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Pobreza diminui no país


A crise financeira internacional não impediu que 316 mil brasileiros saíssem da linha de pobreza entre outubro de 2008 e março deste ano nas seis maiores regiões metropolitanas do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador – segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Esta é a primeira vez, desde o colapso econômico do início dos anos 80, quando o Ipea iniciou a pesquisa, que o instituto registra queda do número de pobres no país em períodos de turbulência financeira.

O presidente do Ipea, Márcio Pochmann (foto), afirma que a ampliação do Bolsa Família; o reajuste do salário mínimo em fevereiro deste ano, que passou de R$ 415 para R$ 465; a redução da taxa básica de juros em 3,5 pontos percentuais desde janeiro; e o aumento dos gastos do governo, com o objetivo de manter a economia aquecida, foram fundamentais para o resultado.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, envia hoje ao Congresso proposta de ajuste do Orçamento que prevê aumento do Produto Interno Bruto de 0,7% em 2009. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinha anunciando crescimento de 2%.

Estudo desmente inchaço na máquina pública

Uma pesquisa sobre emprego público, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), chegou a uma conclusão surpreendente: a máquina pública brasileira não está inchada. Comparada à de países desenvolvidos e com os da América Latina, a proporção de servidores públicos na faixa da população economicamente ativa é uma das menores (10,7%), segundo dados computados em 2005.

Em países como Dinamarca e Suécia, mais de 30% dos ocupados estão trabalhando para o estado. Em outros que têm o setor privado como alicerce, caso dos Estados Unidos, o percentual é de 14,8%, também usando dados de 2005.

O pesquisador Fernando Augusto de Mattos, observa que a adoção do Estado de Bem-Estar Social por vários países europeus no período pós-Segunda Guerra Mundial fez com que o setor público passasse a ter um peso significativo na promoção do emprego e da qualidade de vida da população. A necessidade de políticas sociais universalistas fez a participação dos empregos públicos crescer mais nos países desenvolvidos do que nos subdesenvolvidos.

Na América Latina, onde a realidade social se assemelha à nacional, o Brasil está em 8º lugar de acordo com dados de 2006 da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Na Argentina, essa relação é de 16,2%; no Paraguai, 13,4%, e no Panamá, primeiro colocado da lista, 17,8%. O processo de democratização recente também pesa na estrutura, comenta o pesquisador. O levantamento leva em consideração todos os trabalhadores empregados pelo Estado em um sentido mais amplo, incluindo administração direta, indireta e estatais de todo tipo.

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Estudo desmente inchaço na máquina pública

LETíCIA NOBRE/ Correio Braziliense

Negros ganham 50% menos que brancos

A diferença de renda entre negros e brancos no Brasil está caindo nos últimos anos, mas, se o ritmo atual for mantido, somente será zerada em 2029. A conclusão é de estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007. De acordo com o Ipea, a renda per capita dos negros representa menos da metade da renda domiciliar per capita dos brancos.

“Trata-se de desigualdade particularmente detestável, na medida em que não é atribuível a nenhuma medida de mérito ou esforço, sendo puramente resultado de discriminações passadas ou presentes”, diz o documento. A desigualdade começou a cair a partir de 2001. Até 2007, um quarto da diferença foi retirada. “Se o ritmo continuar o mesmo, haverá igualdade na renda domiciliar per capita apenas em 2029”, avalia o Ipea.

A redução da desigualdade até agora não pode ser atribuída à redução da discriminação racial necessariamente, segundo o Ipea. Segundo a análise, 72% da queda da desigualdade de renda entre negros e brancos se deve à redução generalizada da desigualdade na sociedade brasileira e apenas 28% aconteceu em razão da mobilidade social dos negros, com migração para para classes mais altas. A ausência de políticas de ação afirmativa “de grande envergadura” é apontada pelo Ipea como causa principal desse desequilíbrio.

IPEA/AGB

Crescimento econômico melhora renda das famílias



Pesquisa realizada em seis regiões metropolitanas, que será divulgada nesta terça-feira (05) pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, revela que o crescimento econômico do País está sendo acompanhado por uma melhora na renda das famílias em todas as faixas, implicando queda do número de pobres e elevação do número de ricos.

Contribuíram para a redução da pobreza o crescimento econômico, os ganhos do salário mínimo e as transferências do governo. Já os ricos, além do crescimento econômico, se beneficiaram dos ganhos de produtividade, que pouco são repassados para os salários. A pesquisa, que compreende o período de 1992 a 2008, conceitua como pobre o indivíduo com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 207,50). E rico o indivíduo pertencente a famílias cuja renda mensal é igual ou superior a 40 salários mínimos (R$ 16.600).

AR

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