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#BEATLES: Assassino de John Lennon é transferido de prisão

Mark David Chapman, o assassino de John Lennon, foi transferido da prisão de segurança máxima Attica, no estado de Nova York, nos Estados Unidos, para a prisão de Wende, no mesmo estado, na terça-feira, dia 15. Chapman está preso desde 1981.  O motivo da transferência não foi divulgado,

“Se eles estiverem cumprindo uma sentença longa, como o senhor Chapman, há uma grande probabilidade de que isso [a mudança] ocorra, como aconteceu”, disse o porta-voz do governo do estado de Nova York.

Em 8 de dezembro de 1980 Champman atirou em John Lennon em frente ao edifício Dakota,  na cidade de Nova York, onde o ex-Beatle vivia com a mulher Yoko Ono e o filho do casal, John Yoko Lennon. O crime chocou o mundo e calou um dos artistas mais venerados de todos os tempos.

Desde 2000, quando o assassinato completou o tempo mínimo de 20 anos, os advogados de Chapman tentam obter  liberdade condicional para seu cliente. A última tentativa foi feita em 2010.  A próxima audiência está marcada para agosto deste ano. Chapman cumpre prisão prisão perpétua.

Terno de John Lennon usado na capa de “Abbey Road” vai a leilão

O terno branco que John Lennon usou para aparecer na capa do disco “Abbey Road” está entre os itens que serão leiloados em Connecticut, Estados Unidos, no dia 1º de janeiro.

Além do terno, um paletó que Lennon usou no clipe de “Imagine” e um veículo Chrysler de 1972 que pertenceu ao cantor e Yoko Ono também fazem parte do leilão.

O proprietário da casa de leilões, Gary Braswell, declarou que o dono do terno decidiu vender a peça devido a problemas financeiros. Em 2005, a peça foi vendida por US$ 120 mil (cerca de R$ 200 mil).

Paulo Borgia

Oito de Dezembro de 1980, o dia em que o sonho acabou…


No dia 10 de abril de 1970, o mundo tremeu e chorou. Não era nenhum atentado, explosão nuclear, invasão ou início de alguma nova guerra.

Neste dia, o então Beatle Paul McCartney lançava oficialmente seu disco solo “McCartney”. Nele estava inserida uma auto-entrevista em que deixava claro que os Beatles não mais existiam.

O dia 10 de abril de 1970, entrou para a história como data oficial do fim da banda britânica “The Beatles”.


Os Beatles revolucionaram e marcaram gerações, coisa que não se repetiu até hoje.

Esta banda de rock formada em Liverpool, Inglaterra, no final da década de 1950, por John Lennon (guitarra e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal), obteve uma fama, popularidade e notoriedade até hoje inéditas para uma banda musical, e tornou-se a banda de maior sucesso e de maior influência do século XX e quem sabe, de toda a história da música pop.

Os “garotos de Liverpool”, como eram chamados na época, não tiveram apenas impacto na música, mas também influenciaram as roupas, os cortes de cabelo e o comportamento dos jovens daquela geração. Foi então cunhado o termo beatlemania.

Os Beatles foram aclamados pelo público e a crítica, vendendo mais de um 1,5 bilhões de álbuns em todo o mundo.


Mas mesmo com o fim da banda, fãs espalhados por todo o mundo nutriam uma “fantasia”, uma “esperança” de que em algum momento “os quatro de Liverpool” poderiam voltar a tocar juntos. Se não para sempre, pelo menos um disco, um concerto, um show.

Na noite de 8 de dezembro de 1980, o sonho realmente acabou.
Quando “John Winston Lennon” voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP “Double Fantasy” em frente ao Dakota.

Lennon dando autografo, minutos antes de ser assassinado por este fã na foto!!!

Este “dito” fã dos Beatles e de John, que prefiro não declinar seu nome, acabou atirando e matando John Lennon com um revólver calibre 38.
Não, o sonho não acabou. Lennon, como George, Paul e Ringo, lapidaram na história da humanidade uma mensagem de “paz e amor” que jamais será esquecida.

