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Leite: Bomgosto anuncia fusão e fica lider no mercado

A Bomgosto anuncia hoie sua fusão com a Leitebom. Será batizada de LBR.
As fabricantes de leite e derivados Bom Gosto e Leite Bom anunciaram hoje fusão de suas operações.

Será criada uma nova empresa, a LBR Lácteos Brasil SA, que já nasce como uma das maiores do setor, ao lado das gigantes Nestlé e BRF-Brasil Foods.

Dona de marcas como Parmalat, Paulista, Poços de Calda, Líder e Glória, a LBR tem faturamento inicial estimado pelas empresas em R$ 3 bilhões por ano.

A LBR começa com a captação de 2 bilhões de litros de leite anuais -o volume captado pela Brasil Foods, antiga Perdigão, é estimado em 1,7 bilhão de litros e o da Nestlé, em 2,1 bilhões de litros.

As operações da nova empresa dividem-se em 30 unidades de produção, com 6.400 funcionários.

A LBR também estreia com o apoio do BNDES, que já detinha participação de 30% no capital da Bom Gosto. O banco de fomento manterá a fatia na nova empresa e, para isso, fará um aporte de R$ 700 milhões na LBR.

Do total, R$ 400 milhões serão injetados via aumento de capital e outros R$ 250 milhões devem entrar no caixa da empresa após uma subscrição privada de debêntures conversíveis em ações.

A Leite Bom é controlada pela Monticiano, holding do grupo GP Investimentos. Em 2009, fez um acordo operacional com a Laep e passou a operar a maioria dos ativos da Parmalat no país e a deter o direito de uso da marca por seis anos.

Na ocasião, a Leite Bom apresentou-se como candidata a consolidadora do setor e já especulava-se sobre uma associação com a Bom Gosto.

A LBR terá no comando Fernando Falco, atual presidente da Leite Bom e ex-diretor de lácteos do Bertin -hoje nas mãos do grupo JBS.

O fundador e presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, será copresidente do Conselho de Administração da LBR. Fersen Lambranho, da GP, ocupará a outra cadeira na presidência do conselho.

Por meio da Monticiano, o grupo GP será o acionista majoritário da LBR, com uma participação de 40,5%. O BNDES terá 30,3% do capital e a Bom Gosto, 26,3%.

Nestlé fica com a Parmalat no RS

A Laep Investments – que controla a Parmalat – aceitou a proposta da suíça Nestlé para a aquisição da unidade de Carazinho, no Rio Grande do Sul, por R$ 101.871.902,59.

A planta, que era a maior fábrica da Parmalat no país, foi arrendada por 35 anos, com opção de compra, pela Nestlé em julho deste ano.

Desde o início, a intenção da Nestlé era adquirir a unidade, mas a venda do ativo em Carazinho dependia de autorização judicial, já que a Parmalat Brasil ainda está em recuperação judicial após a crise na matriz italiana em 2004. Diante da situação, foi aberto um leilão judicial para a venda da unidade e fixado um preço mínimo. A Nestlé, a única a fazer uma oferta no leilão, apresentou a proposta de R$ 101 milhões ao juízo da Vara de Falências e Recuperações de São Paulo.

Ontem, a Laep Investments, controladora da Parmalat, comunicou que aceitava o negócio. Agora, o juiz do processo tem de homologar a proposta da Nestlé, o que a empresa suíça espera que ocorra rapidamente. Conforme comunicou a Parmalat, o pagamento da Nestlé será feito ” com compensação de créditos de contrato de arrendamento e transferência de fundos ” .

A aquisição de Carazinho pela Nestlé era certa após o arrendamento. A empresa assumiu a unidade em agosto e, com ela, avança no projeto de ampliar a participação no mercado nacional de lácteos. Na planta do Rio Grande do Sul, que tem capacidade de processamento de 1,6 milhão de litros por dia, há linhas para produção de leite longa vida, leite em pó, leite condensado e creme de leite.

A Parmalat Brasil foi comprada pela Laep Investments em 2006. Desde 2007, a empresa voltou a enfrentar dificuldades no mercado e a Laep teve de se desfazer de vários ativos.

