A 7ª Vara Empresarial do Rio deferiu, na segunda-feira da semana passada, pedido de recuperação judicial da joalheria carioca Natan, que tem dívidas de R$ 15 milhões.
Entre os credores estão os bancos Itaú, Safra, Bradesco e Rendimento. A Natan também tem dívidas trabalhistas, locatícias e com fornecedores.
De acordo com André Chame, advogado da Natan, as dificuldades financeiras da empresa se agravaram no último ano, como consequência da crise mundial e do aumento do preço do ouro.
A Natan tem seis lojas — quatro no Rio, uma em Belo Horizonte e outra em Porto Alegre. Uma unidade em Curitiba teve que ser fechada recentemente e outras lojas fecharam as portas desde o ano passado. Além disso, o prédio que pertencia à Natan, na rua Vinicius de Moraes, em Ipanema, teve que ser vendido.
A empresa afirmou, em seu pedido de recuperação, que o ativo da empresa estava “engessado” por travas bancárias, que bloqueavam grande parte de seu faturamento. No dia 1º, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, concedeu liminar para que os bancos deixem de reter os créditos disponíveis nas contas bancárias da empresa, liberando sua movimentação.
A tradicional joalheria pertence ao polonês Natan Kimelblat, de 89 anos, e a sua esposa, Anny. Eles fundaram a primeira loja no Rio em 1956.
A empresa tem 60 dias para apresentar seu plano de recuperação.
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