ou “O Santo da Ladeira”. Os apelidos decorrem de mitos em torno de sua existência.

Alguns diziam que Ovalle foi apaixonado por um manequim, por uma pomba ou se esbofeteava em frente a uma cruz em agradecimento a “mais uma noite de minha vida, bebendo, moderadamente, com soda e gelo, o meu uísque”.

Conheça mais sobre a biografia no site da editora Cosac Naify.

Livro: Paulo Maluf conta sua história

O deputado Paulo Maluf (PP – SP) é um dos políticos mais controvertidos do País e um dos principais protagonistas da história recente do Brasil. Boa parte do que viveu ao longo de 41 anos de vida pública Maluf relata, agora, em Ele, Paulo Maluf, trajetória da audácia, livro escrito pelo jornalista Tão Gomes Pinto a partir de depoimentos feitos pelo deputado.

Na maior parte do livro de 240 páginas Maluf tenta desfazer a imagem de preposto do regime militar. Não é tarefa fácil. Durante os 21 anos em que os generais ditaram os destinos do País, Maluf sempre esteve no poder, como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), secretário de Estado, prefeito nomeado e governador de São Paulo eleito indiretamente.

Maluf nunca subiu nos palanques que exigiam o fim da ditadura e foi o candidato do partido do governo contra o oposicionista Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.

Ao descrever os conchavos promovidos pelos generais, muitos deles sem prova testemunhal, Maluf procura transparecer que sua trajetória política devese mais à insistência pessoal do que propriamente aos laços que mantinha nos altos escalões da caserna.

“Paguei alto o preço de ser rotulado como o candidato dos militares sem nunca tê-lo sido efetivamente”, diz Maluf, referindo-se à disputa no Colégio Eleitoral em 1985. O deputado relata no livro que várias vezes ouviu de Delfim Netto de que em reuniões com ministros o general presidente, João Figueiredo, dizia: “Esse turco não sentará em minha cadeira.” Segundo Maluf, o candidato de Figueiredo era o próprio Figueiredo, mas os militares jogavam suas fichas no ex-ministro Mário Andreazza.

Maluf conta que enfrentou o general e acabou impondo a sua candidatura pelo PDS. “Percorri o Brasil, derrotei Andreazza na convenção do partido e acabei abandonado por meus próprios companheiros, que liderados pelo presidente apoiaram silenciosamente Tancredo. Eu tinha idéias mais arrojadas que o Tancredo, mas ele ficou com o marketing da Nova República e eu com o rótulo de candidato dos militares”, diz Maluf.

Isto É

Marília Gabriela lança livro no final do ano

Marília Gabriela está em mais uma empreitada. Além do “Marília Gabriela Entrevista”, pela GNT, e da novela “Duas Caras”, a jornalista está escrevendo um livro sobre Mulheres que Amam Demais, com previsão de lançamento para o final deste ano, pela Editora Rocco.

 A direção de arte do livro será assinada por Teodoro Cochrane, filho da jornalista, e a fotografia pelo português Jordi Burch. “Sempre me interessei pelos desdobramentos da questão amorosa. Estou entrevistando mulheres que amam demais. Numa época em que a grande reclamação é a falta de amor, há mulheres que sofrem porque vão fundo demais”, disse.

A jornalista diz, ainda, que não vai identificar suas personagens com nomes reais. A idéia é escrever em formato de mini-contos poéticos, todos em primeira pessoa, com histórias verídicas.

Globo

Livro: Clark Gable transava por interesse

O Clark Gable descrito como “jovem, vigoroso e brutalmente masculino” pelo “New York Times”, quando em cartaz num teatro da cidade, ouviu um baita desaforo ao se separar da primeira mulher: “É bom você ser o melhor ator que puder, porque jamais será um homem”.