Valor

Gaúcha Bom Gosto assume Parmalat de Garanhuns

A companhia de laticínios gaúcha Bom Gosto assumiu hoje a operação da fábrica que pertencia à Parmalat em Garanhuns, no interior de Pernambuco, com capacidade para processar 500 mil litros de leite por dia.

A unidade é a primeira da Bom Gosto no Nordeste e foi adquirida por R$ 31 milhões em fevereiro. O presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, disse que, atualmente, a planta processa 200 mil litros por dia e o objetivo é aumentar gradativamente o uso da capacidade instalada.

A produção de leite longa vida, que representa 90% do total, leite tipo C, creme de leite, leite condensado e leite em pó é distribuída na Região Nordeste.

A companhia irá estimular o desenvolvimento da bacia de leite junto com o aumento de produção e deve transferir matrizes de gado leiteiro para a região. A unidade recebe matéria-prima de 700 produtores rurais.

Com a nova unidade, a Bom Gosto – que tem sede em Tapejara (RS) – soma 19 plantas industriais e capacidade instalada para processar 4 milhões de litros por dia. Além do Nordeste, a empresa também irá expandir a produção industrial para o Uruguai, onde pretende construir uma planta para 400 mil litros por dia.

Parmalat quer vender tudo menos a marca

Endividada, sem caixa e com a credibilidade arranhada no mercado, a Laep, controladora da Parmalat, decidiu colocar boa parte dos seus ativos à venda. Nos últimos dias, começou a oferecer a concorrentes e fundos de private equity imóveis, fábricas e marcas consideradas não estratégicas, como a Glória.

O fundador da Laep, o empresário e colunável Marcus Elias, está disposto a vender tudo. Menos a marca Parmalat. Até fazendas, vacas, um jato e um helicóptero foram incluídos no pacote. A empresa tem urgência em fazer caixa para continuar tocando o negócio. A proposta de venda de ativos – já aprovada em reunião de Conselho de Administração e enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – será discutida na assembléia de acionistas convocada para o dia 12 de dezembro.

A decisão alteraria o plano original apresentado aos investidores no prospecto do IPO (oferta inicial de ações), feito em outubro do ano passado. Até o início do ano, a Laep era a quarta maior produtora de lácteos do País, atrás apenas de Nestlé, Perdigão e Itambé. Depois de uma série de aquisições, chegou a captar 4 milhões de litros de leite por dia. Agora, sua captação caiu pela metade e pelo menos três fábricas estão paradas.

A situação é dramática: as ações caíram mais de 90% este ano e valem R$ 0,47. Para piorar, os bancos pequenos e médios, que costumavam emprestar dinheiro para a Laep, cortaram o crédito. Procurada, a empresa não quis dar entrevista. As negociações estão só no começo, segundo fontes próximas à companhia. Mas a expectativa de arrecadação não é muito grande. Afinal, o momento não é propício e boa parte dos ativos tem baixa liquidez.

Estadão

Falta leite na Argentina

A crise na Argentina está se agravando. Desde ontem, os supermercados começaram a racionar a venda de produtos por causa do bloqueio feito nas estradas por produtores rurais, que protestam contra o governo. No Mercado Central de Buenos Aires, que concentra a maior parte das frutas e verduras vendidas na cidade, a chegada de produtos começou a diminuir na quinta-feira.

O La Nación diz que pode haver desabastecimento de leite entre hoje e amanhã porque os produtores não conseguem manter o produto estocado em caminhões parados por muito tempo. Ou a entrega é feita rapidamente ou o produto estraga, e os ruralistas prometem liberar as estradas somente a partir deste domingo à noite.

A Igreja se manifestou publicamente com um pedido de “grandeza” para ambas as partes. A iniciativa acabou gerando novas trocas de acusações entre governo e ruralistas.

A crise começou há quase três meses quando o governo argentino decidiu aumentar os impostos sobre os produtos destinados à exportação. E não há solução à vista para que ela termine.

Leiam aqui no La Nación.

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