Releitura: Paulo francis e o assassinato de John lennon

Na data em que John Lennon faria 70 anos é muito oportuna a releitura deste artigo de Paulo Francis. Trata do assassinato de John Lennon e daquilo que o jornalista definiu como canibalismo de celebridades . Só o título do artigo, escrito ainda no calor do assassinato,  já encerra um tratado sobre o assunto.Publicado na Folha de S. Paulo de 10.12.1980.

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CINCO TIROS ABREM NOVOS NEGÓCIOS 

Paulo Francis

John Lennon, compositor, cantor, músico, o “pai” dos Beatles, foi assassinado à uma hora da manhã (hora de Brasília) de ontem, por um vagabundo, Mark Chapman, que disparou nele seis tiros de um revólver 38, acertando cinco. O crime aconteceu no saguão de um dos prédios mais famosos de Nova York, a oeste do Central Park, o Dakota (que a maioria dos brasileiros conhece como cenário do filme de Roman Polanski Rosemary’s baby, com Mia Farrow e John Cassavetes). Lennon estava acompanhado da mulher, Yoko Ono, e dois cavalheiros ainda não identificados.

Chapman esperou por ele horas no saguão, sem ser incomodado pelos agentes de segurança do prédio (cuja maioria dos moradores é celebridade, gente como Lauren Bacall etc.) que provavelmente, como é freqüente em Nova York, estavam bêbados ou dormindo. Lennon tinha 40 anos. Chapman, de Atlanta, Geórgia, conterrâneo de Jimmy Carter, tem 25.

A polícia, chamada ao local, apreendeu facilmente Chapman, que largou o revólver depois de esvaziá-lo, sorrindo, certo (e está certíssimo) que do anonimato se tornará, como Lennon, uma celebridade. Esse o motivo aparente do crime. O canibalismo de celebridades que é rotina neste país (e no Brasil e todo o mundo ocidental), graças a um sistema de comunicações que evita assuntos sérios, mas que fornece um “circo” permanente, obsessivo, avassalador, sobre a vida dos bem-sucedidos e ricos, excitando sentimentos contraditórios, da adoração bocó dos fãs à frustração homicida, que às vezes se manifesta a la Chapman.

É tolice atribuir o crime à violência de Nova York. Chapman estava em Nova York havia apenas duas semanas, proveniente de Atlanta (trabalhou um tempo no Havaí, como guarda de segurança, vulgo “vigia”). Em Nova York não é possível comprar armas de fogo sem extensa e prévia investigação policial (estou falando do mercado legal, naturalmente). Em Atlanta, onde recentemente 12 crianças negras foram assassinadas, é possível comprá-las em qualquer armazém…

A polícia de Nova York é treinada em paramedicina. Tentou ressuscitar Lennon, aplicando-lhe técnicas recomendadas, sem sucesso. Uma ambulância recolheu Lennon, que ainda falou aos médicos, dizendo quem era (”Meu nome é John Lennon”) mas foi pronunciado “D.O.A.”, morto ao chegar, no Hospital Roosevelt, a 13 quarteirões do Dakota. A causa: hemorragias incontroláveis.

A nova celebridade, Chapman, está presa. Não precisa declarar nada. Pode exigir a presença de um advogado. Se não tiver dinheiro para pagá-lo, o Estado paga. É a lei. Se for chamado de assassino pela imprensa, um juiz poderá anular o julgamento, considerando-o preconceituoso contra o réu, presumindo-o culpado antes que um júri o condene ou absolva. É também a lei. Mas o provável é que se determine que Chapman é um psicopata, ou seja, passará o resto da vida num manicômio judiciário, vendendo direitos de lhe filmarem a vida, “escrevendo” memórias, vendendo entrevistas etc. Neste país tudo é faturável. A polícia já o chamou de “whaco” (demente, em gíria), pois a polícia conhece como ninguém como funciona o processo judiciário americano.