Acontece que Dillon era uma lésbica 20 anos mais velha do que o astro que se tornou a imagem da virilidade em Hollywood, depois de “…E o Vento Levou” (1939). Era um casamento de fachada.
E Gable -o Rhett Butler que fez a cabeça de Scarlett O’Hara – teria subido a escada da fama indo para a cama com poderosos de Hollywood.

A história está em “Clark Gable – Tormented Star” (astro atormentado), do britânico David Bret, livro recém-lançado nos EUA onde narra detalhes de sua vida sexual -com homens.

“Ele era másculo, mas gostava de ser o passivo em relações com outros homens”, afirma Bret. “Era um oportunista, na verdade, o que chamo de “gay for pay”. Transava com todo mundo que pudesse interessar para sua carreira.”

Gable não foi o único astro de Hollywood a esconder relações homossexuais numa época em que ser gay era considerado doença. O mesmo fizeram Cary Grant e Gary Cooper, entre outros. Mas Bret, autor que já biografou Joan Crawford, Rudolph Valentino, ancora sua narrativa na promiscuidade do ator.

Bret ressalta os pontos menos atraentes de Gable: o mau hálito, os dentes estragados, o jeito destrambelhado e a voz efeminada -sua primeira mulher o aconselhou que vivesse gritando para transformar o timbre delicado na rouquidão sedutora que o marcou.

Filho de um rude trabalhador em campos de petróleo, Gable foi alvo da ira do pai, que o chamou de “bicha” quando ele quis estudar música e teatro. 

Único consenso entre biógrafos é que Gable só foi feliz no amor uma única vez, e com uma mulher, a atriz Carole Lombard, que morreu num trágico acidente aéreo em 1942.

CLARK GABLE – TORMENTED STAR
Autor:
David Bret
Editora: Carroll & Graf
Quanto: US$ 26 (R$ 43, em média), mais taxas, na Amazon.com; 287 págs.

Repórter da R. Stone lança livro das Celebridades

A primeira vez que Jancee Dunn desejou estar perto da música foi aos 15 anos, durante o show da banda The Hooters. Era seu primeiro show e, ao ouvir o apresentador perguntar em tom entusiasmado “vocês estão preparados para o que vem aí?”, Jancee foi levada a um estado de extrema euforia.

Alguns anos depois, em 1985, a garota de Nova Jersey conseguiu o emprego dos sonhos: ser correspondente da revista Rolling Stone, contrariando seu pai, que desejava imensamente que a filha seguisse seus passos na loja de departamentos J.C.Penney.

Desde então, Jancee teve seus textos publicados na Vogue, Vanity Fair, GQ, The Oprah Magazine e New York Times, foi VJ da MTV, correspondente do Good Morning America e se especializou em entrevistar celebridades.

No livro “Chega de Falar de mim…”, lançado no Brasil pela Panda Books, a autora relata momentos divertidos de sua infância e bastidores de entrevistas com incontáveis (e às vezes irritantes) pessoas, as mais famosas do mundo. Entre elas: Madonna, Cameron Diaz e Beyoncé.

Ela subiu até as Montanhas Rochosas, no Canadá, para caminhar com Brad Pitt; fugiu dos paparazzi, que a consideraram a nova namorada de Ben Affleck; tomou lanche na casa de Dolly Parton e dançou no palco com os Beastie Boys.

Entre uma história e outra, a jornalista ainda dá ótimas (e hilárias) dicas de como proceder em entrevistas com celebridades. Como entrevistar uma banda de ressaca, como controlar o pânico ao conversar com alguém extremamente famoso ou como lidar com a questão das drogas, que está sempre à espreita no mundo do show business.

Uma ótima leitura para curiosos, amantes da música, fofoqueiros de plantão e aspirantes a jornalistas! Ou seja, praticamente todo mundo.

