Morreu na tarde desta sexta-feira (9), no Rio de Janeiro, o jornalista e político Artur da Távola, do PSDB. As causas da morte, de acordo com a assessoria, foi um problema no coração. Ele já havia sido internado no hospital em 2007 para a colocação de marcapasso.
Artur da Távola era reitor de uma universidade e diretor da rádio Roquete Pinto FM.
O jornalista Paulo Alberto Artur da Távola Moretzsohn Monteiro de Barros começou sua vida parlamentar em 1960, como deputado federal do PTN pelo antigo Estado da Guanabara. Dois anos depois, ele se elegeu deputado constituinte pelo PTB. Era considerado um político discreto.
Um dos fundadores do PSDB, Távola era um política experiente: foi presidente do partido entre 95 e 97, líder da bancada tucana na Assembléia Constituinte, em 88, e candidato a prefeito do Rio, no mesmo ano. Em 2001, ocupou o cargo de secretário das Culturas do município do Rio, por nove meses. Saiu para assumir a liderança do governo Fernando Henrique no Senado.
Paulo Alberto foi cassado pelo regime militar e, no período de 64 a 68, viveu na Bolívia e no Chile. Na volta ao país, passou a usar o pseudônimo de Artur da Távola.
Ele era o mais antigo funcionário em atividade da Rádio MEC, onde estreou em 1957 e apresentava um programa sobre música clássica. Durante 15 anos, assinou uma coluna sobre televisão em O Globo. Trabalhou também na extinta Bloch Editores, que editava a revista Manchete, e em O Dia.
O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias no estado pelos “grandes serviços prestados ao jornalismo e à vida pública brasileira.” Segundo a nota oficial, Artur da Távola foi grande protagonista da vida pública brasileira durante as últimas três décadas.
NF/GovRio