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James Dean morreu há 55 anos

Em 30 de setembro de 1955, o astro cinematográfico James Dean, considerado o ícone da chamada “juventude transviada” morre aos 24 anos numa colisão de carros numa rodovia da Califórnia.

Dean estava dirigindo seu Porsche 550 Spyder, alcunhado por ele mesmo de “Little Bastard,” levando-o a uma corrida de carros em Salinas, Califórnia, com seu mecânico Rolf Wuetherich, quando viram-se envolvidos numa forte colisão frontal com um carro dirigido por um estudante colegial de 23 anos, Donald Turnaspeed.

Dean foi levado ao Hospital Paso Robles War Memorial, onde foi declarado morto às 17h59. Wuetherich, que foi arremessado para fora do carro, sobreviveu ao acidente e Turnaspeed escapou com ferimentos de menor monta. Ele jamais foi fustigado por qualquer acusação de culpa no acidente.

Aos 24 anos, James Dean estava prestes a se transformar em um mito, graças a três grandes filmes gravados no prazo de apenas um ano, um deles ainda inédito. Mas, na tarde de 30 de agosto de 1955, ele alcançou o posto de uma forma completamente diferente e trágica: morreu em um violento acidente automobilístico.

É impossível medir o choque e a comoção causados por sua morte. Não apenas porque ele era jovem, ou porque era um bom ator, com uma promissora carreira à frente. James Dean era muito mais do que isso. Em 1955, ele era a imagem de uma geração. E, depois daquele acidente, se transformou em um ícone atemporal.

Claro que o fato de ser bonito ajudava. Mas Dean era realmente um ator acima da média. Depois de uma série de trabalhos na TV e pequenas pontas não creditadas em filmes, conquistou seus dois primeiros grandes papéis no cinema entre o final de 1954 e o início de 1955. E com eles conseguiu um grau de identificação que ninguém tinha alcançado até então. Nem mesmo seu ídolo, Marlon Brando.

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James Dean era a perfeita tradução do jovem incompreendido, tido como rebelde, mas que no fundo queria – e precisava – de atenção e afeto. Cal Trask, seu personagem em Vidas Amargas, era exatamente isso: o garoto problema que disputa o carinho do pai com um irmão “bonzinho e exemplar”. E sempre perde, por mais que se esforce.

Mas foi com seu segundo grande papel, o de Jim Stark em Juventude Transviada, que ele se tornou de vez a representação da juventude dos anos 50. E para tudo isso, claro, contribuía também sua vida fora das telas. Embora fosse tímido e reservado, nunca foi segredo que ele gostava de beber e fumar, sua sexualidade era ambígua e – assim como Jim Stark – era apaixonado por carros e corridas.

Só que, ironicamente, ao contrário do que diz a lenda, Dean não estava correndo quando sofreu o acidente. Ele chegou até a levar uma multa naquele mesmo dia (por estar a 105 km/h), mas duas horas antes. Investigações atestaram que ele estava abaixo dos 90km por hora quando seu Porsche 550 Spyder foi atingido em cheio por um Ford Custom Tudor preto e branco em um cruzamento próximo a Cholame, na Califórnia.

Dean estava a caminho de uma corrida da qual iria participar, em Salinas. E, só para deixar a história ainda mais dramática, decidiu que iria dirigindo no último instante. Até a manhã daquele 30 de setembro, o ator planejava rebocar o Porsche. Mas para “se acostumar” melhor, preferiu guiar. Por volta das 17h, sofreu o acidente e chegou a ser socorrido, embora cheio de fraturas e ferimentos internos. Mas foi declarado morto já ao chegar ao hospital, às 17h59.

Meses depois, já em 1956, foi lançado seu último filme, Assim Caminha a Humanidade, que ainda não estava finalizado quando ele morreu. No mesmo ano, James Dean se tornou o primeiro ator a receber uma indicação póstuma ao Oscar, concorrendo como melhor ator por Vidas Amargas. Em 1957 receberia outra indicação semelhante, por Assim Caminha a Humanidade.

Forbes: Astros mortos faturam mais que os vivos

A lista anual com os famosos falecidos que mais faturam, elaborada pela revista americana “Forbes”, foi atualizada e, mais uma vez, o primeiro lugar ficou com Elvis Presley. O cantor, morto há mais de trinta anos, teve um faturamento de US$ 52 milhões só no ano passado.

Ah, ele fatura mais do que os vivos Justin Timberlake com seus US$ 44 milhões e Madonna com US$ 40 milhões.

Vale lembrar que parte da renda do rei do rock vem da casa transformada em museu e conhecida como Graceland, onde Elvis morou, e também de novos empreendimentos como o programa de rádio “Elvis Sirius Satellite”.

O segundo lugar ficou com o criador do Snoopy, Charlez Schulz, com US$ 33 milhões. A surpresa foi c, que aparece logo em seguida, com uma renda de US$ 20 milhões.

Completam o ranking do além Albert Einstein e seus US$ 18 milhões, o produtor Aaron Spelling com US$ 15 milhões, o escritor Dr. Seuss e mais US$ 12 milhões, John Lennon com US$ 9 milhões, Andy Warhol e seus US$ 9 milhões, Marilyn Monroe com US$ 6.5 milhões, Steve McQueen com US$ 6 milhões, Paul Newman e seus US$ 5 milhões, James Dean com US$ 5 milhões e Marvin Gaye com US$ 3.5 milhões.

Glamurama

100 anos do All Star

Assim como a imigração japonesa e Machado de Assis, o tênis All Star também tem um centenário a festejar. E como em 100 anos dá para morrer muita gente, os gênios publicitários da Converse bolaram uma campanha que vai passar em 75 países, com vários ícones da cultura pop posando com o tênis nos pés. O gonzo original Hunter S. Thompson, a vocalista do Yeah Yeah Yeah’s, Karen O., o motorista imprudente James Dean, a funkeira M.I.A., a invocada Joan Jett e o acústico verborrágico Lobão estão entre as estrelas do comercial.  Tem gente viva, morta, alguns mortos-vivos e outros muito vivos na peça. Em qual categoria o Lobo se encaixa?

Reprodução
M.I.A., Dean e o grande Lobo de pés juntos

Ricardo Calazans

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