O canibalismo continua depois da morte. Fãs histéricos cercam o Dakota, cantando músicas dos Beatles. Ringo Starr, o primeiro dos ex-companheiros de Lennon a chegar aos EUA, de Londres, teve de ser protegido pela polícia, em face da malta de fãs que queriam depredá-lo, amorosamente, claro… A aventureira japonesa Yoko Ono, herdeira da fortuna dos 150 milhões de dólares de Lennon, também está representando “Madame Butterfly”, vítima trágica do destino, que lhe roubou o homem amado. Também há bons negócios à vista para a viúva. Todo mundo está faturando, de estações de rádio à TV, que tocam incessantemente as músicas dos Beatles e continuam o canibalismo do cadáver. É a sociedade do consumo, em seu aspecto mais grotesto.

John, Paul, Ringo, George, filhos da Guerra Fria

Em nenhuma época um conjunto de música popular fez tanto sucesso como os Beatles. De certa maneira, eles são o símbolo mais à mão da chamada contracultura da década de 1960. Nunca tiveram o prestígio entre as elites do movimento de um Bob Dylan (cujas letras parafraseavam poemas de Eliot e outros heróis do modernismo da alta cultura. Hoje Dylan é um “renascido em Cristo”, à la Jimmy Carter, apesar de judeu de ascendência), ou de Jimi Hendrix, considerado o supremo inovador do rock, que morreu, como sua par, Janis Joplin, de uma dose excessiva de drogas.

E só no início, que pouco chegou ao grande público, os Beatles tinha a agressividade da classe trabalhadora inglesa característica dos mais famosos produtos dos “Rolling Stones”, de Mick Jagger (cuja “The Citadel” nos diz mais sobre a guerra do Vietnã do que o excelente filme de Francis Ford Coppola, “Apocalipse agora”). Os Beatles se sofisticaram muito sob a mão de um gerente de gênio, Brian Epstein, outro viciado em drogas, que se suicidou em 1967, e que, homossexual, parecia exercer uma tutela absoluta sobre os quatro Beatles, Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison.

O segredo dos Beatles, depois de “peneirados” por Epstein, é simples: limpeza. O rock nasceu uma mistura de jazz e música montanhesa americana, sob o signo das cadeiras rebolantes de Elvis Presley. Foi, apesar de adorado pela garotada, uniformemente condenado pela classe dirigente americana, de que Time era um dos símbolos (até 1968, quando perdeu quase todo o prestígio), e Time escreveu longos editoriais sobre a imoralidade de Elvis, “O Pelvis”, como o apelidaram.
Quando os Beatles chegaram ao quarteto final, depois de se chamarem “The Quarrymen” e outros nomes, eles, apesar de virem das favelas de Liverpool, faziam músicas românticas, chorosas, sem qualquer sofisticação de contexto e, depois que Epstein os vestiu de ternos e lhes aparou os cabelos (relativamente), os Beatles produziram um rock acessível aos valores da classe média, sem os “excessos” prévios e posteriores de Elvis e Jagger, respectivamente.

Eles se sofisticaram bastante musicalmente, em Sgt. Pepper’s, um disco divertido, de “Lucy” (supostamente sobre LSD, mas Lennon em entrevista a Playboy diz que foi tirado de Alice no País das Maravilhas. Ele pensa que isso confere inocência à música. Alice é bem mais pervertida do que LSD…), mas não há dúvida que foram as composições mais simples, “Love me do”, “I wanna hold your hand”, “Help” etc., que lhes angariaram os milhões de fãs, que lhes garantiram a venda de 250 milhões de discos, ou mais, o que levou John Lennon a dizer que o grupo era mais popular que Jesus Cristo.

Isso irritou muita gente. Nunca entendi por quê. Jesus não foi popular em vida. Terminou crucificado. Jesus não penetrou no mundo judeu, muçulmano e ateu. Os Beatles penetraram até na URSS (clandestinamente, no mercado negro, mas aos milhões…).

O charme da música deles sempre me escapou, o que deve ser um problema geracional (se bem que o antigo Dylan e o Jagger de “The citadel” e “Helter skelter” me diziam muito, não sempre agradável) de quem foi educado sob jazz “hot” e “cool” e o rápido mas inesquecível “bepop”, talvez o maior salto qualitativo da música popular neste século.