Panda/NF

Cineasta David Lynch vem ao Brasil

Quem desembarca no Brasil em agosto é David Lynch. O cineasta americano vai passar por São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília para lançar seu livro “Em Águas Profundas: Criatividade e Meditação”. Na verdade, ele deveria baixar por aqui em julho próximo, pra participar da Festa Literária Internacional de Parati (Flip), mas por conta de sua agenda lotada, precisou cancelar a viagem.

 

* Em seu livro, Lynch fala de filmes, espiritualismo, meditação e sobre a própria vida em 84 breves textos. O material foi reunido durante as três décadas em que ele realiza palestras sobre a prática da meditação que, segundo o diretor, o ajudou a concentrar suas energias.

Glamurama

Harry Potter : Juiz diz que livros são confusos

O juiz encarregado do caso sobre a publicação de uma enciclopédia não-autorizada sobre a série de livros Harry Potter afirmou à autora, J.K. Rowling, durante o julgamento, que os livros são “confusos”.

Segundo informações da imprensa britânica e americana, o juiz Robert Patterson Jr. teria usado o termo gibberish para se referir aos livros, que, em inglês, significa algo cheio de balbuciação ou sem sentido.

De acordo com ele, “um guia de referência sobre a série e seus personagens seria útil”.

As afirmações foram feitas no último dos três dias de audiência sobre a publicação de uma espécie de enciclopédia sobre a série de livros. O autor da compilação é o ex- bibliotecário Steven Vander Ark, um fã assumido das histórias do bruxinho e criador de um site na internet sobre as histórias.

J.K. Rowling tenta bloquear a publicação do guia e afirma que a obra infringe seus direitos autorais, já que o autor teria “roubado” suas idéias em formato A-Z.

A decisão judicial sobre a publicação da enciclopédia ainda deve demorar algumas semanas. O veredicto será de responsabilidade do próprio juiz, e não será decidido por um júri.

Reuters

Livro: Cartas a um jovem investidor

Gustavo Cerbasi conseguiu ainda muito jovem, aos 31 anos de idade, a proeza de conquistar o seu primeiro milhão de reais. É chamado de O Profeta por alguns. No gênero Finanças Pessoais, é um dos autores mais vendidos no país.

Agora, divide a sabedoria que tem com aqueles que pretendem não só ficar ricos com a conquista do primeiro milhão, mas também manter as finanças em dia, aprendendo a colocar o dinheiro em aplicações mais rentáveis que a caderneta de poupança — entre os quais fundos multimercados e ações.

No livro, ele dá várias dicas de como conquistar um bom resultado nos investimentos financeiros, uma delas diz respeito ao saber, primeiro, como conter gastos pessoais.

Cerbasi escreve as cartas não só para investidores jovens, mas também para jovens investidores de idades mais avançadas. “Já vi várias senhoras aposentadas se tornarem grandes investidoras em ações. Daqui a alguns anos você deixará de trabalhar, por vontade própria ou não. É fundamental entender que sua renda atual serve não somente para sustentar o mês corrente, mas para sustentar sua vida. Por isso, ao menos uma parte dessa renda deve ser posta para trabalhar num plano de previdência, em fundos de investimentos de onde tirar o sustento de uma vida confortável na aposentadoria”, ressalta.

 Em Cartas a um jovem investidor, o autor faz comparações entre as diversas modalidades de aplicações. “Se você começar a guardar R$ 100 por mês na poupança, considerando uma rentabilidade média de 0,4% ao mês, descontada a inflação, em 40 anos terá acumulado cerca de R$ 145 mil. Se cuidar com mais carinho do seu dinheiro e correr atrás de ganhos médios de 0,8% ao mês em um fundo multimercado, por exemplo, acumulará no mesmo período algo em torno de R$ 560 mil”.|

http://www.campus.com.br

Editora Campus/Elsevier / 190 páginas | Preço: R$ 33,90.

Autor -Gustavo Cerbasi é mestre em Administração / Finanças pela FEA/USP, formado em Administração Pública pela FGV, com especialização em Finanças pela Stern School of Business – New York University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA). 

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