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A morte do último cangaceiro

Morreu aos 100 anos um dos últimos cangaceiros que pertenceu ao grupo do legendário Lampião e sua mulher, Maria Bonita. Seu apelido era “Moreno”, seu nome verdadeiro, José Antonio Souto. Ele entrou para o bando a convite pessoal de Lampião.

Era viúvo de Durvinha (à dir., na foto), que também integrou o movimento que aterrorizou o sertão do Brasil na primeira metade do século  passado e fi cou conhecido como cangaço.

“Moreno”, morreu na tarde de segunda-feira. Ele morava com a família. Vivia em Minas Gerais há 70 anos e foi para este Estado com o objetivo de procurar tranquilidade para viver com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida como Durvina, que morreu em 2008.

Moreno, que era pernambucano, mas passou a infância e adolescência na cidade cearense de Brejo Santo, deixou o Cangaço em 1940, dois anos depois da morte de Lampião. Fugiu do Nordeste de pé, deixando um filho com um padre, que somente foi identificado em 2005. Ele  é policial e mora no Rio de Janeiro. A beira da morte, o casal de cangaceiros resolveu contar para os filhos, que nasceram em Minas Gerais, a verdadeira história de suas vidas.

Segundo Nely Maria da Conceição, 60 anos, filha do casal, o pai já pedia para morrer há mais de dois anos, sempre chamando pela mãe. “Depois da morte de Durvina, em 2008, ele entrou em depressão e sempre falava assim ´Mãezinha vem me buscar. Já vi tudo que tinha pra ver. Quero encontrar Durvina´. Ele estava sofrendo muito”, disse.

Morre a última cangaceira do bando de Lampião

Considerada a última integrante do bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Jovina Maria da Conceição Souto, de 93 anos, morreu anteontem em Belo Horizonte, onde vivia desde a década de 1940 com o marido José Antônio Souto, de 98 anos, o “Moreno”. O casal conseguiu escapar do ataque das forças federais que dizimou o grupo de Lampião em 28 de julho de 1938.
O casal se estabeleceu na capital mineira com outros nomes durante cerca de 70 anos. O casal só revelou o passado aos filhos há três anos.

O corpo de Jovina, conhecida como “Durvinha”, foi enterrado na tarde de ontem no Cemitério da Consolação. O sepultamento foi acompanhado pelo marido. Durvinha morreu em conseqüência de um acidente vascular cerebral (AVC).

Estadão

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