Mas, sociologicamente, eles sempre foram interessantes. Aquela choradeira infantil que os celebrizou, o romantismo quase hilariante de baladas como “Yesterday” representavam certamente o estado de espírito de uma geração que emergiu na década de 1960, depois que as tensões totalitárias da guerra fria se abaterem quando Kennedy e Kruschev decidiram não destruir o mundo em face da presença de mísseis nucleares soviéticos em Cuba, 1962.

As crianças da década de 1960, nascidas sob o ruído dos aviões a jato, dos mistérios da eletrônica, sob o terror nuclear, sem qualquer acesso ao poder democrático (…) crianças que nasceram quando os conceitos de religião, família e outras âncoras tradicionais haviam desaparecido sob o impacto da revolução capitalista-tecnológica-tecnocrática, tentaram criar o mundinho delas, de “quero segurar sua mão” e “socorro” (este quase um apelo direto). Renegaram a maneira de vestir, a maneira de pensar, a suposta ética de trabalho, de competição (a corrida entre ratos), o totalitarismo cultural da minha e precedentes gerações.
Era, claro, uma revolução impossível, pois, em verdade, foi faturada pelas mesmas forças capitalistas, tecnológicas e tecnocráticas que dirigem o mundo. A contracultura nada mais foi que uma variante da sociedade de consumo. As pobres crianças tentaram saída, recorrendo ao misticismo do Leste (no pseudomisticismo de Herman Hesse, na maioria dos casos), ao uso das drogas, o que equivale a montar num tigre (Quem monta num tigre acaba no estômago do tigre…) e, finalmente, encontraram uma causa na guerra do Vietnã, em que era possível, enfim, lutar contra (não por) alguma coisa, a crueldade inominável dos EUA, do establishment, no sudeste da Ásia.

A música foi naturalmente a linguagem mais acessível a essa geração.

Mas crianças envelhecem, Lennon está certo em dizer à Playboy que os Beatles não fazem mais sentido em 1980, que os Beatles eram os anos 60, ainda que o verdadeiro motivo dele seja o ódio incontido que revela nesta mesma entrevista contra seu ex-companheiro Paul McCartney (ele e John criaram a maioria das composições mais célebres dos Beatles), porque McCartney continua sendo o músico mais popular do mundo, enquanto que ele, John Lennon, teve uma década de 1970 repleta de fracassos.

O último disco que lançou Double fantasy, estava fazendo um certo sucesso e um compacto do dito, “Starting over”, está entre os dez mais vendidos. Mas Lennon permanecia muito atrás de McCartney. Ringo e Harrison nunca tiveram o mesmo destaque.

O último símbolo de um sonho impossível

Depois da morte de Epstein, os Beatles começaram a se dissolver. São dois os motivos: disputas de espólios da empresa em que eram sócios, a “Apple”, e, principalmente, as mulheres de John e Paul, Yoko Ono e Linda Eastman. Linda é herdeira da Eastman-Kodak, o que dispensa comentários.

Foi “groupie” de grupos de rock, ou seja, prestava serviços de cama a qualquer tamborineiro famoso, a pedidos. Conseguiu porém fisgar Paul McCartney e lhe domina a vida, inclusive participando do conjunto dele, Wings, apesar de não ter nenhum talento. É mais velha que Paul. Ele parece até hoje uma menina. Esse tipo de mulher é o que se chama eufemisticamente “órgão de alicate”. “Prende” o homem dela em partes vitais. E Linda não se deu com sua equivalente Yoko Ono, que John Lennon, órfão de mãe, bebê e abandonado pelo pai, chamava (e o que mais poderia ser?) de mamãe.

Foi o choque entre Yoko e Linda que provavelmente destruiu os Beatles. Yoko, japonesa, se autodescreve como “escultora” e da “alta sociedade de Tóquio”. É quase certamente uma gueixa, mas de “alicate”, e dominou completamente a vida de Lennon, o que ele confessa prazerosamente na entrevista à Playboy. Freud explica. Sempre explica.

Se Yoko se arrumou, soube dar a John Lennon fortuna e proteção.

No auge dos Beatles, Lennon favorecia causas radicais. Marchou contra a guerra do Vietnã. Fez experimentos perigosos com drogas, filmes que contrariavam a moral vigente (um sobre o próprio pênis), se tornou feminista etc. Sob Yoko, milionário, parecia mais criatura de astrologia, comedor de macrobiótica, “mãe de família” (ele cuida do filho do casal, Sean, de 5 anos, enquanto ela dirige os negócios da família), e, coisa inconcebível num radical, chagou a dar uma contribuição de mil dólares para a compra de coletes à prova de bala para a polícia de Nova York, a mesma polícia que sob o pretexto de que era drogado tentou deportá-lo até que todo mundo depôs a favor dele e conseguiu permanecer em Nova York, a polícia que não o protegeu do assassino quando morreu na cidade que mais amou.

A morte dele é o fim de uma época, talvez a última que conheçamos em que uma geração de jovens talentosos, como os Beatles, tentou humanizar o nosso mundo de poderes impiedosos, impessoais e letais. Que John Lennon tenha morrido um milionário egoísta, rancoroso, vivendo no casulo de uma japonesa aventureira, não diminui as boas intenções iniciais dos jovens revoltosos dos anos 60, ainda que o fim dele, mesmo antes de morrer, também revele a ingenuidade dos métodos e aspirações que abraçaram.

Com Lennon se foi, não só uma era, nos parece, mas um anseio de simplicidades que se tornaram aparentemente impossível em nosso tempo.

John Lennon: bacana, simples e tocante a homenagem do Google

The Beatles: o primeiro concerto há 50 anos

Foram The Quarrymen, The Beetles, The Beatals, Johnny and the Moondogs, Long John and The Beetles e The Silver Beatles. Em Agosto de 1960, adoptaram o nome que os tornaria imortais: The Beatles deram o primeiro concerto há 50 anos.

Num clube em Liverpool um grupo de jovens músicos encontrava um novo baterista. E logo depois mudava de nome. A partir de então passaram a apresentar-se como The Beatles, partindo quatro dias depois para Hamburgo para uma primeira temporada intensa de concertos que acabaria por representar um importante passo para uma carreira que, mesmo assim, poucos ainda adivinhavam que os transformaria na maior banda de todos os tempos.

12 de Agosto de 1960: nesta data, há precisamente 50 anos uma banda de quatro rapazes procurava um baterista em Liverpool. O dono de um clube em Hamburgo (na Alemanha) tinha pedido a um promotor local que encontrasse uma nova banda para uma temporada no seu palco. John, Paul, George e Stuart eram os escolhidos. Mas para fazer as malas e partir faltava-lhes apenas um pequeno pormenor: um baterista.

Um concerto cancelado tinha deixado uma noite livre para os músicos dos Silver Beatles (como então se chamavam). E num clube viram então um jovem baterista a dar uso ao kit que tinha comprado recentemente. Chamava-se Pete Best e era filho da dona do Cashbah, bar onde os músicos já tinham tocado e para o qual tinham até pintado as paredes. “Ele conseguia manter a batida durante muito tempo, e por isso ficámos com ele”, recordam as palavras de John Lennon no livro auto-biográfico Anthology. E, de fato, no fim da noite Pete Best estava oficialmente no grupo. A outra novidade chegava com o nome da banda, que passava então a apresentar-se numa versão mais curta: simplesmente, The Beatles.

A aventura tinha começado em Março de 1957 com os The Quar- rymen e com John Lennon então como principal força-motriz. Paul McCartney chegou em Outubro e George Harrison em Fevereiro de 1958, mais músicos passando ainda pela banda. Houve outros nomes pelo caminho, de Johnny and The Moondogs a The Beatals, mais tarde The Silver Beatles. Com um baixista encontrado em Stuart Sutcliffe e, agora, um novo baterista, os Beatles viviam o dia um da sua existência já com uma agenda internacional. A partida para Hamburgo estava a dias de distância.

Paul McCartney pediu autorização ao pai. O ‘sim’ veio com recomendações e a necessária assinatura.  E assim, a 16 de Agosto, acotovelaram-se na carrinha de Alan Williams (o promotor local que lhes dera o contrato) que, como George Harrison recorda em Anthology, nem sequer tinha assentos, obrigando-os a sentarem-se em cima dos amplificadores.

Rumaram primeiro à Holanda e seguiram para a Alemanha, chegando fora de horas a Hamburgo. Os clubes estavam já fechados, ninguém ficara à sua espera. E estava na hora de dormir. O dono do clube que os havia contratado acabou por levá-los para sua casa e, como recorda George Harrison na mesma autobiografia, nessa primeira noite dormiram todos numa mesma cama.

No dia seguinte davam a sua primeira actuação no Indra Club, mas o conforto do seu dia-a-dia não melhorou muito   significativamente durante essa primeira temporada que  viveram no bairro da lanterna vermelha de Hamburgo, o mítico Reeperbahn.  Dormiam na sala de projeção de um pequeno cinema. E tocavam em sessões quase contínuas de quatro horas e meia aos dias de semana e de seis horas nos fins de semana. Foram ao todo 48 atuações, numa residência que se estenderia até 3 de Outubro e que, por queixas de ruído, os levaria a seguir depois para outro clube ali ao lado, o Kaiserkeller.  Em Novembro, George era deportado por ser menor. Pete e Paul partiriam pouco depois. Lennon regressaria só em Dezembro.

Vivendo sobretudo de versões de standards, a temporada em Hamburgo não só tinha revelado primeiros sinais do verdadeiro potencial do grupo, como representaria uma verdadeira escola de palco.  E quem os ouviu, pouco depois, em Liverpool, sentiu certamente que a banda tinha mudado. A história começava a escrever o seu nome.

DN/NF

Yoko Ono se opõe pela 6ª vez à libertação do assassino de Lennon

Yoko Ono foi contra pela sexta vez consecutiva à libertação de Mark David Chapman, o assassino de John Lennon, confirmou o advogado da viúva do músico britânico ao jornal “Daily News”.

O jornal publicou hoje em seu site declarações do advogado Peter Shukat que assegura que Yoko “não mudou de opinião” e remeteu um comunicado às autoridades se opondo à libertação de Chapman.

O assassino de Lennon deve comparecer durante a segunda semana de agosto perante a Junta de Liberdade Condicional do estado de Nova York.

Será a sexta reunião de Chapman com o organismo, que a cada dois anos analisa a possibilidade de decretar sua liberdade condicional. Ele pôde solicitar o benefício pela primeira vez em 2000, após cumprir 20 anos de prisão.

Chapman foi condenado a uma pena de entre 20 anos e prisão perpétua por assassinato em segundo grau por ter matado John Lennon em dezembro de 1980 em frente à residência do cantor no edifício Dakota, em Nova York.

Segundo Shukat, e como em algumas ocasiões anteriores, Yoko enviou um comunicado a esse comitê no qual argumenta temer por sua própria segurança e a de sua família caso o assassino de Lennon seja colocado em liberdade.

Na reunião anterior, em agosto de 2008, a junta negou o pedido de Chapman, atualmente com 55 anos, alegando “preocupações pela segurança e bem-estar público”.

A Junta de Liberdade Condicional lembrou então que Chapman “disparou cinco tiros contra John Lennon, dos quais quatro o alcançaram e causaram a sua morte”.

Na carta que Yoko mandou a Junta naquela ocasião, ela afirmou que a libertação de Chapman poderia “trazer de novo o pesadelo, o caos e a confusão”. Faria com que “eu mesma e os dois filhos de John não voltássemos a nos sentir a salvo jamais”.

Além disso, argumentou que Chapman, que trabalha em uma das bibliotecas da prisão e tem direito a encontros conjugais com sua esposa, também não estaria a salvo nas ruas.

John Lennon em comercial da Citroen

Filmes e imagens antigas de John Lennon estão sendo usadas em um comercial da Citroen, transmitido na televisão britânica, e andam causando certa polêmica.

A principal questão é se Yoko Ono deveria ter permitido a utilização da imagem de John Lennon, que aparece criticando pessoas que revisitam o passado em seu trabalho atual.

Depois que uma coisa foi feita, ela foi feita, então por que essa nostalgia toda – quero dizer pelos anos 1960 e 1970, sabe, buscando inspiração no passado, copiando o passado – de que maneira isso é rock’n’roll?”, diz Lennon.

“Crie alguma coisa própria. Comece alguma coisa nova, sabe como? Viva sua vida agora. Sabe o que eu quero dizer?

O filho do casal, Sean Lennon, resolveu escrever em seu Twiiter, para tentar explicar o raciocínio que motivou Yoko a permitir a publicidade.

“Ela não fez isso pelo dinheiro”, disse Sean Lennon. “Teve a ver com a esperança de manter meu pai vivo na consciência pública. Não há mais LPs novos, então o comercial de TV é exposição dele junto aos jovens.”

“Tendo acabado de ver o comercial, entendo porque as pessoas estão furiosas”, acrescentou. “Mas nossa intenção não foi financeira, foi simplesmente querer que ele continue aí fora no mundo”, concluiu.

Livro:Yoko dá detalhes da relação com Lennon

Autobiografia de Yoko Ono conta detalhes do relacionamento com Lennon | Foto: caio_do_valle / wikimedia commons

A artista plástica Yoko Ono vai contar detalhes do relacionamento dela com John Lennon. De acordo com o site “Contact Music”, Yoko disse que escreverá sua autobiografia, que revelará histórias com o ex-Beatle. Ela explicou que precisa apenas de tempo para colocar o projeto em prática.

“Será meu próximo livro e será escrito nos próximos cinco anos. Só preciso encontrar tempo para isso”, contou.

Yoko Ono afirmou que vai revelar tudo sobre o relacionamento com Lennon, morto em 1980, em Nova York, e que esclarecerá os rumores acerca da sepação do Fab Four.

Uma parte dos fãs do Beatles acusa Yoko Ono de ser a responsável pela dissolução do grupo. Uma biografia de Paul McCartney, “Paul McCartney: A Life”, publicada, em 2009, pelo escritor Peter Ames Carlin, acusa a artista plástica ainda de ter impedido a reunião da banda, em 1974.

SRZD

O eterno nu dos Lennon

O músico Sean Lennon ( O filho de John e Yoko) e a namorada dele, a modelo Kemp Muhl, saíram na revista francesa “Purple”.

Eles foram clicados por Terry Richardson.

Sean vestido e a namorada nua

A intenção do fotógrafo foi relembrar a famosa capa da Rolling Stone, mas na minha modesta opinião, não conseguiu nem passar perto da bela, singela e histórica foto de Annie Leibovitz.

É incrível, mas a nudez de Lennon é eterna. Ele consegue ser mais sensual do que a modelo Kemp Muhl de 22 anos.

Independente de qualquer coisa, deu uma vontade enorme de olhar a foto feita em janeiro de 1981 por Leibovitz.

Ampliei e fiquei alguns minutos analisando cada detalhe.

O carinho de Lennon, agarrado a Yoko como que pedindo proteção e o olhar perdido dela. O que será que Yoko pensava naquele momento?

John nú e a namorada vestida

Curiosamente a foto foi feita no apartamento do casal no edifício Dakota em Nova York, em 8 de dezembro de 1980. A sessão ocorreu horas antes do assassinato de Lennon. Na mesma noite, voltando pra casa, John foi morto a tiros por Mark Chapman.

Um mês depois de sua morte virou capa da Rolling Stone. Apenas a foto e o logotipo da revista.
Não foi preciso mais nada. Annie Leibovitz marcou diferença com seu olhar .

Rose Oliveira/Eldorado

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